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Eleição alvirrubra: Plínio Albuquerque defende modernização do Náutico pautada na ética e moralidade

Plínio fez várias críticas a atual gestão do Náutico - Foto: Divulgação

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No próximo domingo (5), o Náutico terá sua primeira eleição com bate-chapas desde 2015. Após quatro anos de mandato do presidente Edno Melo, três candidatos buscam o apoio da maioria dos 3.765 associados aptos a exercer o direito de voto para serem eleitos. O NE45 conversou com os três candidatos e na matéria abaixo traz a sabatina realizada com Plínio Albuquerque, candidato da oposição, que pleiteia o cargo de presidente pela chapa Inova Náutico.

Plínio é um dos fundadores do grupo Vermelho de Luta, que lançou Edno Melo como candidato na eleição de 2015. Empresário do ramo do entretenimento, ele defende a modernização do estatuto do clube e aponta a necessidade de profissionalizar os quadros técnicos alvirrubros baseado nos preceitos da ética e da moralidade.

Confira a entrevista com o candidato Plínio Albuquerque:

Apresentação
A minha história no Náutico começou com a minha família. Meu avô foi jogador do Náutico na década de 1940, participando de jogos e goleadas importantes. Ele foi vivo até os meus 15 anos e éramos muito próximos. Sou um torcedor assíduo. Sempre gostei muito de ir para os jogos. Em 2015, fundei um grupo chamado Vermelho de luta com alguns amigos e a nossa ideia era ajudar mais o clube. Eu ajudava como sócio, como torcedor e nesse período, em que estávamos chateados com o momento, com o Náutico tendo uma gestão que não estava bem, que era o grupo de Glauber (Vasconcelos) e do MTA (Movimento Transparência Alvirrubra). Por isso, entendemos que era preciso fazer alguma coisa. Não em nível político, mas, sobretudo, a nível de movimentação. Conversamos com vários ex-presidentes, ex-diretores e até mesmo torcedores que nunca ocuparam cargos, mas que queriam ajudar e esse nosso grupo acabou crescendo. Conseguimos algumas reuniões com Marcos Freitas, que foi o candidato que acabou vencendo o pleito no final de 2015, para administrar o clube em 2016 e 2017, mas ele já tinha um grupo fechado e a nossa ideia era ajudar. Porém, como nosso grupo já estava muito grande, até por questão de democracia, decidimos colocar um candidato. No meio do caminho, faltando dois meses para a eleição, nos foi apresentado Edno (Melo) e ele foi para o pleito. Perdemos a eleição e a vida seguiu.

Por que eu quero ser presidente?
Eu quero ser presidente e me sinto preparado, pois entendo que meus anseios como sócio e a minha visão como empresário, se conectam com o torcedor. Eu entendo o que a arquibancada pede, o que ela quer. Não queremos que o Náutico seja campeão apenas dentro das quatro linhas. Queremos que o clube seja bem gerido, que tenha perspectiva de crescimento. O Náutico vislumbra estar sempre entre os grandes clubes. Ninguém gerencia sozinho um clube desse tamanho e a gente entende que temos um grupo muito forte de pessoas sérias e íntegras honestas que trazem credibilidade à chapa. A prova disso é meu vice-presidente, que é o promotor Valdir Mendonça, com quarenta anos de serviços prestados ao estado. Tenho 36 anos, sou um cara jovem, moderno, que conhece do futebol, da gestão e trago comigo um cara que representa a lei, que representa a credibilidade, a honestidade, a ética e a moral. Estamos vivendo momentos difíceis hoje no clube. Acho que essa ética e essa moral tem tudo a ver com o que a gente quer representar dentro do clube, além de uma modernização.

