Mais uma vez, o Sport provou do seu próprio veneno na Série A. Depois de se lançar ao ataque e tentar novamente uma postura mais propositiva contra um adversário direto na luta contra o Z4, desta vez o Atlético-GO o Leão tomou um gol ‘à la venturismo’ no segundo tempo e não conseguiu ser competitivo ao tentar buscar uma virada de placar. Resultado que devolve o clube à briga mais próxima da zona de rebaixamento, apenas um ponto à frente do Vasco, 17º, e com um jogo a mais que os vascaínos.
Postura ofensiva (no papel)
Armando o time em duas linhas de quatro, e Thiago Neves mais avançado, ao lado de Mikael, o Sport de Jair Ventura – que desta vez teve na área técnica o preparador físico Ricardo Henriques, devido aos seis casos de covid-19 no clube nos últimos quatro dias – apresentou novamente uma proposta mais ofensiva diante de um rival direto contra o Z4. Porém com dificuldades de trabalhar as jogadas, a intenção ficou apenas no papel. Pior ainda, a defesa cedeu diversas oportunidades ao Atlético-GO.
No primeiro tempo, foram ao todo oito finalizações do Atlético-GO, sendo as melhores delas de cabeça, quase sempre em jogadas explorando a bola aérea pela esquerda, nas costas de Sander, que tomou um cartão amarelo ainda aos 11 minutos de jogo, comprometendo sua intensidade nos combates. Além disso, as investidas pelo meio também eram perigosas, com Márcio Araújo sofrendo para dar o combate antes da bola chegar até à dupla de zaga.
O Sport só passou a incomodar mais a partir dos 30 minutos, porém das sete tentativas de finalizar da primeira etapa, teve apenas uma parando nas mãos do goleiro Jean, e em uma a cabeçada fraca e sem dificuldade de Mikael, que pouco acrescentou ao jogo.
Atlético-GO preparou o bote
Na virada do segundo tempo, o Sport até voltou trabalhando melhor as jogadas, se lançando com mais facilidade ao ataque, o que consequentemente deixava mais espaços para o rival. Por sua vez, o Atlético-GO se retraiu e passou a jogar com a postura que o ‘Venturismo’ trouxe como característica ao Sport. E assim como contra Botafogo e Vasco, novamente o Leão provou do seu próprio veneno.
Bastava uma única oportunidade para o Atlético matar o jogo. E ela veio aos 15 minutos, exatamente no momento em que o Sport mais pressionava. Depois de uma falta mal cobrada por Thiago Neves e um erro de Patric no combate, a defesa rubro-negra ficou ainda mais desprotegida, num contra-ataque de 3×2. Zé Roberto conduziu a bola e abriu para Janderson sair livre, e só tocou rasteiro na saída de Luan Polli.
Estatísticas
– Posse de bola: Sport 62% x 38% Atlético-GO
– Finalizações: Sport 11 x 12 Atlético-GO
– Finalizações no gol: Sport 1 x 4 Atlético-GO
– Passes certos: Sport 366 (85%) x 202 (78%) Atlético-GO
Fonte: Sofascore
Com isso, foram mais 30 minutos de um Sport inoperante em campo. Tanto que a posse de bola da etapa complementar passou a ser de 69%, com 87% de aproveitamento dos passes… no entanto em sua maior parte ‘laterais’, sem gerar ofensividade suficiente para deixar o Sport novamente competitivo em campo.
Hernane ainda tentou cavar um pênalti no fim da partida, e até confundiu a árbitra, porém o VAR interferiu de forma justa, anulando a clara cena simulada pelo centroavante. Derrota que devolve o Sport à beira do Z4, na 15ª colocação, apenas um ponto a mais que o Vasco, primeiro dentro do Z4, e uma partida a menos a jogar que os cariocas e o Ceará.
Rithely volta à Ilha… do lado de lá
Acionado aos 42 do 2º tempo, o volante Rithely esteve de volta à Ilha do Retiro, agora como adversário. O volante deixou o clube em definitivo após romper contrato alegando uma série de atitudes descumpridas pela direção rubro-negra.
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