Com informações de Camila Sousa
Se nos gramados o cenário do Santa Cruz anda próximo ao ideal, com o time já classificado como líder do Grupo A da Série C de forma antecipada, fora das quatro linhas a tarefa tem sido bem mais árdua. Principalmente na tentativa de manter as contas com o elenco em dia.
Devendo dois meses dos valores de carteira assinada e três dos direitos de imagem, valor que se aproxima do montante de R$ 850 mil, a diretoria coral busca resolver os débitos com os atletas. Na última terça-feira, o clube quitou o que seria a quarta parcela de imagem que estava até então em aberto. Ao NE45, o diretor financeiro Ítalo Mendes detalhou o cenário, projetando fontes onde busca receitas a receber.
“Ontem o Santa pagou mais um mês de imagem e atualmente está com duas CTPS em atraso (setembro e outubro, e três meses de imagem). A ideia é que a gente possa unir todos os esforços junto aos nossos patrocinadores, ao grupo de empresários, junto a alguns credores nossos, porque temos dinheiro a receber lá do Vitória, do Botafogo”, apontou.
A principal preocupação do clube é que os atrasos possam afetar o desempenho dos atletas, sobretudo pela aproximação da fase decisiva para o acesso à Série B. E por isso a urgência em encontrar meios de sanar as folhas em aberto. “Estamos unindo todas as forças para buscar todos os recursos disponíveis. A gente quer fazer uma atualização da folha de pagamento, para que a gente possa entrar na reta final bastante equilibrado, em dia”, destaca Ítalo Mendes, antes de traçar um fator positivo. “Os bichos estão em dia e isso nos dá uma tranquilidade.”
O diretor financeiro do Santa Cruz ainda garante que os cronogramas estabelecidos para pagamentos são cumpridos pelos dirigentes. “Mesmo com os atrasos, a gente tem feito um esforço para poder manter o clube rodando minimamente e os atletas confiando bastante na diretoria, naquilo que tem sido posto e apresentado, o que tem sido acordado. Porque tudo que tem sido acordado com os atletas nas datas e programações está sendo cumprido rigorosamente, então isso mantém a confiança e o equilíbrio necessário.”
E lamenta a escassez de receitas, sobretudo com ausência de bilheteria. “As nossas folhas em aberto dariam algo aproximado de R$ 850 mil. Os patrocinadores estão pagando, os que tinham feito novos acordos, como a Estadium, também está pagando. Realmente, o que nos afeta sobremaneira é a falta de bilheteria, a falta de torcida.”
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