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Sul-Americano de Vôlei no Recife traz o Nordeste de volta à rota da Seleção Brasileira Sul-Americano de Vôlei no Recife traz o Nordeste de volta à rota da Seleção Brasileira

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Sul-Americano de Vôlei no Recife tem expectativa de grande público e legado de novos fãs do voleibol

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Capital pernambucana volta a receber a Seleção Brasileira de Vôlei depois de 21 anos, enquanto o Nordeste recebe a Amarelinha após seis anos

O Recife receberá, neste mês de agosto, o Sul-Americano de Vôlei. O torneio feminino acontecerá entre os dias 19 e 23, enquanto o masculino está marcado para os dias 26 a 30. Todos os jogos acontecerão no Geraldão. E nesta terça-feira (15), a Prefeitura do Recife convocou uma entrevista coletiva para apresentar a competição.

Estiveram presentes o prefeito do Recife João Campos, o secretário de Esportes do Recife Rodrigo Coutinho, o presidente da Federação de Voleibol do Estado de Pernambuco (FEVEPE) Celso Assumpção, além do presidente da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) Radamés Lattari.

Nas falas, os representantes do município trouxeram a expectativa de ter o Recife voltando a sediar jogos da Seleção Brasileira de Vôlei, além de seguir na rota para outros esportes olímpicos. Já os presidentes da FEVEPE e CBV destacaram a importância do estado estar novamente no radar para grandes competições, abrangendo ainda mais a penetração do esporte no país, angariando novos fãs.

Coletiva de imprensa para apresentar o Sul-Americano de Vôlei no Recife
Participaram da coletiva de apresentação do Sul-Americano de Vôlei no Recife, da esquerda para a direita: Celso Assumpção, Rodrigo Coutinho, João Campos e Radamés Lattari. Foto: Klisman Gama/NE45

“Em reunião com o prefeito do Recife, ele me disse que gostaria de ter grandes eventos aqui e um legado. Daí, na próxima quinta, sexta e sábado, teremos curso de capacitação com treinadores e professores aqui do Recife”, iniciou Radamés Lattari, presidente da CBV.

“A cidade já tem equipe jogando a Superliga B (o Recife Vôlei) e temos o desejo que possa, num futuro bem próximo, jogar a Superliga A. Acreditamos que quanto mais representantes de todas regiões do Brasil tivermos no campeonato máximo, faremos com que o voleibol atinga cada vez mais o território brasileiro”, acrescentou.

O ginásio do Geraldão, no bairro da Imbiribeira, Zona Sul do Recife, está passando pelas adaptações para sediar as partidas, como a implementação do piso para a quadra de vôlei, além de iluminação e infraestrutura. Além disso, as quadras anexas do equipamento serão adaptadas para poder receber os treinos das seleções.

Ginásio do Geraldão, no Recife, receberá o Sul-Americano de Vôlei
Geraldão recebeu o piso para ser adaptado para as partidas de vôlei e terá sua instalação nesta semana. Foto: Klisman Gama/NE45

A promessa é de casa cheia para todos os jogos da Seleção Brasileira. Na estreia do Sul-Americano de Vôlei feminino (19), por exemplo, os ingressos estão praticamente esgotados no site Bilheteria Digital, restando apenas vendas de bilhetes para camarotes. A mesma situação se repete para o domingo (20) e terça-feira (22).

Além disso, a Prefeitura do Recife disponibilizou entradas sociais para alunos da rede pública de ensino do município. Ao todo, serão 5000 ingressos do Sul-Americano de Vôlei, sendo 2500 para o torneio feminino e 2500 para o masculino. A ideia é de que essa interação desperte ainda mais o interesse pelos esportes olímpicos no município e estado.

“A gente tem um trabalho bastante transversal, desde a formação de escolinhas e formação na nossa rede estadual, até conseguir competições nacionais e internacionais. Daí a gente faz, da formação, até o exemplo do que é a competição profissional de alto rendimento”, disse o prefeito João Campos.

