Tribunal entendeu que regulamento foi cumprindo pela Fênix

O Náutico sofreu uma derrota nos tribunais na noite desta quarta-feira. Após entrar com uma ação alegando que o Retrô teria escalado irregularmente os jogadores Radsley e Luisinho nas primeiras rodadas do Campeonato Pernambucano, o Tribunal de Justiça Desportiva de Pernambucano (TJD-PE) decidiu arquivar o processo.

No entendimento do Náutico, os dois jogadores teriam que cumprir suspensão automática após serem expulsos na decisão do Pernambucano de 2023. Com isso, não poderiam entrar em campo nas primeiras rodadas do estadual deste ano. Com isso, o Retrô seria punido com a perda dos pontos dos jogos.

Entretanto, o TJD-PE viu com improcedente a ação alvirrubra. “Ademais, a Procuradoria considerou refutáveis os argumentos trazidos pelo clube noticiante, justificando que o Regulamento Geral das Competições de 2023, em seu art. 47, § 3º, dispõe que considerar-se-ão extintos os impedimentos automáticos contidos no caput do art. 47 do referido regulamento se findada a competição ou a participação do Clube na competição de caráter eliminatório”, diz uma parte do despacho.

Náutico x Retrô

A atitude alvirrubro gerou um desconforto entre os dirigentes desde o momento de que a notícia veio à tona. O diretor de futebol do Retrô, Gustavo Jordão, criticou a ação do Náutico contra a Fênix. Em entrevista ao Fórum Esportivo, da Rádio Jornal, o dirigente lamentou a atitude do Timbu e insinuou até que o problema entre os clubes poderia ser político por conta da boa relação da diretoria do time de Camaragibe com a antiga gestão alvirrubra.

“A gente entende que o Pernambucano é uma guerra e toda guerra é preciso ter decência para disputar. O Retrô não ia usar de má fé se não tivesse um suporte jurídico. É uma decisão simples de interpretar e estamos seguindo o regulamento do Pernambucano. Eu não sei que interpretação o presidente do Náutico teve. Não vou nem falar em incompetência. Acho que pode ter outro significado. Talvez porque a gente tinha uma aproximação com Diógenes (Braga, ex-presidente)”, disse Gustavo Jordão. 

“Acho que foi uma infelicidade gigante. Não teve uma ligação para Laércio (presidente do Retrô) ou para mim. O procurador do TJD vai dizer se acata a denúncia ou não. Mas qualquer advogado da área desportiva trata isso como aberração”, completou o diretor do Retrô, confiante de que a denúncia não será acatada pelo Tribunal.