Capitão do Náutico, Victor Ferraz fala sobre Operação Penalidade Máxima: “Só vejo uma solução: punição severa”

Capitão e lateral-direito do Náutico, Victor Ferraz falou sobre a Operação Penalidade Máxima II, do Ministério Público de Goiás, que apura supostas manipulações em jogos das Séries A e B de 2022. E o atleta defendeu: se houver comprovação dos atletas envolvidos, não há outro caminho que não seja uma punição severa.

“Só vejo uma solução: punição severa. Como em qualquer coisa no âmbito geral. A impunidade, infelizmente, faz com que as pessoas encorajem. Não estou aqui para ser juiz de nada e nem dizendo que quem é acusado é culpado, mas quando for comprovado é isso. O ser humano só trabalha com o medo da punição e acaba entrando mais na linha”, disse Victor Ferraz.

“Toda essa divulgação monstruosa que está tendo só isso acho que vai dar uma diminuída muito grande. Quando sair as punições daqueles que ficaram comprovados vai praticamente zerar. 100% nunca vai acontecer, mas acho que vai tornar mais justas as coisa”, completou o lateral-direito.

Na última terça-feira, a Justiça acatou a denúncia do Ministério Público e tornou réus seis atletas investigados: Eduardo Bauermann (Santos), Gabriel Tota (Ypiranga-RS), Victor Ramos (Chapecoense), Igor Cariús (Sport), Fernando Neto (São Bernardo), Matheus Gomes (Sergipe) e Paulo Miranda (que terá a rescisão oficializada com o Náutico muito em breve).

Questionado se o assunto vira pauta dentro do vestiário, Victor Ferraz afirmou que sim. O defensor, inclusive, revelou que o sentimento é de tristeza quando enxerga o nome de mais alguém sendo investigado no esquema. O capitão do Náutico, contudo, revela que não quer passar pano para ninguém, mas não nega que o sentimento predominante com a situação é de tristeza.

“Conversamos bastante, não tem como, é o assunto do momento. Obviamente no vestiário se comenta, quando sai o nome de um atleta novo: ‘olha só, infelizmente quem caiu’. Há mais tristeza em comum pela falha, porque a gente sabe como é difícil chegar niver desse se tornar jogador, alcançar sonho e aí por uma falha, não vou nem falar desvio de caráter, é pego. Todo mundo erra, não estou aqui para passar pano, mas o sentimento aqui mais de tristeza, poxa caiu mais uma, atualizando páginas e há sempre mais um”, completou.

Perguntado se havia uma pressão maior caso fizesse faltas que gerassem eventuais cartões amarelos, Victor Ferraz se mostrou tranquilo e confiante no seu caráter.

“Acho que isso não traz pressão maior, pelo menos para mim, não. Jogadores são seres humanos e cometem erros dentro e fora de campo. Os que cometeram fora de campo precisam ser checados e punidos. Dentro de campo, eu nem penso nisso, zero. A pressão nesse sentido é zero”, finalizou.

Sequência do Náutico na Série C

Com três pontos em dois jogos, o Timbu está na 10ª colocação da Série C. A equipe alvirrubra, inclusive, tem semana cheia de preparação até o próximo confronto.

O Náutico volta a campo no sábado (13), contra a Aparecidense, fora de casa, às 19h, pela terceira rodada da competição nacional.