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Elenco do Central volta a entrar em greve por salários atrasados

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Um dos dois únicos invictos na Série D do Campeonato Brasileiro (ao lado do Novorizontino), entre os 64 clubes da competição, o Central vive mais uma vez um momento conturbado fora de campo. Na manhã desta quinta-feira, os jogadores se recusaram a treinar no estádio Lacerdão e decretaram greve exigindo o pagamento dos salários de setembro. Houve uma reunião com membros da diretoria, mas a situação não foi contornada.

Com isso, a tendência é que a Patativa entre em campo para enfrentar o ABC, no próximo domingo, em Caruaru, com uma equipe sub-20. O Central está na terceira colocação do Grupo A4, dentro da zona de classificação à segunda fase, com 16 pontos. Três a menos que o próprio ABC, líder da chave.

Em contato com a reportagem do NE45, um membro da direção do Central confirmou a greve dos jogadores e disse que o grupo dos atletas está irredutível em só retornar aos trabalho após o pagamento do mês de setembro. Há menos de um mês, os atletas também realizaram uma paralisação exigindo a quitação da folha de agosto, que foi realizada.

Atualmente, a folha salarial do Central, somando jogadores e comissão técnica, gira entre R$ 85 mil e R$ 90 mil por mês. Porém, a atual arrecadação de receita do clube é de apenas aproximadamente R$ 48 mil, sendo distribuído em R$ 30 mil de patrocinadores e mais R$ 18 mil com os aluguéis das lojinhas em torno do estádio Lacerdão. Por conta da pandemia do novo coronavírus, os valores desses alugueis estão reduzidos em 50%.

“A situação é muito complicada porque há outros custos do clube. Só com alimentação esses valores chegam a R$ 20 mil a R$ 25 mil por mês. E há ainda outras despesas. Cada jogo do Central no Lacerdão, mesmo com a ajuda da CBF, o clube tem que tirar de R$ 2 mil a R$ 3 mil”, alegou o dirigente alvinegro ouvido pela reportagem.

O grande problema, segundo esse dirigente, é a proibição de público, por conta da pandemia do novo coronavírus. “A previsão de arrecadação de bilheteria por mês, com os jogos no Lacerdão, giraria em torno de R$ 80 mil. Aí você já paga uma folha”, disse.

Na Série D, o Central acumula três vitórias e sete empates. O time está a dois pontos do Coruripe, 5º colocado e primeiro time fora da zona de classificação. Após enfrentar o ABC, a Patativa ainda terá pela frente na primeira fase o Potiguar (em casa), o Itabaiana (fora) e o Jacyobá (em casa).

Posicionamento oficial

Por meio de nota, a Patativa se pronunciou sobre o tema, disse que compreende o pedido dos elenco e está tentando receita para pagar o grupo. “Na manhã desta quinta-feira (05), ocorreu uma reunião entre o diretor financeiro e administrativo, Rosimael Losasi, e os atletas do clube. Na pauta, a atual situação salarial do Alvinegro Caruaruense.

Alguns atletas comunicaram através da fala, ratificada pelos presentes, que não entrariam em campo no próximo domingo para jogo com o ABC como também não realizariam os treinamentos da semana, o que compete a cada profissional.

A direção do Central Sport Club tem um planejamento, entende a reivindicação dos jogadores e ratifica que está buscando recursos para equilibrar a condição financeira e arcar com os pagamentos da comissão técnica, atletas e funcionários do clube. A direção também comunica que a equipe estará em campo para cumprir os seus jogos pela série D.

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