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Futebol de bilhões: quanto o mercado da bola movimenta por ano no Brasil

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O futebol é um dos esportes mais populares e influentes do mundo. Isso, a maioria das pessoas já sabe, até as que não acompanham os campeonatos e os times de perto. No entanto, algumas não devem ter conhecimento sobre a força da relação entre o mercado da bola e a economia brasileira.

Para se ter uma ideia, em 2021, foram movimentados US$ 4,86 bilhões, apenas com as transferências dos jogadores brasileiros, conforme o relatório anual divulgado pela Federação Internacional de Futebol (FIFA). Embora esse número seja bastante expressivo, ele ficou abaixo do registrado em 2020, quando as negociações chegaram a US$ 5,63 bilhões. Mas, como você verá neste artigo, as transferências são só a ponta do iceberg.

Um estudo realizado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), em parceria com a consultoria EY, apontou que o esporte movimenta um total de R$ 52,9 bilhões na economia do país, o que representa 0,72% do total do Produto Interno Bruto (PIB).

Isso mostra que o mercado da bola no Brasil movimenta bilhões em diferentes instâncias. Continue a leitura até o final e saiba quais são as fontes de renda do futebol no país e como todo esse dinheiro impacta o setor econômico nacional.

Tudo acontece além das quatro linhas

O talento do brasileiro com a bola nos pés é inegável. Não à toa, muitos são os jogadores que iniciaram suas carreiras nos times nacionais e, hoje, atuam em grandes clubes fora do país.

Acontece que essas transferências milionárias (por vezes, bilionárias) estão entre as razões pelas quais o mercado da bola é tão rentável. Em agosto de 2022, o atacante brasileiro Antony, foi vendido do Ajax para o Manchester United por uma quantia que fez dele o terceiro representante do futebol pentacampeão mundial mais caro da história: 95 milhões de euros, o equivalente a R$ 494 milhões. Essa foi considerada a maior negociação do mercado da bola na temporada.

Mas, como mencionamos, a rentabilidade do setor não depende apenas das transações dos jogadores. A paixão do torcedor também agrega valores bilionários aos seus clubes de coração, com a compra de ingressos para estádios, camisas e itens oficiais dos times e mensalidades dos programas de sócio-torcedores.

Assim, os clubes de futebol pensam nos ganhos dentro de campo, mas, sobretudo, fora dele. Os atletas são verdadeiros influenciadores que trazem milhares de fãs e receitas, com transmissões de televisão, patrocínios e bilheteria, por exemplo, o que justifica os seus altos salários e as movimentações com cifras expressivas.

Maiores transações do mercado da bola brasileiro na janela atual

Assim como em qualquer mercado financeiro, o do futebol possui um processo próprio para transações, reguladas pela FIFA, e um período específico para realizá-las. A maior parte das negociações ocorre nas chamadas “janelas de transferências”, que nada mais são que as épocas em que os clubes são autorizados a registrar novos jogadores.

Normalmente, a cada ano acontecem duas janelas: uma no intervalo entre temporadas com duração máxima de 12 meses, e outra no meio da temporada, não podendo ultrapassar um mês.

Na janela atual, os brasileiros marcaram presença no ranking dos 10 reforços mais caros da temporada 2022/2023. O atacante Antony lidera a lista, com a sua venda pelo Manchester United, que custou a bagatela de 95 milhões de euros. Outros de nossos atletas também aparecem no top 10, mas em posições inferiores, como você confere abaixo:

5ª. Casemiro (Manchester United): 70,7 milhões de euros

10ª. Raphinha (Barcelona): 58 milhões de euros

Richarlison (Totteham): 58 milhões de euros

Jogadores brasileiros mais caros

O futebol brasileiro é composto por verdadeiras joias raras. Há diversos jogadores valiosos e, os mais caros da atualidade, aparecem no ranking a seguir, também divulgado pelo portal Uol.

