Sucesso na Copa do Brasil eleva investimento e Juazeirense sonha com Série B

Agremiação com apenas 15 anos de existência, a Juazeirense entrou de vez no cenário nacional pelos sucessos na Copa do Brasil. Somando as duas últimas participações – a atual ainda está em andamento -, o Cancão de Fogo totaliza cinco classificações, sendo quase todas elas sobre clubes tradicionais do futebol.

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Invariavelmente, os êxitos colocam o time baiano momentaneamente em evidência no país. Mas, atualmente na Série D, a Juazeirense almeja ascender ainda mais e tornar os holofotes permanentes. E, pode-se dizer, conquistou credenciais para trabalhar em torno disso.

Com as inflacionadas cotas pagas pela Copa do Brasil, o Cancão de Fogo arrecadou quase R$ 9 milhões em premiações do ano passado até aqui – valor que corresponde a 36 meses de folha do clube e permite investimento em diversas frentes.

A classificação mais recente delas, por exemplo, rendeu ao time baiano R$ 1,9 milhão ao bater o Vasco, nos pênaltis, pela segunda fase, na última quarta-feira. Antes, em 2021, a Juazeirense havia derrubado também equipes como Sport e Cruzeiro.

“Melhor não poderia ser, ganhar do Vasco não é todo dia. Eu resumo tudo dizendo que a Juazeirense ontem foi um carro de guerra. Não tomou conta da história do Vasco, foi para cima, jogou como time grande. E o Vasco jogou como time pequeno, jogou recuado o tempo todo, com três volantes. E nós com três atacantes”, celebrou Roberto Carlos, presidente da Juazeirense, em entrevista ao NE45.

“É uma alegria e orgulho grande vencer o Vasco e conseguir passar mais uma fase, por vários motivos. Dentre eles, visibilidade, grandeza para o clube. E outro fator importante: a questão do recurso financeiro”, acrescentou.

Com as receitas obtidas, o Cancão elevou o investimento, tanto em termos de estrutura, como no futebol, com a contratação e manutenção de jogadores de peso, além de torneios para as categorias de base. Fora isso, a arrecadação permite ao clube manter os compromissos em dia – a folha salarial da Juazeirense gira em torno de R$ 250 mil.

“Compramos um ônibus, construímos uma lojinha oficial, estamos construindo o nosso CT porque até então não tínhamos lugar para treinar. Estamos investindo nas divisões de base, o sub-15, 17 e 20 estão em atividade sempre. E estamos investindo nos atletas”, disse.

“Não à toa trouxemos Nixon (ex-Flamengo), Neto Baiano, Nildo Petrolina que estava em Portugal. A permanência de Rodrigo Calaça não foi fácil, tentaram contratá-lo e tivemos que fazer um esforço grande (para mantê-lo). Há pouco nós tiramos Magno, do Náutico. Agora, tudo isso com muita responsabilidade”, pontuou o mandatário.

Em relação ao CT, as obras estão em andamento e Roberto Carlos projeta inicialmente dois campos e um alojamento, em uma área de 19 hectares. O presidente evitou estimar um prazo para conclusão, mas afirmou que a ideia é entregar ao menos um campo no fim deste ano.

Futuro 

Com o aumento dos recursos e crescimento, o presidente do clube sonha em ‘repetir a Chapecoense’ e almeja colocar o Cancão na Segundona. Antes, porém, precisa deixar a Série D, neste que é o principal objetivo da Juazeirense para a atual temporada.

“Vamos fazer um investimento para que consigamos alcançar a Série C. Ano que vem não teremos Copa do Brasil, nem Copa do Nordeste e precisamos subir para termos patrocinadores. Inclusive nosso objetivo sempre foi chegar à Série B. Nosso time é jovem, por sete anos consecutivos temos sido a terceira força da Bahia pelo ranking do estado. Isso não é para qualquer um. Por isso, a cada dia que passa estamos crescendo, não só dentro de campo, mas na infraestrutura para nos consolidarmos mais no futebol”, concluiu.

Juazeirense na Copa do Brasil

Em 2016

– Caiu na segunda fase ao perder para o Botafogo – eliminou o Cuiabá na primeira 

Em 2019 

– Caiu na primeira fase ao empatar com o Vasco 

Em 2021 

– Caiu na quarta fase para o Santos – eliminou, em ordem, Sport, Volta Redonda e Cruzeiro 

Em 2022 

– Está na terceira fase – eliminou Grêmio Anápolis e Vasco