Por Pedro Reis, do Futebol Maranhão (@FutMaranhao)

Muito se fala de Caio Dantas e sua imponente quantidade de gols em 2020 (24, atual artilheiro do Brasil no momento desta matéria), mas um jogador tem impacto muito maior nos resultados do clube: Joécio, zagueiro de 35 anos, campeão da Copa do Nordeste 2018 com o próprio Sampaio e que voltou à Bolívia Querida para a Série B do Brasileirão.

“Mas por quê?”, o leitor deve estar se perguntando. A razão é simples: a sua ausência no onze inicial é quase certeza de derrota Tricolor. O xerife do Sampaio Corrêa entrou em campo 20 vezes nesta Série B, com 11 vitórias, 5 empates e 4 derrotas, recorte que aponta aproveitamento de 63,33% para o Tubarão.

Sem Joécio em campo, a história é bem diferente. Dos 10 jogos onde ele não entrou em campo, o Sampaio perdeu 8, empatou 1 (contra o Operário-PR, fora de casa) e venceu apenas 1 (contra o Figueirense, com Joécio no banco de reservas). Nestes jogos, o aproveitamento do Sampaio fica na casa de 13,4%, com desempenho pior que o Oeste, lanterna da Série B.

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Após reestrear com a camisa tricolor apenas na 7ª rodada, Joécio ajudou o Sampaio a não sofrer gols em 6 dos 20 jogos onde atuou.

A média de gols sofridos com a presença dele no time é de 0,95. Sem ele, sobe para 1,11. Diferença que parece sutil, mas tem cobrado bastante, especialmente num torneio tão equilibrado quanto a Série B.

Para além dos números, é preciso destacar a segurança psicológica que a titularidade do zagueiro transmite para o resto da equipe. Taticamente, sua ausência implica na formação de uma equipe muito menos dinâmica, facilitando os contra-ataques dos adversários, vide os pontos perdidos por erros específicos de outros zagueiros do elenco (por exemplo, derrotas para Chapecoense, Avaí e Vitória).

Em suma, para o Sampaio manter suas pretensões de acesso, o retorno de Joécio é imperativo. E, de preferência, com Daniel Felipe ao seu lado.

Foto: Lucas Almeida / Sampaio Corrêa