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Deputado afirma que Nino Paraíba fez delação na Operação Penalidade Máxima e que abriu mão de rescisão do Ceará: “Declaração clara de culpa”

Ceará, CE, Série A, Série B, Últimas

Por Clauber Santana

Por Clauber Santana

Postado dia 23 de maio de 2023

O deputado federal Danilo Forte (União Brasil-CE) revelou, nesta terça-feira (23), que o lateral-direito Nino Paraíba, ex-Ceará, fez uma delação na Operação Penalidade Máxima. A informação foi dada em entrevista ao repórter João Paulo Biage, do programa O POVO News.

O parlamentar disse que a delação foi feita na última segunda-feira. Além disso, o jogador abriu mão de um valor que ainda tinha a receber do Ceará. Nino Paraíba vestiu a camisa do clube em 2022 e, neste ano, estava no América-MG até ter o contrato rescindido em maio após ter seu nome envolvido na Operação Penalidade Máxima.

“Já tem quatro jogadores do Ceará envolvidos, dois dentro do processo. Nino Paraíba fez a delação ontem e até liberou o Ceará da indenização que teria a receber da rescisão contratual. Isso é uma declaração clara de culpa que ele tem. Mas isso é pouco. A torcida do Ceará foi humilhada. Precisamos aprofundar a investigação e ir além do que está sendo dito na imprensa”, disse.


“É preciso investigar se houve manipulação de resultado e de alguma forma buscar indenização clara e compatível com essa situação que o nosso time (Ceará) foi colocado. Vamos investigar a fundo o que aconteceu com o Ceará no ano passado”, completou. 

Nino Paraíba na Operação Penalidade Máxima

O jogador foi citado em conversas de apostadores acusados por manipulação jogos de futebol da Série A de 2022, dentro da investigação do Ministério Público de Goiás (MP-GO) dentro da operação “Penalidade Máxima II”.

O jogo sob suspeita foi Ceará 1 x 1 Cuiabá, no dia 16 de outubro de 2022, onde ele foi um dos jogadores que tomou cartão amarelo – alvo das apostas dos investigados. Na mesma partida, Richard também recebeu o amarelo, assim com Igor Cariús – hoje no Sport e que defendia o Cuiabá.

Em print do celular de um dos apostadores investigados, Luis Felipe Rodrigues de Castro, consta uma conversa com Nino Paraíba, com um comprovante de transferência enviado ao jogador. Além dele, o volante Richard Coêlho, ex-Ceará e atualmente no Cruzeiro, também foi citado.

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O MP-GO pede a condenação do grupo envolvido no esquema, além de haja o ressarcimento de R$ 2 milhões aos cofres públicos por danos morais coletivos. Os casos investigados envolvem apostas para lances como punições com cartões amarelos, vermelhos e cometer pênaltis.

O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) pediu, nesta segunda, a suspensão de de oito jogadores envolvidos no esquema.

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