Eleição do Náutico: aclamado em duas oportunidades, Edno Melo volta a disputar bate-chapa após oito anos

Em 2015, contra Marcos Freitas, Edno perdeu por dez votos

O relógio marcava 17h55 da última sexta-feira, a cinco minutos do fim do prazo de registro das candidaturas, quando a chapa de Edno Melo foi inscrita para disputar a eleição do Náutico. O ex-presidente, que comandou o Timbu de 2018 a 2021, sendo aclamado por duas vezes, voltará a bater chapa após oito anos.

Apesar de ter comandado o Timbu por quatro temporadas, Edno Melo não disputou nas urnas em nenhum desses anos. Em 2017, com a eleição antecipada para agosto, foi aclamado, mas só assumiu em janeiro de 2018. A reeleição veio em 2019, permanecendo no cargo até 2021.

O único bate-chapa de Edno Melo foi em 2015, no que ficou conhecido como o pleito mais acirrado da história do Náutico. Afinal, a vitória do economista Marcos Freitas nas urnas veio por apenas dez votos de diferença: 777 contra 767 de Edno, que naquele momento buscava fazer parte de uma gestão pela primeira vez.

Marcos Freitas, porém, ficou pouco tempo na gestão. Ele se licenciou em maio de 2016 e, em dezembro do mesmo ano, renunciou. Quem assumiu de forma temporária e definitiva foi o vice Ivan Brondi, ídolo do hexacampeonato alvirrubro.

Ivan Brondi, porém, renunciou no ano seguinte. Alegando ameaças, o dirigente saiu de cena em agosto daquele ano. No mês, diga-se, Edno Melo foi eleito por aclamação, mas assumiu somente em 2018. Gustavo Ventura e Ivan Pinto da Rocha comandaram o Timbu no restante de 2017.

Agora, oito anos depois, Edno Melo se vê em um cenário de bate-chapa novamente. Desta vez, diferentemente de 2015, terá que enfrentar dois adversários: o advogado e ex-presidente da OAB-PE, que representa o grupo da oposição; e o ex-vice-presidente social da gestão Diógenes Braga, Alexandre Asfora.

Nos bastidores, porém…

Apesar de ter protocolado a candidatura na reta final do prazo de inscrições, Edno Melo tem dito para pessoas próximas que busca um consenso no pleito.

Em conversa pelo Whatsapp, a que a equipe do NE45 teve acesso, o ex-presidente ressaltou não ter a intenção de seguir como candidato até o dia da eleição, em 12 de novembro. Segundo ele, o objetivo é ter apenas uma chapa, como aconteceu no Conselho Deliberativo.

“A inscrição da nossa chapa tem um grande propósito. Continuar os trabalhos pelo consenso no clube. Conseguimos construir esse consenso no Conselho Deliberativo, com a participação de Roberto Selva, Roberto Pimentel, Márcio Borba e Paulo Monteiro. Porém, esse consenso não foi possível (ainda) no executivo. Um consenso, a exemplo do que ocorreu no CD (Conselho Deliberativo), precisa ser construído e não imposto. Vamos trabalhar pelo consenso nas duas casas. Pela união do clube. Particularmente, sigo esperançoso. Temos até o dia da eleição para construir isso. Não serei candidato”, afirmou Edno Melo em uma das mensagens. 

Vale lembrar que a situação e a oposição buscaram um consenso antes do final das inscrições das chapas. O nome de Luiz Gayão, o atual vice-presidente jurídico do Náutico, foi sugerido para ser o vice de Aluísio Xavier. Contudo, as conversas não avançaram para a candidatura única.

A eleição do Náutico

O pleito alvirrubro será no dia 12 de novembro, das 8h às 17h, nos Aflitos. Nesta data, os alvirrubros definirão o novo presidente e vice-presidente do executivo para o biênio 2024/2025 e os 270 conselheiros para o quadriênio 2024/2027.

Vale lembrar que, de acordo com a nota oficial do Náutico, 3.794 sócios e sócias estão aptos para votar no pleito.