Em coletiva, presidente do Ceará explica situações de Erick e Orejuela, e avalia ciclo de contratações

Mandatário projetou sequencia da temporada do Vozão na disputa do Brasileiro

O presidente João Paulo Silva solicitou entrevista coletiva para explicar desdobramentos recentes na temporada do Ceará. Na sala de imprensa do Centro de Treinamento de Porangabuçu, o mandatário detalhou as situações do atacante Erick, envolvido em negociação, e do lateral Orejuela, que deixou o clube sem sequer estrear.

João Paulo também aproveitou o momento para avaliar o ciclo de contratações, que está próximo de ser encerrado. Após a oficialização da chegada em definitivo do atacante Chrystian Barletta, o presidente afirmou que um nome para repor a saída de Orejuela é pensado. Mas não garantiu que irá chegar.

Abaixo, confira alguns dos tópicos abordados pelo presidente do Ceará:

Erick tem pré-contrato com o São Paulo

“O que eu posso falar é que realmente ele assinou um pré-contrato com o São Paulo. O agente dele nos comunicou. Mas em momento algum ele pediu para sair e nem mesmo o São Paulo fez uma proposta para levar o jogador antes do fechamento da janela. Eu conversei com o Erick. Ele tem uma gratidão muito grande ao Ceará.”

“Tentei, fiz tudo que estava dentro do possível, mas é um desejo dele. Tenho que respeitar a decisão. Ele assinou um contrato de 4 anos. Mas conheço o caráter do atleta e sei que ele vai se doar até o fim para ajudar o Ceará a buscar esse acesso.”

Saída de Orejuela sem estrear

“Ele vinha de um momento de desgaste do São Paulo. Contratamos ele por empréstimo. Mas, ja era, sim, um atleta que estava desgastado por estar jogando no Brasil. Ele foi muito aberto e claro. Até pedi para que ele conversasse com Guto (Ferreira). Esse diálogo aconteceu. Mas temos que respeitar.”

“É uma situação desgastante, sim. Ele estava no nosso planejamento. Mas não posso estar com um atleta que nao tem cabeça para jogar aqui. Resolvemos liberar. Ele será devolvido ao São Paulo, que nao sei o que vai fazer, se vai emprestar. Mas não é um atleta nosso.”

Fico de Albeci e trabalho da Diretoria de Futebol

“O Albeci (Júnior) assumiu o clube em um momento muito difícil, vindo de um rebaixamento. Não é fácil. Poucos teriam a coragem de aceitar sabendo que haveria uma mudança de gestão. Quem o convidou foi ainda o presidente Robinson. Foi um ato de coragem. Ele é uma pessoa muito esforçada, que vem buscando aprender diariamente.”

“O Juliano (Camargo) é mais experiente. Já é do mercado, teve passagens em outros clubes. Tem um potencial muito grande de crescer na carreira. Ambos têm a minha confiança. E a gente está trabalhando muito. Infelizmente, no futebol, quando não se tem resultado, se imagina que está tudo errado. Hoje, vivo e respiro o Ceará 24 horas. Minha cabeça não para.”

“Tanto, que fiz todos os esforços para a gente contratar. Foram sete jogadores na janela. Há um tempo, disse que pensava em dois ou três nomes. Ainda teve o retorno do Cléber, absolvido, e o Lucas Ribeiro, que está pronto. Se eu for somar, já são nove atletas. Tenho certeza que vão nos ajudar. Eu me cobro muito. Estou incomodado com a posição do Ceará. Não estou feliz. Mas o que tenho que fazer é passar confiança para os atletas. Aqui, todo muito está trabalhando muito. Tenho certeza que vamos ser coroados com esse acesso.”

Contratações

“Estamos vendo, sim, a possibilidade de um outro lateral. Apesar de não haver muito tempo. A janela fecha na próxima quarta-feira. Então, não é algo certo. Fechamos agora com o Barletta. Essa seria, contando com uma possível reposição do Orejuela, a última chegada. A gente fecha esse ciclo de reforços com o Barletta.”

“As contrações, algumas delas, foram até reposições. Saiu o Victor Gabriel, trouxemos o Bissoli. Tenho conversado muito com a comissão, inclusive com o Guto. Ele valida, claro, todas as contratações. Fizemos um esforço muito grande para estar trazendo o Saulo. Estamos nos esforçando para trazer pecas que tragam uma condição melhor para o treinador.”

Comprometimento do elenco

“O torcedor tem razão. Realmente, é para ele estar incomodado e chateado. Gosto de ter o ‘feedback’. É importante. A crítica ajuda a gente a evoluir. O Ceará é um clube grande porque tem uma torcida grande. Mas não tenho dúvida que todos que fazem o clube estão comprometido. Só que a gente não está conseguindo os resultados que a gente quer, principalmente na Série B. A principal competição do ano.”

“É na Série A que o Ceará vai poder subir de patamar. Uma competição de maior visibilidade e maiores receitas. E o Ceará, para mim, é um clube de Série A. Então, tenho conversado com os atletas, sim. Está faltando conseguirmos uma boa sequência para virar a chave e entrar no G-4.”