1 – Antony (Manchester United): 95 milhões de euros

2 – Casemiro (Manchester United): 70,7 milhões de euros

3 – Raphinha (Barcelona): 58 milhões de euros

Richarlison (Tottenham): 58 milhões de euros

5 – Gabriel Jesus (Arsenal): 52,2 milhões de euros

6 – Lucas Paquetá (West Ham): 43 milhões de euros

7 – Bremer (Juventus): 41 milhões de euros

8 – Diego Carlos (Aston Villa): 31 milhões de euros

9 – Éderson (Atalanta): 21 milhões de euros

10 – Philippe Coutinho (Aston Villa): 20 milhões de euros

Clubes mais ricos do Brasil

Os clubes nacionais, é claro, não ficam atrás. Um levantamento realizado pela Sports Value, empresa especializada em marketing esportivo, revelou os cinco times mais ricos do país em 2022, considerando a estrutura dos clubes, torcidas, centros de treinamento, valor das marcas e jogadores.

1º. Flamengo: R$ 2,7 bilhões

2º. Palmeiras: R$ 2,4 bilhões

3º. Corinthians: R$ 2,3 bilhões

4º. Atlético-MG: R$ 1,9 bilhão

5º. Athletico-PR: R$ 1,78 bilhão

Além das transações, quais são as outras fontes de renda dos clubes?

As negociações dos atletas geram um bom dinheiro para o mercado da bola no Brasil. De acordo com Rodrigo Capelo, elas foram responsáveis por 18% do faturamento dos clubes da primeira divisão do futebol brasileiro em 2017. No entanto, esse modelo de transação não é a única fonte de renda dos grandes times nacionais.

Premiações dos campeonatos

Os títulos proporcionam premiações cada vez mais altas aos times vencedores. Em 2022, por exemplo, o Campeonato Brasileiro premiou o Palmeiras com cerca de R$ 45 milhões, o valor mais alto pago por um campeão do torneio até hoje.

A Copa do Brasil, uma das competições mais rentáveis do país, não ficou atrás e entregou ao Flamengo um total de R$ 60 milhões, um aumento de R$ 4 milhões em relação à quantia dada ao campeão da última edição.

Patrocínios

Qual empresa não quer ter sua marca estampada na camisa de um grande time brasileiro?

Os patrocínios também são uma das principais fontes de renda dos times do país. Para se ter uma noção de quanto os patrocinadores investem, atualmente, o valor da camisa do Flamengo supera os R$ 100 milhões, com oito marcas investidoras.

Outro exemplo é o Atlético-MG que, em 2021, arrecadou R$ 60 milhões com 13 patrocínios.

Cotas de transmissão televisivas

As cotas televisivas também são fundamentais para a manutenção dos grandes clubes nacionais. Em contratos para a TV aberta e por assinatura, 40% do valor é distribuído igualmente aos times acordados, 30% é dividido conforme a quantidade de jogos e, a porcentagem restante, pelo desempenho dos times nas competições.

Como todo esse dinheiro impacta a economia brasileira?

O mesmo estudo realizado com a CBF, em parceria com a consultoria EY, citado no início do artigo, revelou que dos R$ 52,9 bilhões movimentados pelo futebol na economia do país, R$ 37,8 milhões são de efeitos indiretos.

Assim, podemos atribuir o valor arrecadado, de forma indireta, pelos bares, restaurantes e outros tipos de comércio que recebem, em épocas de campeonatos, quase 15 milhões de fãs e torcedores. Geralmente, esses locais são equipados com telões e possuem toda uma publicidade voltada para a exibição dos jogos, sejam de campeonatos nacionais, estaduais ou continentais.

Já em época de Copa do Mundo o cenário é ainda mais lucrativo. A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) prevê que o Mundial do Catar de 2022 deve gerar um faturamento de R$ 864 milhões para esses estabelecimentos. Se a expectativa se concretizar, o aumento será de 8,3% em relação ao torneio da Rússia, em 2018.

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