Mesmo com a troca técnica, o Mais Querido ainda não conseguiu vencer nas competições que disputa
O ABC vive um começo de temporada cheio e bem difícil, diferente do que foi visto no ano passado. O time está vivendo um jejum de 12 jogos sem vencer e dois jogos importantes e decisivos para continuidade do calendário em apenas uma semana. Um pelo Nordestão, com uma classificação remota a disputar, e o outro no Campeonato Potiguar, em que precisa vencer para continuar na briga para ir a semifinal.
O técnico Rafael Lacerda foi contratado no final do ano passado, quando o time já tinha sido rebaixado para a Série C. Ele foi responsável, junto com a diretoria, para montar o elenco competitivo para as três competições no início do ano: Pré-Nordestão, Potiguar e Copa do Brasil.
Porém, o time não correspondeu como o esperado. O treinador se despediu do clube após o empate contra o Potyguar Seridoense, no segundo turno do Potiguar, no começo de março. Ao total, foram 17 jogos, 6 vitórias, 10 empates e 1 derrota.
Nas coletivas, Rafael já tinha falado sobre a necessidade do time em contratar novas peças de reposição, principalmente pelas lesões dos jogadores importantes. Com um mercado mais complicado, e a falta de recursos financeiros para competir com os outros times com melhores condições, poucos reforços chegaram.
Marcelo Cabo assumiu com a intenção de tirar o time do momento complicado e a primeira missão foi conseguir a classificação para a terceira fase da Copa do Brasil, o que não aconteceu. O Mais Querido empatou com o Brusque e perdeu nos pênaltis.
Desde então, o time tem melhorado o desempenho nos jogos, sendo mais ofensivo e a defesa um pouco mais segura do que antes. Porém, o bom resultado ainda não veio.
Um dos grandes problemas no ABC, desde o tempo de Lacerda, quiçá desde Marchiori e Allan Aal, é a ausência de controle psicológico de todo o time, tanto em conjunto como de forma individual, nos momentos decisivos dos jogos. No ano passado, o time levou empates e viradas nos minutos finais seja por erros individuais ou falta de controle psicológico do conjunto em segurar o resultado.
Este ano a coisa não é diferente. Com Cabo, o time até consegue jogar bem no primeiro tempo, trabalhar a bola, mesmo pecando nas finalizações. Porém, por algum erro bobo no segundo tempo, perde a chance de vencer de pontuar.
Jogos decisivos do ABC
No Nordestão, o Mais Querido tem uma chance remota de classificação. Caso vença o River-PI, e que seja uma goleada, pode conseguir passar de fase. Mas para isso, vai precisar que Náutico, Juazeirense e Treze não pontuem.
A partida final da fase de grupos será contra o River, fora de casa, na quarta-feira (27), às 21h30.
No Campeonato Potiguar, a situação também pede que o time vença de qualquer maneira, caso queira não passar sufoco. No Grupo B, o Mais Querido está em 3º lugar, com 2 pontos. Com apenas dois jogos restantes, a partida contra o Santa Cruz-RN, no domingo (31), às 15h, fora de casa, também é decisiva.
Para entrar na zona de classificação, o time vai precisar vencer e torcer para uma derrota do Baraúnas, contra o Globo. Caso não vença, o alvinegro está de fora do mata-mata do Estadual. E o pior: perde o calendário da Copa do Brasil do ano que vem.
Com isso, a necessidade do time vencer novamente é crucial para garantir uma boa continuidade de temporada, como também no calendário do próximo ano, já que a falta de capital tem complicado a vida do Mais Querido no mercado este ano.
