Renan Dal Zotto disse que apesar da Argentina ser o time mais complicado, é necessário atenção com as outras Seleções
Pelo histórico de campeões do Campeonato Sul-Americano é comum que os torcedores acreditem que a Seleção Masculina de vôlei erguerá pela 38º vez a taça de campeão. A competição, que acontece a cada dois anos, tem o Brasil como vencedor absoluto desde 1967. Apesar disso, o técnico Renan Dal Zotto falou sobre o nível da competição nos últimos anos e destacou a Argentina como o principal adversário.
“Vemos a Argentina como um grande adversários. Nos últimos anos cinco anos têm crescido muito e se fixou entre as melhores do mundo. E está jogando um vôlei bonito de se ver, jogadores que estão na Europa com muita experiência, jogam em um nível alto. Tenho certeza que é uma equipe tão forte quanto do Brasil”, iniciou o treinador.
“Na VNL [Liga das Nações de Vôlei] foi um jogo muito equilibrado. Foi um 3 x 2, que qualquer um poderia ser vencido, um jogo muito disputado. Contra a Argentina fazemos sempre jogos muito difíceis e equilibrados, foi assim nas Olimpíadas, no Sul-Americano do ano passado e no Mundial. E não vai ser diferente aqui, eles crescem muito na competição”, destaca Renan.
Sobre o nível da competição, o treinador falou que as seleções são jovens e que estão em crescente. Porém, destaca que o vôlei é um esporte que exige atenção máxima de todos em quadra para não perder o foco.
“Chile e Colômbia são equipes jovens que estão crescendo no cenário, principalmente na América do Sul. E o Peru, que conhecemos menos, mas sabemos o que fez na Copa Pan-Americana. Mas toda a atenção é pouco, o vôlei é muito traiçoeiro nesse sentido de tudo é ponto. Você precisa estar constantemente com a atenção voltada para o próximo ponto para não sair do jogo, independente de quem esteja do outro lado”, destaca o comandante.
Renan e Lucarelli falam sobre preparação psicológica da Seleção Masculina de vôlei
A primeira vez do Sul-Americano no Recife também marcará a estreia de três atletas vestindo a camisa verde e amarela em uma competição no Brasil. Trata-se de Felipe Roque, Henrique Honorato e Judson, que se mostraram animados com o momento atual.
Renan disse que apesar do momento de euforia, os atletas estão sendo bem preparados para disputar a primeira competição no Brasil. E espera que a energia da torcida esteja presente em quadra.
“Faz parte do crescimento de um atleta profissional ter a primeira experiência. E esses que chegam na Seleção Brasileira estão bem preparados, fisicamente e psicologicamente. Jogar no Brasil não é fácil, mas ao mesmo tempo é estimulante. Tenho certeza que eles vão saber utilizar o fator casa para fazer com que a torcida seja o sétimo jogador em quadra. Essa é uma área que o André Heller [consultor da Seleção] tem trabalhado muito com os atletas”, disse Renan.
O campeão olímpico André Heller foi chamado para trabalhar na comissão técnica como uma espécie de consultor que lida diretamente com os atletas. O ponteiro Ricardo Lucarelli destacou a importância do trabalho do ex-central para o grupo.
“É um trabalho que tem se tornado cada vez mais efetivo em todos os esportes. O trabalho mental é muito importante para o desempenho e também para as questões fora de do trabalho e eu acho que isso me ajudou bastante. O André fala muito dos nossos pensamentos que acabam acarretando nas reações emocionais que acarretam no comportamento. Os nossos pensamentos influenciam muitas coisas, e isso pode ajudar no nosso resultado, na maneira de treinar e jogar. Espero que daqui para frente isso continue sendo de grande valia”, disse o ponteiro.
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