O balanço da atual gestão
Nos primeiros dois anos da gestão, ou seja, 2018 e 2019, eles tiveram um pé mais no chão. Havia menos problemas no jurídico, menos salários atrasados. Mas, hoje, a gente está entrando no terceiro mês de atraso. Provavelmente, o próximo presidente vai pegar um clube com cinco meses de salário atrasado, além do décimo terceiro. O que eu vi de positivo foram os primeiros anos em que a gestão teve os pés no chão em relação a contratos, valores, pagando os jogadores e as rescisões. Eles pagavam e cumpriam os contratos. Porém, existem alguns mitos nesse meio. Por exemplo, que esse grupo representa a volta aos Aflitos. É um mito. Por quê? Porque eu também represento. Moacir Pereira é um dos maiores baluartes da volta aos Aflitos. Rafael Gazzaneo, que faleceu, é um dos maiores baluartes da volta. Sabe por quê? Conseguiram um investidor, pois sem um investidor a gente não voltava. Esses caras têm uma importância gigantesca. Existe um mito que Diógenes Braga e Edno Melo fizeram a volta, mas isso é uma mentira. Eles participaram de um grupo que chamava-se Comissão Paritária, como um sócio, como torcedor, como vários participaram dentro e fora dessa comissão. Então é muito importante trabalhar com a verdade e essa gestão não trabalha com a verdade. A austeridade nos últimos anos dessa gestão é uma falácia, pois são mais de cem processos, mais de cem causas trabalhistas, quatro treinadores que saíram sem receber. Ou seja, eu tenho Roberto Fernandes e Márcio Goiano, esses caras receberam. A partir daí, a vaca foi pro brejo. E estou falando de mais de cem ações trabalhistas sem acabar o ano. O ano não acabou. Ou seja, os jogadores que foram contratados, que estão acabando o contrato, vão precisar fazer um acerto e não vai ter um acerto. A prestação de contas, eles atrasaram e não foi aprovada pelo Conselho. Nós vamos profissionalizar não só setores, os segmentos do clube, mas também a prestação de contas. A torcida tem sede de credibilidade. Imagina o sócio que paga e não sabe onde esse dinheiro vai ser usado. O sócio não tem benefício algum para se tornar sócio. O cara não tem vontade de ser sócio. Essa é a gestão da enganação. Os títulos criaram uma cortina pra poder afastar os problemas e essa é a verdade.

Austeridade, passivo e Justiça do Trabalho
Queremos modernizar o clube e gerir o passivo de forma profissional. Esses dois fatores se entrelaçam. Passei o ano viajando e buscando soluções que funcionaram em outros clubes. Nestas viagens, me foi apresentada uma empresa, que é a maior em reestruturação financeira do mundo, uma multinacional. Existe um custo para contratar essa empresa? Existe, mas se você planejar bem, ela também faz a captação de recursos, ou seja, existe também a questão da credibilidade e a tendência é que mais patrocinadores queiram estar junto com a gente. Essa empresa já está contratada, a gente já tem um pré-contrato com eles e, caso nós vençamos as eleições, essa empresa vai nos ajudar a administrar.

Sociedade Anônima do Futebol
A empresa que nós vamos contratar tem acesso às leis de incentivo, entende os caminhos e quais documentos a gente precisa para poder se preparar para a Sociedade Anônima do Futebol, que é uma lei que foi sancionada em outubro pelo Governo Federal. São os primeiros passos para se tornar um clube-empresa. Deixar de ser um clube associativo de futebol. Claro que isso não é do dia para a noite. Demanda um pouco de tempo, mas eu preciso dar os primeiros passos. Eu não vou conseguir organizar 100%, mas eu vou dar os meus primeiros passos. Essa é a ideia, deixar um legado de organização, em que exista um caminho. Que a SAF já esteja implantada dentro do clube, que exista um conceito de gestão pé no chão, em conjunto com essa empresa. A SAF me dá também a oportunidade de reduzir os juros, pois a ação de um atleta, de um treinador, de um funcionário qualquer, corre juros e correção monetária e também me dá a chance de reduzir até 50% dos juros, além de pagar isso em dez anos em acordo com os credores. Então, a SAF me limpa e me documenta. Ou seja, eu tenho que ter uma receita para fazer esse pagamento, mas eu dou início ao processo de limpar o Náutico dos passivos. Esse é um caminho que tem que ser seguido e que a gente já está à frente. Nos demais setores, queremos a profissionalização. Futebol, marketing, jurídico, vamos profissionalizar tudo, para que, com isso, eu possa ter ações específicas de pessoas competentes.