“Nossa equipe tem um diálogo permanente com todas as associações e entidades que representam essas modalidades esportivas, e estamos sempre querendo atrair para a nossa cidade. Vamos sempre estar consolidando a nossa cidade, e ter um equipamento como o Geraldão possibilita isso. São mais de 20 anos sem receber a Seleção Masculina de Vôlei aqui, por exemplo, e isso representa muito”, pontuou.

O Brasil vai disputar o Sul-Americano de vôlei feminino no Recife. Foto: Volleyball World
O Brasil vai disputar o Sul-Americano de vôlei feminino no Recife. Foto: Volleyball World

Recife e o Nordeste receberão mais vezes a Seleção Brasileira de Vôlei?

Apesar deste primeiro passo em sediar o Sul-Americano de Vôlei e ter de volta a Seleção Brasileira Feminina e Masculina de volta ao Nordeste, ainda não é possível cravar que essa presença acontecerá em uma frequência maior.

O presidente da CBV se esquivou quando perguntado sobre isso pela reportagem do NE45. Ele elogiou a estrutura apresentada para receber o Sul-Americano de Vôlei, não só em questão do ginásio, mas também na infraestrutura da cidade. Mas ponderou que o resultado final do evento deve pesar para que outros grandes jogos venham a acontecer por aqui.

“Eu tenho rodado por todas as regiões do Brasil, tentando levar o voleibol para todos os cantos. Eu torço sempre para que todas as cidades tenham a disposição que o Recife está tendo, para que se possa trazer não só a Seleção Brasileira, mas também os países adversários, dando o melhor conforto possível”, iniciou Radamés Lattari.

“Teremos montagem de piso, tapete, iluminação, para tentar garantir a melhor qualidade possível do espetáculo. Essas imagens não vão ficar só na imagem das pessoas que ficarão aqui no ginásio, mas também será transmitida para diversos países, além de todo território brasileiro”, ponderou.

Seleção Brasileira é a atual campeã do Sul-Americano do Vôlei
Seleção Masculina de Vôlei chega para manter a hegemonia que dura 60 anos. Foto: CBV

O Sul-Americano de Vôlei no Recife

Esta será a 1ª vez que o Sul-Americano de Vôlei acontece em Pernambuco, mas o Nordeste já sediou o torneio em uma oportunidade. Em 2015, Maceió foi a casa da disputa masculina. A feminina, por sua vez, nunca acontecem no Nordeste e, além disso, não vinha para o Brasil desde Porto Alegre-2009. Ambas terminaram em título verde e amarelo.

Outra marca interessante é que está será a 1ª vez desde Santago-2007, que uma mesma cidade recebe as disputas do Sul-Americano de Võlei tanto entre homens, quanto entre mulheres. No Brasil, isso já aconteceu em 1951 (Rio de Janeiro), 1958 (Porto Alegre), 1967 (Santos), 1973 (São Paulo), 1989 (Curitiba) e 1991 (São Paulo).

A última vez que o Recife foi palco de um grande torneio de seleções de voleibol aconteceu ainda em 2002, na fase final da extinta Liga Mundial, que foi dividida entre Recife e Belo Horizonte. O Geraldão foi palco do grupo do Brasil, com vitórias sobre Rússia, Espanha e Países Baixos. O mata-mata pelo título aconteceu no Mineirinho e a Seleção Masculina de Vôlei ficou com o vice para a Rússia.

O Sul-Americano de Vôlei

Como não era de se esperar diferente, o Brasil é o maior campeão com folgas nas duas disputas do Sul-Americano de Vôlei. O torneio é bianual e não termina sem festa brasileira entre as mulheres desde 1993 e, entre os homens, desde 1964, na última edição antes de adotar o formato bienal.

Ao todo, das 34 edições já disputadas, a Canarinha soma 22 ouros e 11 pratas no feminino (o Peru ganhou as outras 12) e 33 ouros no masculino (a Argentina só ganhou em 1964). São 14 títulos seguidos para as mulheres e 27 taças em sequência para eles.

Para o Brasil, o Sul-Americano de Vôlei deve ser o último no calendário antes da Copa do Mundo, que acontece no Japão, na metade final de setembro. A temporada de seleções ainda reserva o Pan-Americano, no Chile, a partir de 20 de outubro.

Números, estatísticas e mais: Confira as últimas do Blog de Cassio Zirpoli
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