Novamente, o recurso de vídeo da arbitragem volta à tona no futebol brasileiro. Desta vez pelo Ceará, após a partida de eliminação na Copa do Brasil para o Palmeiras, nesta quarta-feira. Na visão do técnico Guto Ferreira, o critério utilizado pelo VAR não foi igualitário para ambas as equipes, apontando lances que considera como prejudiciais ao Vozão: “Dois pesos e duas medidas”.

“A equipe começou a partida bem, o jogo equilibrado. No início chegamos a agredir mas não a finalizar com a qualidade que precisava, mas finalizamos. O Palmeiras buscando se defender, até o lance do pênalti. Mexeu psciologicamente com a equipe e o Palmeiras cresceu. Tivemos dificuldade e fomos retomando, mas antes do escanteio existe uma falta onde o Patrick de Paula coloca a perna na frente, mais aberta que o normal, e calça o Thiago. Se fosse só o movimento de braço, não teria do que reclamar. A equipe foi toada para cima do árbitro, ele mandou seguir e tomamos o segundo (gol)”, avaliou Guto.

Para o treinador embora tenha encerrado o primeiro tempo perdendo por 2 a 0, há pontos positivos no desempenho do Ceará na etapa inicial. “Tomamos 2 a 0 achando que fizemos um péssimo primeiro tempo, onde até o lance do pênalti nao estávamos mal. Foram 15 a 20 minutos abaixo”, e retomou a avaliação sobre o VAR.

“No segundo tempo conversamos, pedimos para não falar mais com a arbitragem, não reclamar, porque isso fazia com que muitos lances a equipe parasse, e o time se acalmou, buscou situações. Conseguimos dois gols, e tivemos o lance do pênalti (em Vinícius), mais um pênalti contra o Palmeiras que o VAR trava”, emendou Guto, antes de completar.

“São dois pesos e duas medidas, porque o lance do Palmeiras não foi peidod para olhar, como vários outros lances. Como o bandeira dando impedimento quando o Vizeu ia sair sozihho, e depois o lance do Palmeiras, na mesma condição do Vizeu, ele mandou seguir. E quando o Prass defende, ele dá o impedimento. Por que dois pesos e duas medidas?”

‘Mea culpa’

Apesar das críticas ao VAR, Guto Ferreira reconhece erros cometidos pelo Ceará, sobretudo na primeira partida, como cruciais para a eliminação. Porém não isenta a arbitragem de vídeo da queda na Copa do Brasil.

“Não perdemos a classificação nesse jogo. No jogo passado jogamos muito mal. Mas a eliminação da equipe passa por essa interpretação. O lance do primeiro tempo o Palmeiras não faira o segundo gol. São situações que já passaram, e não vai voltar atrás. Não adianta. Temos que olhar para a frente, mas enquanto o VAR for dessa maneira, não vai ajudar nada o futebol”, concluiu o treinador.