Bruno Campos seguia um ritual comum na noite da última quinta-feira. Torcedor do Náutico, dia de jogo do Timbu é naturalmente dia de ir para o estádio dos Aflitos. E assim era diante do CSA, pela Série B. Até por volta dos 30 minutos do primeiro tempo.
Pouco depois do gol do Azulão, o estudante de 20 anos foi atingido na cabeça por uma pedra arremessada do lado de fora dos Aflitos em direção ao setor de arquibancada central.
Os autores da violência foram integrantes de facção organizada do CSA, relatou Bruno. O torcedor do Náutico foi atendido pela ambulância presente na partida e levou alguns pontos, mas passa bem.
Ele, no entanto, lamentou a falta de segurança em mais um episódio de agressão nos estádios de futebol de Pernambuco.
“Tiveram umas bombas do lado de fora e a primeira pedrada para dentro do estádio bateu em mim. Estava com o meu pai e meus tios. É triste porque meu pai veio de Brasília passar um tempo comigo e acontece isso”, desabafou. “É preocupante porque podia ter matado alguém ou me ferido mais sério”.
O torcedor alvirrubro também lamentou que, depois de tudo isso, o grupo organizado do CSA ainda tenha entrado normalmente nas dependências dos Aflitos. Bruno também deixou em xeque o retorno aos estádios.
“Fiquei assustado porque depois das pedradas, a torcida organizada do CSA ainda entrou no estádio escoltada pela polícia como se nada tivesse acontecido. Infelizmente, a violência nos estádios está sendo naturalizada”.
“Estava curtindo um jogo com meu pai e aconteceu isso. Fico até pensando em ir mais para algum jogo. Se uma partida sem clubes rivais aconteceu isso, imagina em um clássico?”, indagou, por fim.
Torcedor do Náutico atingido por pedra: o que diz os órgãos de segurança?
Apesar dos vetos a diversos objetos e acessórios – como apito -, registros de brigas ou violências em estádios de futebol no Recife tornaram-se comuns. Na manhã desta sexta, Polícia Militar emitiu nota sobre o ocorrido – clique AQUI para ler.
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