Brasil bateu o Chile e mostrou evolução diante do que foi apresentado na Liga das Nações, em julho
A Seleção Feminina de Vôlei vem de boa vitória na estreia do Sul-Americano, batendo o Chile por 3 sets a 0. Mas o que pesa mais, além do resultado, é a clara evolução do jogo da equipe canarinho. O encaixe do time funcionou melhor, com ajustes visíveis em atributos que vinham em falta.
Por exemplo, a velocidade de contra-ataque e distribuição de jogo, além da recepção no saque, foram pontos que visivelmente melhoraram. É claro, o desafio no Sul-Americano é diferente, por ter um nível um pouco mais baixo que a Liga das Nações, onde o Brasil foi eliminado precocemente nas quartas de final, para a China. Mas o atual momento serve para que esses ajustes possam ser realizados.
E é isso o que a Seleção Feminina de Vôlei exalta. Na saída de quadra, as jogadoras mostraram satisfação por ter uma melhora nítida. Foram três semanas de treinamentos no Rio de Janeiro, antes de disputarem o torneio no Recife-PE. Sequência que já serve para aumentar a confiança.

“O mais importante é buscarmos a evolução da nossa equipe, de tudo que trabalhamos após a VNL, pensando em nossos objetivos que não é só o título da VNL, mas a classificação para o Pré-Olímpico e buscar essa evolução. Fizemos uma grande partida, o Zé Roberto conseguiu colocar todas as atacantes em ótimas condições. Nosso saque ainda pode melhorar, ainda continuamos errando no 1º, 2º e 3º set. Mas é buscar essa evolução”, avaliou a capitã Gabi Guimarães.
“O time está muito melhor fisicamente e taticamente. Foi uma estreia muito boa, mas temos pontos que ainda podemos melhorar. O nosso saque pode ser um pouco mais agressivo, com menos erros. Mas no geral foi muito bom. Senti a equipe solta, leve, agressiva. Nossos contra-ataques funcionaram muito melhor, nossa jogada pelo meio também”, acrescentou.
Um dos destaques da partida, a ponteira Júlia Bergmann iniciou como titular da Seleção Feminina de Vôlei e teve um bom desempenho, com 11 pontos marcados. Ela apareceu bem para virar a bola nos ataques, mas também cresceu na recepção e passe, algo que ela vinha se cobrando muito para evoluir.
“Acho que (a estreia) mostrou que, nesse último trabalho nas últimas semanas, dei uma melhorada no passe, no ataque. É muito bom jogar aqui, meu primeiro Sul-Americano aqui no Brasil, no Recife. Ter essa torcida ao nosso lado também ajuda muito, meu time ao meu lado me ajuda muito”, afirmou a atleta de 22 anos.

A levantadora Roberta, que aos 33 anos é uma das mais experientes do elenco, iniciou a competição como titular. Ela vinha treinando na titularidade enquanto Macris se recupera de um problema nas costas. Assim, Roberta aproveitou bem a oportunidade, com um desempenho que agradou e foi fundamental na distribuição de bolas da equipe.
“Fico feliz de começar o jogo, mas a felicidade maior é em saber que fiz um bom jogo, distribuí o jogo da maneira necessária e fiz o que o técnico estava pedindo. É claro que fico feliz de estar em quadra, mas o meu papel é de que, se eu entrar ou não for o meu dia de jogar, eu preciso fazer o meu melhor. Fizemos uma boa estreia, e esse ginásio com essa torcida foi a coisa mais maravilhosa”, falou.
Seleção Feminina de Vôlei encara Argentina e espera dificuldade, mas com apoio ainda maior do Geraldão
Agora o Brasil tem a partida contra a Argentina neste domingo (20), às 18h30, no Geraldão. É a 2ª partida da Amarelinha no Sul-Americano e encara um adversário que vem em momento de alta.
A Albiceleste vem de título da Copa Pan-Americana, ao eliminar os Estados Unidos na semifinal e bater Porto Rico na decisão. Além disso, venceu na estreia do Sula, por 3 sets a 1 contra o Peru.
As jogadoras da Seleção Feminina de Vôlei esperam dificuldade a ser imposta pela Argentina, mas destacam que a atmosfera da torcida no ginásio vai ser fundamental para conquistar a vitória na partida.

“Vai ser um jogo difícil. A gente tem que trabalhar ainda, mas mostramos também tudo que a gente já melhorou depois da Liga das Nações. Sabemos que a atmosfera vai estar igual ou ainda melhor, contamos com a torcida de todo mundo. Agradeço a todos que vieram (no sábado) e vai ser um jogão”, falou Júlia Bergmann.
“O que todo mundo pode esperar é o que viram hoje (sábado). Muita entrega, dedicação, não tem bola perdida. Estamos felizes que a torcida de Recife compareceu, lotou o ginásio, está fazendo muito barulho, uma festa linda para a gente. Isso tem sido diferencial, o sétimo jogador dentro de quadra com a gente”, disse Gabi.
“Queremos dar o nosso melhor, crescer como equipe dentro da competição, sabendo que teremos grandes desafios. Já conseguimos ver uma equipe que foi diferente da VNL e vamos buscar isso ainda mais na partida (contra a Argentina)”, encerrou a capitã da Seleção Feminina de Vôlei.

0 comentários