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Próximo rival do Santa Cruz, Vila Nova aposta em fórmula campeã

Márcio Fernandes foi campeão da Série C com o Vila Nova em 2015. (Foto: Divulgação/Vila Nova)

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Por Camila Sousa, Diego Borges e João Pedro Pereira

Dando sequência à série especial sobre os adversários do Santa Cruz no quadrangular do acesso à Série B, apresentamos o Vila Nova, próximo rival do Tricolor. As equipes se enfrentam neste sábado, no Arruda, às 17h, pela segunda rodada da segunda fase da Série C. E assim como foi feito com o Brusque, o NE45 traz em detalhes as análises, depoimentos e leituras táticas do Tigre, que virá ao Arruda com o comandante do título da Série C de 2015.

Rival já conhecido

Santa Cruz e Vila Nova não farão um confronto inédito nesta Série C. Terceiro colocado do grupo A, na mesma chave que a Cobra Coral, os times se enfrentaram duas vezes na fase classificatória. Dentro de casa, inclusive, os goianos derrotaram a Cobra Coral por 1 a 0, a única derrota do time coral antes de definir a sua classificação antecipada, ainda comandado por Itamar Schülle. No Arruda, no segundo turno e já com Marcelo Martelotte à frente do Tricolor, vitória coral absoluta, por 2 a 0.

Conhecido também em quadrangular de acesso

Além disso, Santa Cruz e Vila Nova também carregam na história um confronto em quadrangular de acesso no mesmo formato atual. Entretanto, pela Série B de 1999. Depois de eliminar o São Caetano, o Santa Cruz enfrentou Bahia, Goiás e o próprio Vila Nova, vencendo o Tigre no Arruda por 2 a 1, e perdendo na volta por 1 a 0, no Serra Dourada. O lendário Túlio Maravilha marcou os dois gols do time goiano. O Santa acabou conquistando uma das vagas à Série A ao lado do Goiás, num acesso bastante emblemático para o clube tricolor.

‘Ponto de restauração’

Quando um computador precisa de um processo de formatação, o ‘ponto de restauração’ é um estado de programas que a máquina retoma para a sua melhor utilização. Essa analogia se encaixa para o atual momento do Vila Nova para o jogo no Arruda. Isso por conta da mudança no comando técnico, com a demissão de Bolívar após a derrota em casa para o Ituano, e a contratação imediata de Márcio Fernandes, campeão com a equipe na mesma Série C, em 2015. Márcio já assumiu o cargo durante a semana, com tempo hábil para comandar a equipe na área técnica.

Com isso, fica a dúvida sobre como o Vila Nova será armado contra o Santa Cruz. Se Márcio manterá uma base da escalação e o esquema tático de Bolívar, ou se haverá uma transição de estilo de jogo já na primeira partida. O Vila é o único que não pontuou até aqui na chave, mas sofreu no Arruda na primeira fase, sem conseguir fazer frente ao time tricolor. Entretanto, a chegada de Márcio Fernandes pode dar ao time o ‘efeito imediato’ desejado com a troca de comando.

Bom de largada, complicado em decisões

E o efeito imediato que o Vila procura o Márcio Fernandes mostrou durante toda a temporada que consegue imprimir. Foi assim no Brasiliense, quando largou com 7 vitórias em 8 jogos no Campeonato Candango, e também no Treze, que comandou o time na tentativa de evitar o rebaixamento, largando com um empate e três vitórias seguidas.

Entretanto, nos momentos decisivos do ano o treinador não teve um bom rendimento. Perdeu o título do Candangão para o Gama nos pênaltis, e também acabou rebaixado com o Treze ao não reverter o cenário adverso contra o Botafogo-PB, também pelo Grupo A da Série C.

Análise tática

Mais conhecido dos três adversários desta fase, o Vila Nova chega para este confronto contra o Santa Cruz somando uma derrota em casa de virada para o Ituano na primeira rodada e, após isso, viu seu até então treinador, Bolívar, ser demitido e depois anunciar Márcio Fernandes como novo treinador. Ainda sim, dentro dos 15 primeiros jogos da série C, enquanto ainda brigava para garantir a 1ª colocação do grupo, o Vila Nova foi o único capaz de vencer o Tricolor. Logo, assim como o Vila é conhecido para o Santa, o Santa é um velho conhecido para o Vila. Mas vamos ao que importa, como o time goiano jogou até aqui com Bolívar:

Escalação base

Como defende?

