Santa Cruz: Jairo Rocha diz não querer ser presidente e aponta antecipar eleições, SAF e união do clube como suas missões

Vice-presidente assume o clube após a renúncia de Antônio Luiz Neto, mas afirma que não quer ser presidente do Tricolor

Depois da renúncia de Antônio Luiz Neto ao cargo de presidente executivo do Santa Cruz, o seu sucessor é o vice Jairo Rocha. Porém, o empresário declarou na noite desta terça-feira (26) que não quer ser presidente do Tricolor. Mas que apenas aceitou assumir para cumprir “três missões”: Antecipar eleições, implementar a SAF e unir o clube.

A entrevista do atual presidente do Santa Cruz foi dada ao apresentador Aderval Barros, no programa Jogo Certo, da TV Nova. Jairo Rocha falou por telefone e adiantou alguns pontos que serão tratados em sua coletiva nesta quarta-feira (27), na Federação Pernambucana de Futebol (FPF).

Jairo Rocha falou que a prioridade é estabelecer a SAF do Santa Cruz, e também declarou urgência em antecipar as eleições do Mais Querido, que antes estavam marcadas para dezembro. Ele disse que não tem como assumir o clube, por suas obrigações profissionais, mas que, no curto período que estiver, pretende trabalhar também para pacificar o Santa.

“Eu vou dar uma coletiva, mas posso antecipar alguns pontos que são fundamentais para mim. Primeiro SAF, segundo SAF, terceiro SAF. E antecipar as eleições urgentemente também, porque eu não quero ser presidente. Isso é um ponto definido”, iniciou Jairo Rocha.

“Tenho negócios por todo o Brasil, minha vida profissional está muito corrida e não tenho condições de ser presidente do clube que eu amo. Eu assumi uma missão, que é fazer a SAF, antecipar eleições e juntar o Santa Cruz de novo”, pontuou.

Perguntado sobre a situação da SAF do Santa Cruz, já que outros projetos também foram ventilados por opositores, como o ex-presidente Zé Neves, e projetos citados por ídolos do Tricolor, como Grafite e Ricardo Rocha, Jairo Rocha foi direto, dizendo que só existe uma SAF até agora. E disse que, no que depender dele, o processo será transparente logo que for possível divulgar as informações.

“Essa SAF é a que existe de verdade. Não é história. Eu tive uma reunião hoje com Eduardo Paurá, advogado, Petrus (Queiroz, consultor), maior autoridade do Brasil para mim sobre recuperção judicial, e está muito adiantado mesmo. Temos um contrato de confidencialidade e não se pode dizer. Vai furar e não vai adiantar. Comigo, pode ficar certo que tudo que acontecer, vai ser exposto. Não tem segredo. Transparência é fundamental”, avaliou.

Oposição no Santa Cruz e objetivo de pacificar o clube

Jairo Rocha também destacou que seu trabalho tratará, também, de unir novamente o clube. Ele já afirmou que buscará contato com o presidente do Conselho Deliberativo do Santa Cruz, Marino Abreu, com quem ALN teve diversas rusgas. O atual mandatário quer estabelecer um diálogo para que o clube seja gerido em harmonia.

“Para mim, não tem oposição em todo o Santa Cruz. O presidente do Conselho Deliberativo (Marino Abreu), que eu não conheço ainda, mas tenho certeza que amanhã vou conhecer, porque quero aproximação. A gente não pode presidir um clube sem o Conselho. Eu só assumi para isso. Para antecipar a eleição, pela SAF e pela união”, afirmou Jairo.

Quando perguntado sobre afirmações de que ele assumiria, com Antônio Luiz Neto ainda participando de decisões extraoficialmente, o presidente coral foi enfático. Disse que não é uma situação que passará por ele. E ressaltou: “Eu quero paz”.

“Eu não sou homem de ‘miguelão’. Eu fui surpreendido hoje de manhã com um convite para participar de uma reunião, onde Antônio Luiz Neto disse a mim que queria renunciar por questões pessoais. Eu tinha dito a ele que não queria ser presidente do Santa Cruz nunca, e ainda não quero. Eu estou com essa missão em função do Santa Cruz”, contou.

“A conversa foi muito boa, e em nenhum momento senti isso (de ALN querer influenciar). Por mim, (as brigas no Santa Cruz) estão acabadas. Porque não vou brigar com ninguém. Eu quero paz. Eu quero administrar, nesse tempo até as eleições, junto com o Conselho e todo mundo. E tudo que estiver dentro do estatuto, eu vou cumprir à risca”, encerrou Jairo.