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Torcedores do Santa Cruz recebem intimação policial e acusam clube de ‘silenciamento’

Foto: Rafael Melo/Santa Cruz

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O analista financeiro Gustavo Muliterno e o jornalista Diego Gondim, torcedores do Santa Cruz, receberam com surpresa, no último domingo (3), uma intimação da Delegacia de Polícia de Repressão à Intolerância Esportiva (DPRIE) feita por membros da direção do próprio clube. No documento, os tricolores foram convocados a prestar esclarecimentos em relação a supostas postagens nas redes sociais criticando a atual gestão pelos fracassos da temporada, na qual o time acabou rebaixado para a Série D.

Em contato com a reportagem do NE45, Muliterno revelou surpresa pela atitude e disse que a intimação encabeçada pelo Santa Cruz trata-se de uma tentativa clara de silenciamento da torcida.

“Chegou ontem para mim essa intimação, ainda não sei muito sobre. Ainda vou depor e saber o que é que eles estão alegando para eu prestar esclarecimento. A gente sabe que a maioria das pessoas que estava criticando nas redes sociais estão recebendo essas intimações. É uma tentativa de intimidar a gente, nos calar, eles estão tentando nos amedrontam e silenciar”, desabafou Muliterno.

Gondim, por sua vez, já prestou boletim de ocorrência na DPRIE e acrescentou que, no seu caso, a intimação foi feita em conjunto por alguns membros atuais e ex-componentes da diretoria coral, como o ex-vice presidente executivo André Frutuoso, o ex-diretor de marketing Felipe Marenas , o advogado cível Jhonny Guimarães, o conselheiro João Santana, o diretor de logística Albertino dos Anjos e o presidente Joaquim Bezerra.

O jornalista revelou ainda que foi chamado para esclarecer o seguinte comentário, feito em um post no Twitter de outro torcedor tricolor: “Esse (cara) é outra coisa ruim”.

“Eles têm vários prints de torcedores, jornalistas e pessoas que são críticas à gestão, e se eles acharem que estão sendo perseguidos, solicitam à delegacia, intimidando as pessoas, para esclarecer o porquê da crítica. Pelo meu entendimento, isso é uma censura. Estão querendo censurar jornalista, torcedor, sócio. Isso não existe. Cadê a democracia?”, questionou.

Procurado pelo blog, o diretor jurídico do Santa Cruz, Lucas Gouvea repercutiu o assunto, esclarecendo que todas essas denúncias foram feitas logo após o episódio de apedrejamento do escritório de advocacia do vice-presidente coral, André Frutuoso, em julho. E completou afirmando que “quem busca confundir esse tipo de prática com liberdade de expressão não tem comprometimento com os valores sob os quais o Santa Cruz foi fundado”.

“Não é verdade que a denúncia é de setembro. Ela foi feita na época do apedrejamento do escritório de Dr. Frutuoso. Naquele período, membros da gestão tiveram seus números compartilhados em grupos de whatsapp, receberam ameaças de morte ou violência física. Os fatos foram apresentados à autoridade policial, como deve ser feito. É a única forma de proteção que tinham. Qualquer que seja o momento do clube, não há espaço para isso no futebol”, acrescentou Lucas.

Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal
Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal

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