Modernização e mudanças no estatuto
Nós vamos modernizar e profissionalizar o clube e, para isso, temos que trazer pessoas competentes e que sigam métricas sobre o que elas têm de missão e de objetivo no clube. Há um objetivo a nível gerencial, a nível de diretoria e esses setores vão ser cobrados para que alcancemos os resultados. Eu não vou conseguir alcançar os resultados se eu não cobrar aquela meta que foi desenhada lá atrás. Hoje, não existe um modelo de gestão. Existe muito blá blá blá. Sobre a mudança do estatuto, ele é importante para ajudar o Náutico neste modelo de profissionalização. Eu acho que o nosso estatuto poderia ser melhorado, mas entendo que existem coisas positivas. Existem coisas boas e existem coisas que não são tão boas e que não precisavam estar pautadas, mas não cabe a mim. Cabe ao sócio. Eu acho que, como executivo, é preciso ter uma boa ligação com o Conselho. Ligação amistosa, amigável e acima de tudo pensando no bem do clube. Esse é o principal foco.

Marketing, campanha de sócios e captação de novas receitas
O marketing do Náutico na atual gestão foi gerido, por um bom tempo, por um engenheiro e depois por um advogado. Então, já mostra que não nunca houve a intenção, a capacidade e a vontade de profissionalizar. Nós já contratamos uma empresa de marketing esportivo e estamos bem adiantados nessa demanda. O foco do marketing e da nossa comunicação tem de ser trazer receita para o clube. Eu preciso que os espaços que tem nos Aflitos para colocar placas de patrocinadores sejam preenchidos. Eu preciso lançar novos produtos, por exemplo, nós fomos campeões pernambucanos, nós tivemos uma grande campanha de início de série B e não aproveitamos aquele momento. Marketing é oportunidade. Nós tivemos uma grande oportunidade de trazer receita, fazendo uma camisa alusiva ao título em cima do Sport, criando um bonequinho de Kieza, que fez o gol no jogo normal e fez o último pênalti. Podíamos criar um produto novo, pois no início do campeonato, na verdade desde o estadual, a gente criou uma experiência, uma conexão com o torcedor. A gente é tão carente que chegamos nas lojas do Náutico e compramos qualquer besteira só para ter acessórios do Náutico na nossa casa. O Náutico não monetiza, não transforma em dinheiro, em receita, a sua comunicação e o seu marketing. E como envolver o sócio? O sócio, primeiro de tudo, precisa ser respeitado. Como é que esses sócios precisam ser respeitados? Tanto eles quantos seus dependentes? Primeiro, no ato da compra de um ingresso basta você chegar na sede, você enfrenta uma fila e só consegue comprar ingresso com dinheiro. Isso é um absurdo. Nos tempos de hoje, você não poder fazer um PIX, você não poder passar um cartão de crédito, de débito para comprar um ingresso, é um absurdo. Hoje, o sócio é apenas um pagador de mensalidades. Na nossa gestão, vamos fazer com que o sócio seja respeitado. Esse sócio vai ter um aplicativo, que vai dar ao sócio informações diárias e não só isso. Vamos dar ao sócio a condição de comprar produtos, de ver o que que tá acontecendo com o clube, de ter mais informações, se conectar ao clube e, para isso, eu preciso criar essa plataforma de conexão. Fora isso, o sócio vai ter benefícios: maior desconto na compra de produtos, mas claro que vamos criar uma categorização, quanto maior o valor que se paga, maior o desconto que ele vai ter. O sócio também precisa ter um acesso melhor ao clube, ter desejo de vir à sede. Nós vamos revitalizar aquela sede, dar a possibilidade de um uma coisa tão simples, que é ter um banheiro limpo, organizado, reformado, digno de um sócio, principalmente as mulheres, pois sabemos que a necessidade é um pouco diferente. Essas coisas precisam ser feitas para ontem.

