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Maguary anuncia Sued Lima, ex-Sport, como novo técnico - Foto: Divulgação Maguary anuncia Sued Lima, ex-Sport, como novo técnico - Foto: Divulgação

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Em entrevista exclusiva, Sued Lima analisa participação do Sport na Viareggio Cup: “A expectativa é a melhor possível”

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Comandados pelo técnico Sued Lima, o Sport embarcou para a Itália no último sábado (18), às 23h, para a disputa do Torneo di Viareggio, tradicional competição da categoria Sub-19. E em entrevista exclusiva ao NE45, o treinador falou sobre a participação da equipe no torneio internacional.

Natural de Recife, Sued chegou ao clube para assumir a equipe Sub-13 em 2014. Em 2015, foi campeão estadual invicto e sem levar gols. No ano seguinte, o treinador conseguiu repetir o feito de levantar a taça com invencibilidade. Em 2017, o técnico foi promovido e assumiu o plantel do Sub-17, categoria que comandou até dezembro de 2021.

Na ocasião, o Leão demitiu Ricardo Severo e Sued migrou para o Sub-20, onde também fez um ótimo trabalho. O grande destaque do treinador foi a campanha na Copa São Paulo de Futebol Júnior, em 2023, quando chegou às quartas de final, sendo derrotados pelo Goiás, por 1×0.

Em entrevista exclusiva ao NE45, o treinador analisou todo o processo de base do clube

Garotos do Sport estão de malas prontas para disputar à Viareggio Cup, na Itália - Foto: Divulgação
Garotos do Sport estão de malas prontas para disputar à Viareggio Cup, na Itália – Foto: Divulgação

P: Expectativa da direção, do treinador e dos garotos para essa viagem

“A expectativa é a melhor possível, visto que todos que estão envolvidos na viagem tendem a ganhar enquanto profissionais. Faz muito tempo que o Sport não vai pra uma competição desse nível, essa questão da internacionalização da marca, né?! A gente, enquanto profissional, comissão técnica, tem a possibilidade de interagir com as comissões técnicas dos outros clubes que estão envolvidos, conhecer os diversos futebóis que existem pelo mundo, e a gente trazer para nossa realidade alguma coisa que possa vir a contribuir na formação dos atletas.”

“E para os atletas eu acredito que tem o ganho esportivo que é jogar, vivenciar o confronto com essas escolas diferentes que existem no mundo. Tem também a questão social, de poder vivenciar uma nova cultura, novos costumes, a culinária diferente, se relacionar com atletas e com comissões técnicas, as vezes também que não tem o mesmo idioma, e você de alguma forma tentar se comunicar.”

“Mas a expectativa principal é a gente poder vivenciar a competição o máximo possível, para que eles possam poder desempenhar um bom futebol, para que eles possam colocar o nosso DNA em prova, e a gente voltar da competição maior do que estamos indo”.

P: Muda a questão da preparação? (Alimentação, fuso-horário, treino…)

“Não, segue a mesma coisa. Apesar de a gente saber que tem um fuso de quatro horas, para a gente se adaptar realmente ao fuso, deveria ter uns quatro dias de preparação, mas a gente sabe que não é a realidade de futebol de base. Mas só o fato da gente já estar disputando essa competição, já é de uma grandiosidade imensa.”

“Eu nunca me preparo para a competição, a gente se prepara para que possamos fornecer os atletas para responder ao futebol profissional. Ai geralmente quando vem a competição, se existe alguma particularidade, a gente tenta dar um “temperozinho” da competição, mas assim, o foco é o futebol profissional”.

P: Qual a importância de uma experiência internacional para Sued Lima?

“É a minha primeira experiência com o Sport, mas já tive a oportunidade de ir por três vezes em outros clubes. O fato de você poder interagir com as equipes que você vai enfrentar, enriquece ainda mais o seu conhecimento sobre o jogo, sobre metodologias…”

“É sempre bom a gente trocar ideias sobre metodologia, sobre capacidade de atletas, sobre treinamentos inovadores que estão acontecendo. Porque a gente sabe que tudo começa primeiro pelo lado do Velho Continente e é uma possibilidade que a gente tem de enriquecer mais o nosso conhecimento, para trazer pra cá e aplicar nos nossos treinamentos”.

P: Qual a importância da experiência internacional para os atletas?

“A nossa formação aqui é baseada em quatro pilares. A primeira é que a gente tenta fazer com que o dia, dia seja bastante competitivo entre os atletas. A segunda é que nós, enquanto profissionais, precisamos estar sempre capacitados para dar as melhores informações para eles. Uma outra é o que eles fazem por eles mesmos quando a gente não está dentro do campo. Questão de sono, alimentação… E para fechar, a principal, é você estar participando de competições de alto nível.”

“A gente, infelizmente, não está participando das competições no Brasil e uma forma de preencher essa lacuna, como a direção vem fazendo, é procurar possibilitar a participação deles em competições de alto nível. E essa competição era um sonho que está se tornando realidade. Existe uma outra programada para o segundo semestre e a gente reconhece o esforço que está sendo feito pela direção e pelo presidente para poder oportunizar isso a eles.”

“E com certeza eles vão vivenciar situações como vivenciaram na Copinha, que não tem treino que faça você replicar aquilo ali. Então eles estão bem conscientes que devem aproveitar o máximo possível, ter coragem para jogar, botar em prática aquilo que eles sabem, e fazer evidenciar o que eles tem de bom, para que quando eles voltarem para Pernambuco, a gente voltar em outro patamar.”

