Seleção Feminina de Vôlei agradece ao Nordeste por apoio e pede por mais jogos na região

Apoio da torcida e recepção ao chegar no Recife foi algo que as atletas disseram que poucas vezes sentiram na carreira

O título do Sul-Americano 2023 foi garantido com antecedência pela Seleção Feminina de Vôlei do Brasil. Mas o saldo final do torneio é ainda maior. Um apoio dos maiores que a equipe poderia ter. Um carinho de quem, há tanto tempo, não conseguia ter a Amarelinha jogando por aqui.

Desde a chegada ao Aeroporto Internacional dos Guararapes, no Recife, com muitos torcedores fazendo festa para as atletas. Com todo o apoio prestado no treino aberto, com mais de mil pessoas presentes, que até invadiram a quadra para se encontrar com as atletas, tirar fotos, receber o autógrafo e abraçar.

A Seleção Feminina de Vôlei sentiu realmente todo esse carinho. E precisavam justamente disso, depois de uma frustrante eliminação na Liga das Nações, nas quartas de final. Num momento decisivo, rumo ao Pré-Olímpico, no Japão, por uma vaga nos Jogos de Paris, em 2024.

Essa recepção renovou energias das atletas. E elas pedem por mais jogos no Nordeste. Pediram por um voleibol mais forte, com mais investimento na região. Porque através de tudo que foi feito pelos torcedores nordestinos no Geraldão, eles merecem. E a Seleção Feminina de Vôlei, assim como a Masculina, que ainda jogará aqui, possam aparecer com maior frequência.

“Eu adoraria voltar muitas e muitas vezes. Que espetáculo dessa torcida! Eu sei que é uma torcida que acompanha sempre o voleibol, não precisa ser jogo aqui. Pode ser a qualquer momento, eu sei que estão acompanhando porque recebo muita mensagem. É (uma torcida) muito carente de receber esse tipo de evento, não só da Seleção, mas também da superliga. Situações que poderia ter mais jogos, até do nacional mesmo”, iniciou a central Thaisa.

“Dá uma dó que não tenha mais, pois eu adoraria que tivesse muito mais aqui. Nunca fui tão bem recebida, com tanto carinho não só dos torcedores, mas de toda a organização, de todo mundo que está organizando e ajudando por fora. Todo mundo sempre muito solícito, tentando fazer o máximo pela gente. Está sendo muito incrível”, acrescentou.

Jogos no Nordeste tiveram um “algo a mais” para a Seleção Feminina de Vôlei

As atletas sempre pontuam a importância que é de ter maior proximidade da Seleção Feminina de Vôlei com a torcida brasileira, de trazer essa representação para seu público. Não só no Nordeste, mas em todo o país. E a sensação trazida por jogar aqui teve um “algo a mais” para as atletas.

“A gente sabe que jogar no Brasil é sempre esse espetáculo, mas acho que aqui está sendo mais ainda. No primeiro jogo, falamos sobre ficarmos muito arrepiados na hora do hino. Mas o arrepio continuou, o frio na barriga continuou, então a cada ponto que a gente faz essa torcida carrega a gente ainda mais para cima. Isso está sendo um gás a mais e para mim é um orgulho de estar em quadra aqui no Recife, com essa torcida”, falou a levantadora Roberta.

A camisa 9 do Brasil, eleita melhor levantadora da competição, foi um dos grandes destaques dessa campanha da Seleção Feminina de Vôlei. Ela teve seu nome gritado várias vezes pela torcida no Geraldão e agradeceu por todo o carinho para ela. E destacou que, se pudesse, levaria a torcida nordestina para todos os lugares em que o Brasil jogasse.

“Se desse, a gente levava essa torcida para todos os lugares. A gente estando ali dentro, sabendo que vamos entrar em quadra e vai estar cheio de novo, com todo mundo vibrando de novo… é muito importante essa forma positiva que eles levaram a gente”, comentou Roberta.

“A energia deles está tão para cima, que isso fez a gente jogar cada vez melhor. Fico muito feliz de fazer parte disso. Já jogamos em vários ginásios, várias vezes lotado, mas é sempre muito especial. O que eles fizeram aqui foi incrível”, completou a levantadora da Seleção Feminina de Vôlei.