A missão era difícil para o Bahia tentar seguir vivo na Copa Sul-Americanas. O 3×2 sofrido na Fonte Nova obrigava o time a se lançar no ‘tudo ou nada’ contra o Defensa y Justicia na Argentina. E o Tricolor vinha fazendo uma boa partida, jogando melhor que o adversário, até que aos 25′ do segundo tempo teve o atacante Rossi expulso, por fazer um gesto obsceno em direção à cabine do VAR, que não viu pênalti no atleta momentos antes do ato.
O Defensa y Justicia logo em seguida também teve um atleta expulso, mas o Bahia não voltou mais a imprimir o mesmo ritmo – muito também pela saída de Élber, melhor em campo pelo Esquadrão. O Tricolor ainda sairia derrotado no jogo. Cenário que fez o técnico Mano Menezes apontar a expulsão de Rossi como fundamental para a perda de fôlego da equipe.
“Foi exigido de nós todos um equilíbrio maior. Mesmo que haja alguma provocação externa, que influencie as nossas atitudes, elas têm que estar dentro do respeito. E certamente essa atitude de Rossi, que culminou com o cartão vermelho depois do árbitro consultar o VAR – porque nenhum de nós viu no momento -, quase que liquidou todas as nossas chances”, avaliou Mano.
“Era um momento importante de continuar pressionando, e tentar marcar o primeiro gol. E àquela hora, num jogo tão parelho, tão taticamente disputado, ficar com um homem a menos foi um balde de água fria nas nossas pretensões”, completou o treinador.
“Vinte minutos” marcantes
Porém para Mano Menezes, a expulsão de Rossi não foi o único fator decisivo para a queda na Sul-Americana. O técnico, embora tenha feito questão de dizer que não vê a equipe jogando mal uma partida por completo, apontou vinte minutos de um ritmo ruim da equipe na primeira partida, que foram cruciais para a eliminação.
“Raramente o Bahia tem feito jogos ruins. Nessa própria eliminação fez vinte minutos ruins no primeiro jogo, em Salvador, que deu um 0x2 numa vantagem muito grande para um adversário que vinha de uma Libertadores, e se preparou mais do que nós em termos de investimento. Consequentemente, trazia jogadores mais experientes para administrar essa vantagem que demos”, apontou, antes de arrematar a análise da partida.
“No jogo de hoje tivemos uma postura de equipe que queria buscar a reação no placar. Criamos oportunidades claras novamente. Se somarmos as duas partidas, nossos atacantes tiverem frente com o goleiro quatro ou cinco vezes. Era importante saltar na frente no jogo, porque isso muda a história, como a partida vai ser jogada, a estratégia. Assim como nos expomos, isso caberia ao adversário também, e quase em nenhum momento eles tiveram que se expor nas duas partidas. Futebol é assim, passa quem tem mais competência nas horas decisivas e o Defensa y Justicia passa por méritos, porque aproveitou as suas chances melhor do que nós.”
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