Defesa à brasileira: 4-4-2 com encaixes, sobretudo nos atacantes e meias centrais, bloco médio, normalmente dando o primeiro combate um pouco à frente do meio campo e buscando pressionar ao passar dele. Como pontos negativos deste sistemas, podemos citar uma dificuldades para reestruturar as linhas defensivas à partir das perseguições mais longas. Ponto este bem explorado pelo próprio Santa Cruz na última partida, fazendo o gol que abre o placar:

Outro ponto de bastante destaque de falha neste sistema é o baixo aproveitamento em vencer disputas defensivas, sobretudo de rebotes do goleiro e bolas rebatidas pelos outros defensores. Gerando assim zonas de finalizações limpas e bem próximas ao gol, tanto com bola rolando, quanto com bola parada:

Além de tudo isso, soma-se a quantidade excessiva de faltas feitas próximas a sua própria área e a dificuldade em defende-las, outro ponto que já foi bem aproveitado pelo próprio Santa Cruz:

Gols sofridos 1º turno – 5 em 9 jogos

Fora da área: 1 (Ferroviário)
Grande área: 1 (Ferroviário)
Pênalti: 1 (Ferroviário)
Bola parada (escanteios, faltas): 2 (Ferroviário, Manaus)

Gols sofridos 2º turno – 7 em 9 jogos

Grande área: 2 (Santa Cruz, Imperatriz)
Bola parada (escanteios, faltas): 1 (Santa Cruz)
Bola aérea (alçada na área): 3 (Manaus, Botafogo-PB, Jacuipense)
Pequena área: 1 (Treze-PB)

Como ataca?

Henan. Spoiler dos destaques? Talvez, mas é impossível falar deste Vila Nova em fase ofensiva sem começar pelo seu camisa 9. O experientíssimo centroavante é a pedra fundamental desta equipe. Construção através da bola longa, seja em organização ou transição, visa sempre a primeira disputa feita por ele e depois a pelo trio que joga ao seu lado (Rodriguinho, Biancucchi e/ou Alan MIneiro e Talles), que acumula velocidade e mobilidade (Talles e Rodriguinho) e ótimo passe (Biancucchi, Alan e Talles):

Além da presença ativa de Henan, podemos falar da sua importância sem nem tocar na bola: gerando espaços. Com ele em campo e chamando a atenção das defesas adversárias, fica mais fácil pros homens de trás pisarem na área com espaço.

Bola parada

Outro ponto importante de como o Vila Nova consegue os seus gols, é a bola parada, sendo assim um time que busca “cavar” faltas próximas à área e conquistar escanteios para criar novas oportunidades. Com amplo repertório, seja com cobrança direta, alçada na área, ou até com jogadas ensaiadas. Destaque para as cobranças de Biancucchi.

Individualmente podemos destacar, além dos já citados (Henan, Biancucchi, Alan Mineiro, Talles), a dupla de zaga também extremamente experiente e rodada, com Rafael Donato e Adalberto e o lateral direito Celsinho, após anos junto ao CSA, onde ajudou a levar o time da série C (com título) à série A.

Gols marcados 1º turno – 10 em 9 jogos

Contra-ataque: 1 (Paysandu)
Rebote/pequena área: 1 (Imperatriz)
Pênalti: 2 (Paysandu, Imperatriz)
Bola parada (escanteios, faltas): 1 (Manaus)
Chute de fora da área: 2 (Santa Cruz, Imperatriz)
Grande área: 3 (Jacuipense, 3x)

Gols marcados 2º turno – 9 em 9 jogos

Rebote/pequena área: 1 (Ferroviário
Pênalti: 2 (Manaus, Treze-PB)
Bola aérea (bola alçada na área): 3 (Manaus, Ferroviário, Imperatriz,
Bola parada (escanteios, faltas): 2 (Ferroviário, Imperatriz
Contra: 1 (Imperatriz)

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