Revitalização dos Aflitos
Vamos ter que trabalhar os Aflitos em pontos estratégicos. O primeiro é reestruturar os pontos críticos. Existe um projeto, que foi aprovado pela prefeitura para o crescimento e mudança estrutural dos Aflitos. Ele envolve a Manoel de Carvalho, envolve uma praça aberta para o bairro, com barzinhos e restaurantes. Esse projeto já está aprovado. Vamos em busca de investidores para viabilizar esse projeto. Mas antes, eu preciso tratar de coisas imediatas, que é trabalhar a Sede e o nosso estádio para dar uma melhor condição de jogo e uma melhor condição de acesso. Eu falo de acesso para torcida, sócio e falo também de acesso para deficientes físicos e visuais. Precisamos dar essa condição a todo e qualquer torcedor de ir aos jogos. Precisamos organizar o gramado, pois a irrigação foi muito mal feita e a gente sabe que quando chove alaga tudo. Além disso, para receber melhor o sócio. Queremos ter uma agenda, no mínimo, semestral de eventos. Com eles, nós vamos trazer vida, que é o que o mais torcedor quer. Trazer vida ao bairro, trazer vida ao Recife. É preciso dar estrutura para que a família alvirrubra possa ir no parque aquático, na sede, poder receber eles com um restaurante, com recreadora, com uma voz de violão, no sábado e no domingo, um sambinha, um chorinho, algo atrativo. Nós não temos nada de atrativo desde o início dessa gestão. E não dá pra culpar a pandemia, dá pra culpar falta de competência e falta de criatividade.

Projetos para o CT
No CT, eu preciso também trazer vida também. Nessa questão, entra a construção de campos de futebol society, a construção de quadras de tênis, de futevôlei e de beach tennis. Eu tenho 50 hectares pra mexer nisso e não vai influenciar em nada na estrutura do hotel, do treino, dos jogadores e da base. Vamos construir pro lado contrário a essa estrutura. Com isso, eu já trago uma receita. Eu falo com autoridade sobre essa receita, pois eu sou empresário, sou empreendedor e eu mexo com vários segmentos. E uma das coisas que eu mexo é o entretenimento. Tenho campos de society. Eu sei quanto custa pra construir um campo society e eu sei qual é o retorno. Um retorno de um campo society, por baixo, é de R$ 15 mil livre, pagando luz, funcionário, impostos. Ou seja, se eu tenho dois campos profissionais para gerar receita, eu tenho R$ 30 mil. Estou falando de algo que vai ser construído, que vai ser investido, mas que vai ter um retorno. Para isso, eu preciso criar uma estrutura boa de iluminação, de segurança e de portaria. E o que traz essa movimentação? Está na receita. Com a receita eu vou ter dinheiro para melhorar o CT, para a construção de dois novos campos, para o treino tanto do futebol feminino como para ajudar a base também. Fora isso, para base a gente tem o projeto que é “valor simbólico”. Eu vou investir R$ 2 de cada ingresso vendido nas categorias de base. Ou seja, uma vez por semana, em que estou jogando nos Aflitos. Imagina um público de dez mil torcedores pagantes. Com esse público, e se eu invisto dois reais pra base, eu estou fazendo R$ 20 mil por jogo, o que é um valor muito interessante para que a base se torne autossustentável, para que a base tenha seu próprio orçamento.

