Tido como uma grande promessa da base do Náutico, Juninho Carpina não conseguiu ter sequência no profissional até deixar o clube em julho, quando se transferiu para o Akritas Chloraka, do Chipre. O jogador, no entanto, ainda lamenta a falta de oportunidades no clube pernambucano.

Em entrevista ao programa Jogo Aberto Pernambuco, da TV Tribuna, o meia Juninho Carpina relembrou que não teve sequência no Náutico. O jogador citou números do início do ano, onde fez cinco gols, e lamentou que foi afastado da equipe de uma hora para outra. Na Série B, por exemplo, só atuou em duas partidas – nenhuma como titular.

“Quando eu tive oportunidade, em quatro jogos eu tinha cinco gols. Fiz gol em Copa do Nordeste, gols bonitos… Não tinha motivo nenhum para me afastar, deixar de me dar oportunidade e ficar tantos jogos fora. O que me fez renovar com o Náutico muitas vezes foi a gratidão com o clube e a projeção que queria ter no Náutico. Eu sou alvirrubro, minha família também. A gente queria sair pela porta da frente, sair vendido”, disse Carpina.

“Em 2019, a gente não ganhou nenhum campeonato sub-20, mas o Laércio, do Retrô, me fez uma proposta muito boa. Nessa época, é até antiético falar, mas eu recebia R$ 1000. Laércio me fez uma proposta muito boa, e eu preferir ficar por gratidão, por ver uma projeção”, completou o meia de 22 anos.

Carpina seguiu falando e relembrou da Copa do Nordeste sub-20, em 2020, onde ele foi artilheiro e craque da competição. Relembrou que recebeu uma oferta do RB Bragantino, mas novamente optou por renovar com o Náutico. As chances, porém, seguiram escassas. E aí, em julho, quando houve outra proposta, o jogador, que pouco atuava, decidiu sair.

“Em 2020, fui artilheiro do Campeonato Pernambucano e Copa do Nordeste sub-20. O RB Bragantino veio atrás e disse: ‘segura mais dois meses aí no Náutico, porque depois de dois meses a gente vai te trazer de graça”, disse Carpina.

“E eu, meu empresário e meus pais, mais uma vez por gratidão ao clube, por tudo o que fizeram por mim, pelo o que eu queria alcançar no Náutico, fazer história e sair como ídolo do clube, eu preferi ficar. Só que aí eu não vou fazer a mesma situação três vezes. Na terceira, que comecei a me destacar, porque Jean estava machucado, e quando o próprio Jean voltou, comecei a jogar do lado dele”, completou.

Juninho Carpina no Náutico

Carpina tinha contrato com o clube até o fim do ano, mas o cenário era de que não renovaria. Por isso, o Náutico preferiu negociar o atleta com o futebol do Chipre, mantendo 25% dos direitos econômicos do atleta.

Joia do clube, ele estreou nos profissionais em 2020, porém sem a sequência que se esperava. No total, foram 33 partidas pelo Náutico, marcando seis gols (cinco nesta temporada) e duas assistências.