Com quatro derrotas consecutivas, as Mulheres de Aço se tornam prováveis candidatas ao rebaixamento – se isso se confirmar, duas das quatro equipes rebaixadas serão nordestinas.
A derrota dentro de casa para o Avaí Kindermann, de virada, para um adversário direto, se tornou mais que um golpe duro para a equipe feminina do Bahia: além do resultado ruim, o desfecho pode ser um rebaixamento (o segundo) para a Série A2.
Mais do que isso: seria o segundo time nordestino rebaixado, já que o Ceará, que não venceu sequer uma partida, já está na segunda divisão. Um desfecho lamentável para a campeã da Série A2 de 2022, única equipe nordestina a conquistar esse título.
A última vez que a equipe do técnico Igor Morena venceu uma partida foi na nona rodada, contra o Atlético-MG, em Belo Horizonte. Naquela ocasião, o placar magro de 1 a 0 colocava o time em disputa por uma das oito vagas na fase de mata-mata, algo ainda inédito para uma equipe nordestina.
Mas a queda de rendimento foi abrupta: desde então, as Mulheres de Aço sequer pontuaram, mesmo jogando contra equipes do Z4, como Real Ariquemes e Athletico-PR, e adversários diretos, como, no último sábado, o Avaí Kindermann.
O Bahia hoje ocupa a 12ª posição na tabela, a última fora da zona de rebaixamento. Com dois jogos restantes pela frente, no entanto, isso deve mudar: enfrenta o Santos fora de casa e recebe o Corinthians na última. Uma missão particularmente difícil, especialmente com adversários diretos (como Atlético-MG, primeiro no Z4) com jogos, em tese, mais tranquilos.
A dificuldade de pontuar num momento mais mais acessível da tabela reforça o discurso de que a principal meta do Bahia seria de se manter na elite. E essa meta se mostra ainda particularmente desafiadora para equipes nordestinas, ainda muito condicionadas ao rendimento dos times masculinos ou à falta de planejamento e entendimento do que significa disputar um campeonato com equipes que são base da seleção brasileira ou campeãs da Libertadores.
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