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Ex-goleiro Emerson Ferreti, ídolo do Bahia Ex-goleiro Emerson Ferreti, ídolo do Bahia

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Primeiro ex-atleta candidato à presidência do Bahia, Emerson Ferretti destaca trajetória: “Me preparei para isso”

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Candidato da chapa União Tricolor teve conversa exclusiva com o NE45

Desde que se aposentou do futebol e pendurou as luvas, Emerson Ferretti nutria o sonho de voltar ao Bahia. A chance tardou, mas apareceu. Gaúcho de certidão de nascimento e soteropolitano de coração – e título entregue pela Câmara dos Vereadores -, o administrador é o primeiro ex-atleta do clube a se candidatar à presidência. Um desafio grande e consciente.

Emerson encabeça a chapa União Tricolor, que traz como vice o narrador de futebol Paulo Tavares. Esse, que já atuou como membro dos conselhos Deliberativo e Fiscal do clube. A dupla tem a concorrência de outras quatro candidaturas. O pleito, marcado para o próximo dia 2 de dezembro, define novo mandatário para o triênio 2024/2026.

Ex-goleiro Emerson Ferreti, ídolo do Bahia
Emerson Ferretti, ex-goleiro e candidato à presidência. Crédito: Reprodução

Em conversa exclusiva com o NE45, Emerson Ferretti avaliou o período de preparação até se colocar à disposição para a corrida eleitoral tricolor, os novos desafios para o presidente com a chegada do Grupo City e mais.

Entrevista com Emerson Ferretti, candidato do Bahia

NE45: Você nasceu no Rio Grande do Sul, mas mora em Salvador há mais de 20 anos. Qual a importância dessa identificação para a sua relação com o Bahia?

Eu já gostava da Bahia, já gostava de Salvador. Mas quando vim jogar aqui, a minha identificação com um clube foi muito rápida. Foi tudo muito intenso com a torcida, também. Tenho o carinho e o respeito do torcedor tricolor. A gente que é jogador, passa por vários clubes e nem sempre a gente conquista essa relação. Aqui foi diferente.

O Bahia tem milhares de atletas na sua história. Nem todos conquistam isso. Então, o que eu consegui aqui, dou muito valor. Virei um tricolor. Sou apaixonado pelo Bahia e me apaixonei pela terra. Nunca escondi. Tanto que escolhi para viver. Me considero um cidadão soteropolitano, recebi o título em 2009. Foi um sonho realizado. Falo com muita honra que sou daqui.

Eu me considero um baiano também, né? Tenho 24 anos de vivência aqui. Nasci em Porto Alegre e comecei a carreira no Grêmio. Mas saí de lá ainda aos 23, para o Flamengo. Já tenho mais tempo de Bahia do que de Rio Grande do Sul.

NE45: O torcedor do Bahia conhece o Emerson que esteve em campo como goleiro. Agora, buscando um outro espaço no clube, como você se apresentaria para os tricolores?

Vivi muitas coisas bonitas com a camisa do Bahia. Conquistas, a relação construída com o torcedor. Isso me credencia, mas não é suficiente. Sou formado em administração, pós-graduado em gestão esportiva e tenho inúmeros cursos de especialização em gestão do futebol. Sempre procurei me qualificar através dos estudos.

Enquanto atleta, com 17 anos já estava dentro da faculdade em Porto Alegre. Fiz administração. Gestão sempre foi uma paixão, também. Então, me preparei academicamente. Depois que parei de jogar, tive diversos trabalhos. Nessa área de gestão, fui presidente do Esporte Clube Ipiranga durante oito anos e pude exercer na prática.

Mas foi um trabalho diferente, porque estava em um clube tradicional que estava quase fechando as portas. Foi um período que me deu um aprendizado muito grande. E foi fundamento para poder hoje estar pleiteando a presidência do Bahia, que é um desafio muito maior e de mais responsabilidade.

Também estive com a Prefeitura de Salvador participando do preparo da cidade para a Copa do Mundo 2014. Acompanhei tudo do grande evento que foi o Mundial aqui. Trabalhei no governo do estado, no órgão da Sudesp, que cuida do esporte na Bahia. também então eu tenho a experiência na no poder público, né no nos órgãos públicos e no esporte e também participei do comitê organizador.

Além de dar aula de gestão esportiva e ser palestrante. Tenho a experiência do campo, enquanto ex-jogador, do ambiente da gestão e sou comentarista esportivo há 15 anos, desde que me aposentei. Posso dizer que conheço essas três áreas. Como atleta, gestor e imprensa. Poucas pessoas podem falar isso.

NE45: Você vestiu a camisa do Bahia por muito tempo. Você vê a possibilidade de presidir o clube como uma extensão dessa história ou o início de um novo capítulo?

Não deixa de ser uma extensão, mas em uma função diferente, com novos desafios. De certa forma, o que eu vou fazer não é mais lá dentro de campo. Evitar os gols. Agora é decidir o futuro do clube, tomar decisões que vão impactar o andamento de tudo. As duas funções são importantes e de muita responsabilidade. É uma etapa de vida diferente.

