Analista do NE45, Kauê Diniz traz sua análise do Sport na Série B do Brasileirão a partir de dados do Sofascore (app de estatística esportiva)
A frequência de gols que o Sport passou a tomar, sobretudo distante da Ilha nesta Série B, somada à queda no volume ofensivo, comparado ao do primeiro quadrimestre, tem uma resposta. Não é apenas uma impressão, subjetividade. A percepção ganha números, quando se observa os dados do Sofascore (app de estatística esportiva), que reforçam a passividade na marcação do time leonino na Segundona.
Segundo as informações do aplicativo, o Rubro-negro da Ilha é o pior dos 20 clubes em média de desempenho em desarmes e interceptações por partida. O item “cortes por jogo” também se soma a esse cenário e aponta o Sport como apenas o 16º nesse quesito.
Outros dois pontos importantes, que até poderiam passar despercebidos, sobretudo se observados exclusivamente sozinhos, seriam excelentes: faltas cometidas e cartões amarelos. Segundo o Sofascore, o Rubro-Negro é o rei do fair play. Toma quase metade das advertências que o “vice-campeão” nesse quesito.
Poderia, olhando esses dois pontos, caracterizar como um time ajustado, compactado, que pouco dá brechas e comete erros para se expor com faltas e, por tabela, cartões.
Mas aí talvez seja o problema quando só se tenta enxergar o número objetivo, como uma matemática exata. Dados, números, percentuais são organismos vivos e que precisam ser olhados em todos os contextos. E aí quando você puxa para o mesmo cenário o retrato da marcação/intercepção é inevitável não questionar se o fair play é, na verdade, uma camuflagem também de uma passividade leonina em campo nesta Série B.
Até o primeiro quadrimestre de 2023, o Sport era um time agressivo na marcação alta. Quando não roubava a bola, forçava os erros e retomava a posse, muitas vezes, na intermediária adversária e já produzia uma chance de perigo.
Encurralava adversários, machucava sistemas defensivos e, inclusive, tinha uma baixa assertividade em converter as chances criadas, mesmo vencendo, geralmente, com certa facilidade. Hoje, aquele volume de oportunidades sumiu. Ao menos, o time passou a ser mais “certeiro” quando produz suas chances.
Possivelmente, a equipe de Enderson possua outros números que ajudem a anular esse prejuízo, até porque para estar no G4 desta Série B são necessários alguns adjetivos. Mas são dados (reforçando: são números do site do Sofascore) que, colocados e observados em conjunto, trazem um sinal de alerta.







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