Um sonho distante, que quase se tornou mais concreto. Fora de casa, contra o Operário-PR, o CRB saiu na frente do placar e teve três boas oportunidades de ampliar a vantagem ainda no primeiro tempo. Porém, o Galo não só desperdiçou as chances, como sofreu o empate ainda antes do intervalo, voltou a ficar na frente do marcador, mas relaxou novamente e sofreu a virada em Ponta Grossa.
A dura derrota por 3 x 2 praticamente elimina as chances de acesso da equipe que se encaminhava para a sua quinta vitória em seis jogos. Agora, se tiver 100% de aproveitamento nos três jogos que restam, o Galo pode chegar no máximo aos 55 pontos, cenário que tem apenas 2,1% de chances de acesso, de acordo com números da Universidade de Minas Gerais (UFMG). Um ‘adeus’ antecipado, com três jogos a cumprir.
Mais um bom 1º tempo
A exemplo da partida contra o Avaí, o CRB começou melhor mesmo jogando fora de casa. Com uma proposta de segurar as investidas do Operário e aproveitar os contra-ataques, o Galo abriu o placar já aos 11 minutos. Hyuri escapou com da marcação e bateu rasteiro, Martín Rodríguez deu rebote e Carlos Jatobá pegou a sobra para marcar.
Enquanto o Operário seguia sem conseguir aproximação e explorando chutes de fora da área e bolas alçadas à área procurando Ricardo Bueno, o Galo criava chance atrás de chance. Aos 20′, Pablo Dyego quase marcou o segundo num chute de fora da área que desviou na zaga e acertou a trave de Martín, vendido no lance.
Quem não faz…
O castigo mais cruel do futebol talvez seja o ‘quem não faz, leva’. E a escrita se repetiu para o CRB. Além da bola na trave, Robinho e Pablo Dyego tiveram outras duas boas chances de ampliar o placar. Primeiro Robinho pisou na bola e matou um contra-ataque de 2 x 1 aos 40′. E depois, aos 43′, Pablo recebeu livre na entrada da pequena área mas furou a bola na cara com Martín. Nos acréscimos, o castigo do Operário veio com Alex Silva, aproveitando uma bola de rebota de Edson Mardden para o meio da área.
As trocas de Roberto Fernandes
As chances perdidas e os cartões amarelos fizeram a – já curta – paciência de Roberto Fernandes esgotar com Robinho e Pablo Dyego, substituídos no intervalo por Lucas Mendes e Luidy. E as mudanças fizeram o CRB rodar melhor a bola, também infiltrando jogadas pelo miolo da zaga paranaense. E numa dessas jogadas, aos 7′, Jatobá limpou a marcação e aprontava o chute, mas foi calçado por trás. Na falta frontal, Wesley acertou uma bela cobrança e recolocou o Galo em vantagem.
Operário-PR aperta e vira
Também com chances de se aproximar do G4, o Operário se lançou em busca do empate. Aos poucos, o técnico Matheus Costa foi deixando o time mais ofensivo e tomando conta do meio de campo. Aos 11′ Edson Mardden quase foi traído por desvio de Jatobá, e aos 17′ Rafael Oller limpou a marcação e bateu colocado, para fora.
Mas foi aos 23′ que o Operário chegou, com um gol arquitetado por dois atletas acionados do banco. Schumacher fez o pivô e Jean Carlo chapou de primeira, sem chance para Mardden. E a virada não demorou a vir. Aos 32, em novo cruzamento que a zaga alagoana não afastou, Ricardo Bueno recebeu na área, girou sobre a marcação com liberdade e escolheu o canto direito de Mardden.
As últimas cartadas de Roberto
Vendo o adversário melhor em campo e depois de perder Gum machucado, Roberto realizou duas mudanças ainda com o placar em 2 x 2, com Reginaldo Júnior e Régis. E depois de sofrer a virada, chamou Lucão do Break como cartada final para lançar o time todo ao ataque e tentar manter vivas as chances de acesso. Mas não deu certo.
Estatísticas
Posse de bola: Operário-PR 58% x 42% CRB
Finalizações: Operário-PR 20 x 8 CRB
Finalizações no gol: Operário-PR 7 x 3 CRB
Passes certos: Operário-PR 310 (83%) x 182 (67%) CRB
Faltas: Operário-PR 13 x 28 CRB
Desarmes: Operário-PR 13 x 19 CRB
Defesas do goleiro: Operário-PR 1 x 4 CRB
Fonte: Sofascore

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