![Nathane, atacante do Bahia.](https://ne45.com.br/wp-content/uploads/2023/05/NE45-465.png)
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Destaque das Mulheres de Aço, Nathane avalia 1ª experiência no Nordeste e exalta projeto do Bahia: “Quer crescer no futebol feminino”
Atacante detalhou temporada de sucesso pelas Mulheres de Aço em entrevista exclusiva ao NE45
O Bahia faz a melhor campanha da sua história no Brasileiro Feminino A1. De volta à elite após uma temporada, as Mulheres de Aço até mantiveram boa base, mas a ida ao mercado foi proveitosa: 15 novas jogadoras desembarcaram na Cidade Tricolor. Entre elas, a experiente atacante Nathane que, após 13 anos de carreira, chegava para viver a sua primeira experiência no futebol nordestino.
Com currículo extenso, a centroavante de 32 anos saiu de São Mateus, no Espírito Santo, para rodar o Brasil. Vestiu camisas de Atlético-MG, Ipatinga, Minas Brasília, Iranduba, Flamengo, Grêmio e Ferroviária, onde teve maior destaque, conquistando o Brasileiro A1 de 2019 e o vice-campeonato da Libertadores como artilheira. Fora, teve breve passagem na Coreia do Sul.
Agora com as Mulheres de Aço, Nathane aposta no projeto promissor do Esquadrão junto ao Grupo City – fator, de acordo com a jogadora, determinante para o acerto com o clube baiano. E o ‘casamento’ tem dado certo. Artilheira do Bahia e uma das principais goleadoras da competição, a atacante soma 7 gols em 11 jogos.
Em entrevista exclusiva ao NE45, a goleadora comentou a boa temporada individual, avaliou a preparação para a reta final da primeira fase do Brasileiro, rasgou elogios à torcida tricolor e projetou um Bahia ainda mais forte no futuro.
Entrevista com Nathane, atacante e artilheira do Bahia
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NE45: Você chegou ao Bahia em um momento importante para o clube. Além da oportunidade de voltar a jogar a divisão de elite, um novo projeto junto ao Grupo City. Como você viu essa possibilidade?
Nathane: “O desafio me encantou muito. O Bahia realmente acreditou no futebol feminino e veio para 2023 buscando grandes feitos. A permanência na A1 era um deles, a classificação também. Para um time que sobe o desafio é sempre dobrado. A parceria com o Grupo City foi outro fator que me chamou atenção, pelo projeto de valorização do futebol feminino que foi apresentado. Isso faz toda diferença.”
NE45: Você vive um ano muito bom com a camisa do Bahia. Além do gols, é uma referência técnica dentro da equipe. Como tem sido poder aliar esse bom momento pessoal com uma campanha positiva do clube?
Nathane: “Isso é exatamente o que a gente espera quando aceitamos o desafio de jogar em um clube, conseguir ser importante de forma individual e coletiva. O objetivo final é sempre levar o time até a conclusão de suas metas, se destacar nesse processo é um bônus. Fico muito feliz por viver esse momento, é o que eu queria quando cheguei aqui. Espero me manter assim e fazer parte de uma história de ascensão do Bahia no futebol feminino.”
NE45: Você é uma das jogadoras mais experientes do elenco. Como você tem aproveitado positivamente esse fator?
Nathane: “Acredito que isso faça com que a comissão me olhe com bastante confiança e acho que ser uma das mais experientes é uma responsabilidade a mais, mas não levo como um peso. É uma satisfação muito grande ser referência para as meninas mais novas, poder aconselhar e passar pra elas algumas coisas que aprendi ao longo da minha carreira. Mas o futebol é um esporte que nunca para de ensinar, então eu aprendo muito com elas também. Cada time que eu passo eu aprendo e ensino algo, isso é muito bom.”
NE45: O Bahia tem feito um Brasileiro seguro, com chances de classificação. Como tem sido a preparação nessa reta final?
Nathane: “Muito intensa, estamos aproveitando muito cada treino, estudando muito os adversários e confiando no trabalho uma da outra e da comissão técnica. Nós queremos muito essa classificação e treinamos todos os dias para buscá-la.
NE45: O Bahia é um clube de massa, que tem uma torcida muito participativa. Como tem sido essa relação? E a importância?
Nathane: “É sensacional. Cada torcedor que vai no estádio incentivar é importante pra gente, a energia passa pra dentro de campo, nós sempre sentimos a vontade deles de ganhar e isso nos motiva muito. O futebol é o nosso trabalho mas é a paixão deles, então sabemos que eles esperam muito da gente. Mas o apoio nos jogos também mostram que eles nos cobram porque confiam no futebol que a gente joga. Receber esse carinho não tem preço.”
NE45: Em um primeiro momento, a permanência na A1 foi o grande objetivo. Mas o Bahia esteve, por muito tempo, próximo ao G-8, com chances reais de classificação. Você enxerga um Bahia brigando por coisas maiores a longo prazo?
Nathane: “Sem dúvidas quando um time sobe a primeira meta é a permanência, nós brigamos muito por ela. Mas todas nós sabíamos que poderíamos surpreender e conseguir também a classificação. Nós nos destacamos entre os times que subiram com a gente no ano passado e a tendência é que a gente melhore cada vez mais. Um futebol bem trabalhado a longo prazo tem tudo pra render bons frutos e isso é tudo que a gente quer. O Bahia quer crescer no futebol feminino, vontade e trabalho nunca vão faltar.”
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