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Por dívida trabalhista, Náutico tem troféus do hexa penhorados

Náutico, PE, Série B, Últimas

Por João de Andrade Neto

Por João de Andrade Neto

Postado dia 2 de dezembro de 2020

Em meio à disputa para tentar evitar o rebaixamento do Náutico para a Série C do Campeonato Brasileiro, a diretoria alvirrubra terá mais um problema para tentar resolver na Justiça. Isso porque o ex-executivo de futebol Lúcio Surubim (que também foi atleta do clube nos anos 80 e 90), tem uma causa trabalhista no valor de R$ 841 mil contra o clube e para receber parte da dívida conseguiu a penhora de cinco das seis taças do histórico hexacampeonato pernambucano, conquistado nos anos 60.

Foram penhorados os troféus dos títulos de 1963, 1964, 1965, 1967 e 1968, cada um avaliado em R$ 12 mil. Com isso, caso as taças sejam arrematadas, seriam abatidos R$ 60 mil do valor total da causa.

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Lúcio Surubim trabalhou com executivo de futebol do Náutico entre agosto de 2013 e julho de 2014 e revelou ao NE45, que ao ser demitido, deixou de receber dois meses de salários, além do 13º e quatro meses referente ao seu direito de imagem. Um montante de R$ 105 mil. Segundo Surubim, ele chegou a propor uma acordo ao clube para que esse valor fosse dividido em 21 vezes de R$ 5 mil, mas que não obteve resposta.


“Fiz essa proposta para que o clube dividisse a dívida em 21 parcelas. Esperei por um mês e eles nunca me retornaram. Nunca me chamaram para nada. Foi quando decidi ir para a Justiça”, alegou.

Ainda segundo Lúcio, além dos troféus do hexacampeonato, a Justiça tentou a penhora de outros bens do clube, como as cadeiras cativas, os refletores e as quadras. Sem sucesso. Porém, o próximo alvo já está definido: o estádio dos Aflitos. “O próximo pedido é a penhora do estádio e o juiz já deferiu”, revelou. 

No entanto, Lúcio se disse disposto a novamente conversar com o clube tentar um novo acordo para a quitação da dívida. “Estou disposto a fazer algo bom para mim e para o clube. Mas até agora ninguém me procurou”, adiantou.

A reportagem tentou contato por telefone com o vice jurídico do Náutico, Bruno Becker, mas não obteve sucesso

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