Gestão do futebol
Tudo o que aconteceu foi falta de planejamento, falta de criatividade, competência e de profissionalização no setor do futebol. Vamos profissionalizar esse setor, trazendo pessoas que entendam de futebol, que sejam do ramo e que tenham networking. A decisão era sempre unilateral. Era uma decisão do vice-presidente de futebol. Ele resolvia tudo. Ele contratava, ele opinava, ele era o cara que entendia do futebol. Então, carrega o ônus e carrega o bônus. Nós já temos Sangaletti, que será o nosso executivo e está contratado. Nós já estamos avaliando no mercado um coordenador da base, um cara que vai dar todo o suporte aos meninos e tem que ser um cara especialista nessa transição. Queremos encorpar o trabalho da base e nisso entra a parte nutricional, psicológica e pedagógica. Tudo isso é muito importante. A gente vai dar carga no centro de análise de desempenho, que vai me dar possibilidade de receber filtros dos atletas. Já existe um desenho do que a gente precisa, de acordo com o perfil que a gente vai colocar no Náutico, que é um time de força e velocidade. Na cabeça ou nas minhas memórias, eu só vejo o Náutico dar certo e ter sucesso no futebol com times de força e velocidade. Não enxergo outro time para o Náutico a não ser nesse modelo. Então, eu preciso trabalhar bem a minha base para que tenha esse perfil e a minha análise de desempenho. Então na condição de montagem de elenco, vai existir um organograma de futebol que vai ter Sangaletti, como executivo, três diretores estatutários, que vão cobrar a esses executivos e ao coordenador da base o resultado. É preciso ter plano A, plano B e plano C. Nas minhas empresas, eu tenho planos para cada ação que eu vou tomar. No clube não pode ser diferente. Ter só um plano, isso é falta de planejamento. Então essa falta de planejamento, não só na reposição, mas também na montagem de elenco, não é de hoje. O Náutico desde 2018 é montado de forma errônea. Não foi só em 2021. Como foi 2020? Péssimo. Não ficou em quarto lugar no estadual, ou seja, não conseguiu vaga nem para a Copa do Brasil e nem para a Copa do Nordeste. E o Náutico quase caiu na série B. Por que não caiu? Porque um grandíssimo alvirrubro chamado Paulo Pontes, que é um diretor campeão, mas atualmente é um ajudador, trouxe Hélio dos Anjos e Anderson, pela relação que ele tem com o Hélio e com o presidente do Athletico Paranaense. Aí a gente teve um resultado muito bom na reta final e se livrou do rebaixamento.

Procura aos pilares do time
Eu vejo com naturalidade o assédio em cima dos jogadores que tiveram um bom desempenho. Faz parte do mercado. Tem um clube precisando de um meia, ele vai olhar pro mercado e ele sabe que Jean Carlos está num momento de vida e profissional muito bom. Ele tem contrato e, por ventura, se tiver uma boa proposta, vai jogar em outro clube e o Náutico vai ser ressarcido. Com esse recurso, a gente pensa com criatividade, capacidade e conhecimento para contratar um bom atleta em qualquer posição. Vinícius também teve um ano bom. Ele diz que foi o melhor ano da carreira dele e, muito provavelmente, já deve estar negociado com outro clube. Hoje, nós temos dois ou três jogadores que são assediados e poderíamos ter mais. Seria um sinal de que a gente conseguiu montar um time, em todas as posições, muito bom, lutador e produtivo.

