O Santa Cruz teve a estreia no Estadual contra o Afogados da Ingazeira adiada por ‘problemas técnicos’ nos laudos do Arruda, segundo classificou o presidente da Federação Pernambucana de Futebol, Evandro Carvalho. Porém, as restrições impostas ao estádio dizem respeito, especificamente, à não aprovação do Laudo de Segurança do Batalhão de Choque, cuja reportagem do NE45 teve acesso. No total, foram cinco as determinações impostas pela Polícia Militar. Confira abaixo.
Diagnóstico e parecer:
Restrição 1: A Central de Comando e Controle está com um problema estrutural (infiltração) em seu interior.
Restrição 2: O Clube não apresentou o Atestado de Regularidade nem o Laudo de Segurança Anual do CBMPE.
Restrição 3: As instalações físicas destinadas à Polícia Militar não apresentam condições adequadas de trabalho.
Restrição 4: As quantidades de catracas dos portões 02,03, 07, 10 e 13 não atendem a proporção de uma catraca para cada 660 torcedores.
Restrição 5: Não foi apresentado o contrato de utilização de profissionais orientadores de público para cada evento.

Segundo o Art.2 do Estatuto do Torcedor, a entidade responsável pela organização da competição (no caso, a FPF) tem como obrigação apresentar ao Ministério Público dos Estados e do Distrito Federal os laudos técnicos expedidos pelos órgãos e autoridades competentes pela vistoria das condições de segurança dos estádios a serem utilizados. São eles: o laudo de segurança, laudo de vistoria de engenharia, laudo de prevenção e combate de incêndio e laudo de condições sanitárias e de higiene.
Todos eles, segundo apurou o NE45 com o diretor da Comissão Patrimonial do Santa Cruz na noite da última sexta-feira, com exceção do laudo de segurança, foram aprovados com restrições – o que, em tese, liberaria o Arruda para a torcida, restando apenas o aval da Polícia Militar.
Inclusive, o laudo do Corpo de Bombeiros, por exemplo, havia determinado que, em função de algumas especificações não cumpridas no Arruda, como ausências de corrimãos, sinalização e deficiências na estrutura de emergência, o estádio só poderia comportar 37.400 pessoas. Sobre este ponto em específico, uma fonte ouvida pelo blog garante que o clube protocolou junto à FPF o laudo de prevenção e combate de incêndio.
Algumas das restrições impostas pelo Choque também foram questionadas pelo Santa Cruz, como o caso da Central Técnica de Comando – espaço destinado ao monitoramento do público. Isso porque, no rigor da lei, de fato, o artigo 18 do Estatuto do Torcedor diz que os estádios com capacidade superior a 10 mil pessoas devam manter a central técnica de informações com estrutura “suficiente para viabilizar o monitoramento do público presente”.
Contudo, o Arruda, apesar de, na prática, enquadrar-se neste quesito, seria necessário levar em consideração o contexto de aplicação da lei, uma vez que, atualmente, em função do novo decreto do Governo do Estado, as praças esportivas só podem comportam o máximo de 3 mil torcedores em função da alta de casos de Covid-19.
Procurado por intermédio da assessoria, o Santa Cruz informou que publicará uma nova nota para prestar mais esclarecimentos sobre o assunto.







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