Um resultado com gosto amargo – e diante de um rival direto. Depois de sair atrás do placar ainda no final do primeiro tempo, mesmo tendo domínio, o Náutico buscou o empate contra o Botafogo-SP, com gol de Guillermo Paiva, na noite deste domingo, no estádio Santa Cruz, pela 28ª rodada da Série B.
A reação, porém, de pouco serviu para o Timbu, que depois da vitória na rodada passada contra o Brasil de Pelotas, precisava de uma sequência para continuar vivo na luta contra o rebaixamento – algo que só aconteceu uma única vez, no início da competição -, mas não conseguiu.
Com o resultado, os pernambucanos estacionam na 18ª posição, com 28 pontos somados. A distância para sair do Z4, antes reduzida para dois pontos, sobe para três. E a missão de pontuar fica ainda maior para o Timbu nas próximas rodadas, uma vez que o Náutico encara a Chapecoense, fora de casa, na quarta-feira, e depois joga contra Sampaio Corrêa e Cuiabá. Todos na primeira página de classificação na tabela da Série B.

Estatísticas
Posse de bola: Botafogo-SP 41% x 59% Náutico
Finalizações: Botafogo-SP 10 x 9 Náutico
Passes: Botafogo-SP 270 x 385 Náutico
Passes certos: Botafogo-SP 200 x 314 Náutico
Perda de posse de bola: Botafogo-SP 133 x 144 Náutico
Desarmes: Botafogo-SP 33 x 19 Náutico
Disputas de bola vencidas: Botafogo-SP 87 x 81 Náutico
Foto: José Bazzo/Agência Botafogo
“Não perde a concentração não…”
A frase do técnico Hélio dos Anjos resumiu bem os primeiros 45 minutos do Náutico. Melhor durante quase todo o primeiro tempo, o Timbu anulou as poucas jogadas de perigo criadas pelo Botafogo-SP, que mesmo assim fez o goleiro Anderson trabalhar. O oposto do Alvirrubro, que não demonstrou eficiência quando teve a posse de bola – maior, inclusive, do que o do adversário.
Resultado: nos acréscimos, após boa jogada individual de Val no meio de campo, Ronald recebeu na direita e cruzou na cabeça de Matheus Anjos, que subiu sozinho com três marcadores e cabeceou para abrir o placar no Santa Cruz. Uma ducha de água fria.

Queda de rendimento, mas gol “salvador”
Diferentemente do primeiro tempo, o Náutico voltou muito mais exposto na segunda etapa, dando brechas para o Botafogo-SP se infiltrar. E, assim, por pouco não levou o segundo gol de Matheus Anjos, que finalizou de peito, logo aos quatro minutos, e a bola bateu na trave de Anderson.
Mas contando também com a falta de pontaria do Pantera, o Timbu partiu para cima no último terço da partida. E em jogada de Dadá Belmonte, empatou. O meia atacante bateu rasteiro para Paiva fazer o gol “salvador” do jogo.
Paiva, uma ilha; Hereda, um caso à parte
Substituto do artilheiro Kieza, suspenso e machucado, Paiva tinha a missão de ser a referência no ataque do Náutico. Mesmo tendo marcado o gol do empate, em uma análise geral do jogo, o paraguaio pouco entregou resultado. Com pouca movimentação, característica forte em Kieza, acabou ilhado – e bem marcado.
Outro que foi mal no jogo – este, mais comprometedor – foi o lateral direito Hereda. O prata da casa, em vários lances de contra-ataque do Timbu, puxados inclusive por ele na linha de fundo, acabou matando as jogadas, ora cruzando errado, muito forte na área, ora recuando a bola.
Segue a sina
O empate diante do Botafogo-SP mantém a sina do Náutico nesta Série B: a de figurar como o pior visitante da competição. A última vez que venceu uma partida fora de casa aconteceu ainda na 17ª rodada, contra o virtualmente rebaixado Oeste. Longe dos Aflitos, o Timbu tem modestos 21% de aproveitamento.
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