P: Projeção do treinador sobre atletas que podem chegar ao profissional

“Se eu não estou enganado, nós temos aí onze atletas de um passado recente da base, complementando o elenco profissional. E assim, a gente sabe que é um processo que leva tempo, é um processo que você tem que oportunizar aos atletas possibilidades de amadurecer, tanto no dia, dia, como na possibilidade de disputar competições que vão agregar na formação deles.”

“Vamos dizer que o atleta vai estar um pouco mais preparado no seu último ano de Sub-20, que é a geração 2002 que passou agora com Marcelo Ajul, do Ítalo, do Paulinho, do Deyvson e a próxima fornada seria uma 2003, mas que também está lá (no profissional) com Fábio, com Victor Gabriel, que é 2004, com Riquelmy, que é 2005, tem Lucas André, de 2003, Baraka que também é 2003. Então assim, aquela de imediato, já está lá.”

“Essa geração de 2004 a gente tem que aprimorar um pouco mais, mas também temos uma geração de 2005 que é muito talentosa. Mas que ainda vai requerer um tempo de treinamento, um tempo de vivência, uma demanda maior de amadurecimento para futuramente estarem brigando por um espaço no profissional.”

P: Expectativa interna do clube para a campanha na competição italiana

“A mentalidade é sempre vencedora, independente da competição e da categoria. Quando o Sport está em competição a gente tenta extrair o máximo possível que a competição possa nos fornecer e extrair esse máximo é você vivenciar ela por mais tempo. Nessa primeira fase, teoricamente, podemos ter confrontos mais tranquilos, mas acredito que são equipes competentes porque ninguém ia se submeter à uma competição internacional se não tivesse uma equipe competente.”

“Mas a gente vai ter um pouco mais de dificuldade por conta do anonimato das equipes, porque não temos vídeos sobre eles. A gente vai esperar ter o primeiro jogo para, de alguma forma, poder acompanhar os outros adversários durante a competição. E a expectativa é que a gente possa dar o primeiro passo que é passar da primeira fase. Depois daí, estando mais preparado, mais equilibrado, entendo melhor a competição, mais adaptado ao clima, ao fuso horário, a gente vai conseguir se tornar mais competitivo e ir galgando a competição conforme fomos avançando. Porém, a mentalidade sempre será chegar o mais longe possível.”

P: Ambições profissionais: Virar auxiliar ou treinador do time principal no futuro

“A gente tem ambições profissionais, mas eu sou muito pé no chão. Gosto de ser minha melhor versão todo dia. Eu procuro ser o melhor treinador todo dia, um melhor pai todo dia, um melhor professor todo dia, para que se um dia a oportunidade chegar, eu estar preparado. Hoje, meu ideal é ser o melhor treinador Sub-20 do Sport.”

Sued Lima pensa em crescer no Sport – Foto: Divulgação

Torneo di Viareggio

O tradicional torneio, realizado há 73 anos, tem sua data de estreia nesta segunda-feira (20) e com término no dia 3 de abril. O time enviado é formado por uma mescla entre as categorias Sub-19 e Sub-17. Confira à lista:

Goleiros: Paulo Victor e Davi.

Defensores: Matheus Baraka, Nassom, Patrick, Cicero, Ítalo e Victor Gabriel.

Meio-campistas: João Vitor, Ronald, Marcelo Henrique, Catafesta, Gago e Charles Eduardo.

Atacantes: Thiago Lacerda, Kedson, Fernandinho e Bispo.

A inscrição do Sport na Viareggio Cup aconteceu para ampliar o calendário das categorias, pois o clube perdeu posição no Ranking Nacional da CBF e ficou fora dos Brasileiros Sub-17 e Sub-20. Em 2022, a lacuna foi preenchida com o Brasileiro de Aspirantes.

O torneio é dividido em oito grupos de quatro equipes. O Leão está no grupo 8 ao lado do Ladegbuwa (Nigéria), Imolese (Itália) e Representativa Série D (Itália).

Tabela

  • 1º Rodada: Sport x Ladegbuwa-NIG | 21 de Março | Campo Esportivo “Benelli”
  • 2º Rodada: Rappresentativa Série D x Sport | 23 de Março | Campo Esportivo “Berni”
  • 3º Rodada: Sport x Imolese | 25 de Março | Campo Esportivo “Martini”

Chaves da Viareggio Cup 

  • Grupo 1: Sassuolo (Itália), Rukh (Ucrânia), Olympique Thiessois (Senegal), Carrarese (Itália)
  • Grupo 2: Torino (Itália), Don Torcuato (Argentina), APIA Leichhardt (Austrália), Pontedera (Itália)
  • Grupo 3: Empoli (Itália), Westchester United (Estados Unidos), Berekum Freedom Fighters (Gana), Benevento (Itália)
  • Grupo 4: Spal (Itália), Honvéd (Hungria), Kallon (Sierra Leone), Pisa (Itália)
  • Grupo 5: Fiorentina (Itália), FA Euro Nova Iorque (Estados Unidos), Kakawa (Nigéria), Monterosi (Itália)
  • Grupo 6: Sampdoria (Itália), UYSS Nova Iorque (Estados Unidos), Nkoranza Warriors (Gana), Arezzo (Itália)
  • Grupo 7: Bolonha (Itália), Atromitos (Grécia), Mavlon (Nigéria), Jóvenes Promesas (Espanha)
  • Grupo 8Sport (Brasil), Ladegbuwa (Nigéria), Imolese (Itália), Representativa Série D (Itália)
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