Categorias de base
Eu enxergo a base com bons olhos. Eu gosto da base sendo utilizada, a base é um ativo do clube e eu entendo que a gente precisa dar mais condições a eles. Eu só entendo que as próprias declarações do treinador comprovam isso. A base precisa melhorar e quando eu digo melhorar não é sobre os atletas, é a estrutura. Precisa dar condição nutricional, uma academia… Já estamos trabalhando para trazer uma academia nova para a base. Eu preciso dar condição de treino, de campo, de academia, de se restaurar após lesão efazer a prevenção da lesão. É um conjunto de fatores que, no final do ano, você vê o resultado. O que o Náutico tem que fazer é produzir e revelar atletas, mas para eu revelar eu preciso da condição. Eu acho que a gente tem revelado alguns jogadores, muito poucos. Eu acho que a gente poderia estar revelando mais jogadores e em condição superior. Não só revelar pra revelar, mas colocar um jogador mais pronto no mercado. Talvez seja por isso que a gente ainda não conseguiu vender alguns que jogam como titulares. Nós vamos buscar o selo formador de atleta, que a gente perdeu essa gestão. Estamos em busca disso para que a gente possa ter essa documentação e, inclusive, buscar os benefícios oferecidos pelo governo estadual.

Futebol feminino
Nós já estamos em parceria e conversas bem avançadas com universidades para dar força para a base e o futebol feminino. A gente vai valorizar o futebol feminino. As meninas estão de parabéns. Foram campeãs, mas não tem estrutura de treino, não tem alojamento, não tem o campo delas. Isso está na minha pauta, de trazer investimentos para o futebol feminino. Respeitar o futebol feminino é respeitar a luta delas. Eu acredito muito e vamos lutar para formar e poder também vender atletas de futebol feminino.

Esportes amadores
O Náutico não é só um clube de futebol. O Náutico é um clube que tem o seu nascimento do Remo. O próprio nome fala sobre isso. O Náutico foi campeão de futsal, tem um bom basquete e tem uma história também nos outros esportes. O que a gente pensa em fazer é restaurar isso. Como exemplo, algo que hoje é muito forte e o Náutico abandonou. E quando teve não foi pelo Náutico. Foi porque outras pessoas geriram. O Náutico é campeoníssimo de Fut7. São mais de cinquenta títulos. Ou seja, o Náutico já rodou o Brasil, já participou do campeonato mundial de futsal, foi campeão em várias competições e não se fala mais nisso. Isso traz visibilidade para o clube. Nós temos excelentes atletas de Fut7 no mercado, temos campeonatos ativos de futsal. A prova disso é que está rolando agora o campeonato mundial de Fut7. A Seleção Brasileira está lá e tem dois ou três atletas daqui de Recife, que jogaram no Náutico. A modalidade vai ser reativada no clube. O futsal vai ter muito mais força do que já tem. E eu preciso enxergar esses esportes não só como um custo e, através deles, buscar a receita. A gente precisa utilizar o bom momento. Se eu monto um bom time de Fut7 e trago ele para as cabeças das competições, para as disputas fortes, vai ser o momento do Fut7. É o momento do futsal. É o momento do Remo, é o momento de qualquer esporte olímpico. Então, é utilizar o bom momento, utilizar o marketing a favor desses esportes olímpicos e amadores, buscar receita, investidores e patrocinadores e fazer deles campeões.

Ações inclusivas e combate ao preconceito
Eu enxergo que a questão do preconceito, das minorias, das pautas LGBT e da questão negra vai muito além de uma camisa. Vai do respeito. Eu preciso, antes de tudo, antes de pensar em fazer uma camisa, eu preciso pensar em respeitar o ser humano, eu preciso pensar em ter, por exemplo, uma diretoria ética e moral no executivo. Isso é importante. Ter uma diretoria que bata forte na moralidade e combata a discriminação. Vamos criar uma diretoria de ética, moral e discriminação. E aí entra não só a questão dos negros. Entra a dos homossexuais e de todos que sofrem preconceito de um modo geral. Mas, além disso, entra a questão de assédio, entra a questão do respeito, entra a questão, que hoje está acontecendo e que é um absurdo, onde todo mundo sabia o que estava acontecendo. Então, o vice-presidente, que é o atual candidato da situação, sabia. O presidente sabia, o presidente do Conselho, a diretoria sabia, ou seja, todo mundo da diretoria sabia o que estava acontecendo e ninguém fez nada. Isso não vai mais acontecer.

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