NE45: Por que ser presidente do Bahia?

Eu me preparei para isso. Foi um sonho que ao longo do tempo contou com uma preparação para poder chegar nesse momento. Concorrer à presidência é um sonho que estou realizando. Sou o primeiro ex-atleta a se candidatar ao posto no clube. Acredito que seja um marco. No futebol brasileiro, a gente tem Pedrinho, no Vasco.

Agora, a possibilidade de eu ser eleito aqui no Bahia. São ex-atletas ocupando espaços de decisão no futebol brasileiro. Isso é muito importante. Não deixa de ser algo marcante, acredito.

NE45: O Bahia vive em 2023 um ano de adaptação a um grande projeto. A chegada do Grupo City já trouxe grandes impactos, sobretudo financeiro, com o investimento que foi feito. Como você acompanhou essa negociação?

Vi muito de perto todo o processo, como um bom tricolor interessado nas questões do clube. Fiquei muito feliz com o desenrolar. Acho que o Bahia conseguiu atrair como parceiro o principal e melhor grupo de gestão de clubes possível. Já transformou a realidade de todos os times que ele tem sobre o guarda-chuva dele de gestão. Fui a favor do negócio.

Com a chegada do Grupo City, você dá uma alavancada, principalmente financeiramente. Você vai poder mudar o patamar do clube em pouco tempo, como ele fez com o Manchester City, como ele tá fazendo com Girona, como ele já fez na Austrália, com o Melbourne City, com New York City, com o Montevideo City Torque , no Uruguai, por exemplo.

A vontade é de mudar o Bahia de patamar. Que o Bahia volte a brigar e conquistar coisas relevantes em pouco tempo. Fiquei feliz. Sou a favor desse processo. A gente espera poder, junto do grupo City, tornar o Bahia forte no futebol.

NE45:  Você está concorrendo em uma das eleições mais importantes da história do Bahia. É a primeira depois do clube se tornar SAF. Existe a empilgação dos representantes, assim com uma ansiedade natural do torcedor. Como fica o papel do presidente nesse cenário?

A expectativa do torcedor foi elevadíssima com a chegada do Grupo City. Inclusive, os resultados desse primeiro ano foram muito abaixo. Mas ainda é uma temporada de ajuste. Eles chegaram agora no futebol brasileiro. É importante que o presidente do Bahia entenda que tem uma participação importante nas ações. 10%. O clube precisa ouvir o seu sócio nesse processo.

A gente tem muito o que agregar a esse trabalho do City. É uma parceria. Pela experiência que a gente tem, a gente agrega a expertise de gestão ao financeiro que o Grupo City traz. Então, une as duas coisas, se posiciona, traz a voz o sentimento do torcedor e trabalha em conjunto. Sem baixar a cabeça. Sem ser submisso. Nesse contexto da SAF, é uma voz qualitativamente falando muito importante por toda a bagagem do futebol do Bahia.

NE45: O plano de gestão da chapa União Tricolor fala em um novo ciclo, uma nova realidade. Nisso, existe a preocupação de manter o Bahia vivo nos aspectos sociais e culturais. Qual o tamanho dessa missão?

A chegada do Grupo City traz o potencial maior para o Bahia como um todo. Para o futebol do clube, aliás. Principalmente, porque traz uma expertise muito grande, traz dinheiro de um local que antes o Bahia não tinha acesso. Isso tudo potencializa o papel do presidente, que tem que defender os interesses do clube, do seu torcedor, do sócio.

Isso tem que ser sempre, independentemente do City ou não. Já teria essa responsabilidade. Agora, a gente tem um parceiro e vamos precisa cuidar dessa relação. Da mesma forma que eu acredito que não vamos ter problemas, porque o Grupo não veio para brincar. Veio para deixar o Bahia ainda maior. E o mandatário deve acompanhar esse trabalho.

Mas também tem a responsabilidade de atuar em outras áreas na na sociedade baiana, representando o Bahia, com a função social que o clube tem. O Bahia precisa fortalecer esse legado social como um clube responsável socialmente.

NE45: Como você projeta o Bahia ideal?

O Bahia ideal a gente sonha alto. Primeiro, é voltar a fazer parte da primeira parte da tabela de da Série A. Estar entre os 10 primeiros. A partir daí, buscar vaga para voltar a disputar uma Libertadores. Depois, poder pensar em disputar o título brasileiro novamente. Uma realidade que já aconteceu no Manchester City. O Girona hoje é líder do Espanhol.

Paralelo a isso, uma divisão de base forte, que possa formar atletas de qualidade. Além de um futebol feminino fortalecido. Seria interessante, também, ver o Bahia inserido no ambiente olímpico. Em relação à torcida, melhorar o cuidado com o sócio. Fazer com que tenha benefícios.

São três pilares que a gente trabalha para conseguir fazer tudo isso já nos primeiros anos. Quero que a marca Bahia se espalhe, criando modalidades olímpicas, além de ter um futebol forte que volte colecionar conquistas importantes.

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