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CEO do Fortaleza explica reforços que não vieram e detona: “Palavra não vale mais para algumas pessoas”

Fortaleza, CE, Cearense, Copa do Nordeste, Últimas

Por Klisman Gama

Por Klisman Gama

Postado dia 19 de fevereiro de 2024

Marcelo Paz explicou que volantes Felipinho e Bruno Gomes estavam acertados com o Leão, mas mudaram de ideia após outras propostas

O Fortaleza sofreu algumas críticas sobre negociações malsucedidadas neste início de temporada. Foi o caso com os volantes Felipinho, da Ponte Preta, e Bruno Gomes, do Coritiba. Ambos estiveram apalavrados com o Leão e acertaram com outros clubes. Postura que o CEO da SAF tricolor, Marcelo Paz detonou nesta segunda-feira (19), em entrevista coletiva.

De acordo com o dirigente, os atletas faltaram com a palavra com o Fortaleza. Ambos garantiram que iriam fechar com o Leão do Pici e tinham todos os termos contratuais acertados. Porém, com a chegada do Athletico Paranaense oferecendo mais para Felipinho, e o Internacional para Bruno Gomes, eles mudaram de ideia e não quiseram vir ao Tricolor.

Para Marcelo Paz, isso mostra que o mercado do futebol brasileiro está “prostituído”, onde a palavra dada pelo atleta na negociação não está valendo tanto, já que houve a mudança de ideia depois de já ter fechado um acordo com o clube que ofereceu todas as condições pedidas.


Marcelo Paz - Fortaleza
Foto: Mateus Lotif/Fortaleza

A gente está vivendo um mercado no futebol brasileiro, me desculpe o termo, mas é um mercado prostituído, em que a palavra não vale mais para algumas pessoas. E isso a gente tem visto em algumas das operações que tentamos no Fortaleza. Falaram que vinha, depois não veio, apareceu outro time e trouxe o jogador”, iniciou Marcelo Paz.

“Temos que valorizar as pessoas que estão aqui e querem vestir nossa camisa. Felipinho e Bruno Gomes apalavraram com o Fortaleza, discutiram salário, comissão, contrato e tudo, através dos seus empresários. Deram a palavra, e ela tem que ser honrada. O Fortaleza foi enganado, mas prefiro ser enganado do que ser o enganador. Então os jogadores deram a palavra, através dos seus representantes, e depois mudaram o destino”, disse.

“Não vejo problema do jogador negociar ao mesmo tempo com dois, três clubes. Ele é um profissional e vai ver o que é melhor. Agora, deu a palavra, tem que cumprir. Eles deram a palavra e não quiseram cumprir porque depois apareceu algo melhor. Com todo respeito, principalmente ao nosso torcedor: Não vou tomar medidas irresponsáveis. Irresponsabilidade quebra clube de futebol. Isso trava o crescimento de um clube de futebol”, acrescentou o CEO.

Marcelo Paz também acrescentou que o Fortaleza está tomando uma postura diferente de vários clubes da Série A no mercado. Segundo o dirigente, há agremiações que vão “quebrar em breve” por conta de posturas irresponsáveis em transações que o time não pode arcar. E que no Tricolor ele não fará o mesmo.

“Vou falar só de clubes de Série A, para não pensarem que estou provocando nosso rival. Têm muitos clubes de Série A que vão quebrar em breve, porque estão agindo de forma muito irresponsável no mercado, pagando valores de compra, salário, luva, comissão, e eu não vou fazer isso com o Fortaleza”, contou

Marcelo Paz - Fortaleza
Foto: Mateus Lotif/Fortaleza EC

Felipinho e o “sonho” em jogar no Fortaleza e Bruno Gomes de volta ao Inter

Marcelo Paz acrescentou também detalhes como aconteceram as negociações com Felipinho e Bruno Gomes. O dirigente leonino disse que o próprio Felipinho conversou com o executivo de futebol do Fortaleza, Bruno Costa, por telefone, e disse que estaria realizando “o sonho da vida dele” no clube.

Paz contou que a Ponte pediu um tempo para poder seguir utilizando Felipinho no Campeonato Paulista e o Leão acatou, porque só o liberariam sob essa condição. Mas nesse tempo, o Athletico Paranaense apareceu com uma proposta melhor e fechou com o jogador.

“Felipinho deu a palavra, ligou para Bruno Costa chorando, dizendo que queria ir para o Fortaleza, que era o sonho da vida dele, com um baita contrato, e depois foi para outro canto. E eu vou fazer o que? Aí perguntam por que o Fortaleza não fechou”, lembrou Paz.

“Eu negociei com o dirigente da Ponte Preta que me disse: ‘Se preocupe não, porque está fechado. Só que estamos no começo de Campeonato Paulista, já tivemos um jogador vendido, e tenho que garantir a permanência do meu time. Espere mais um pouquinho’. Nesse tempo, o Athletico veio, ofereceu uma proposta melhor para a Ponte Preta e para o jogador, e ele foi, mesmo já tendo dado a palavra para a gente”, pontuou.

Marcelo Paz - Fortaleza
Foto: Marcelo Paz/Fortaleza

Sobre Bruno Gomes, o CEO do Fortaleza afirmou que houve uma situação semelhante. O Fortaleza tinha tudo acertado com o atleta e o Coritiba, mas a direção do Coxa pausou as tratativas por conta da convocação do atleta para a Seleção Olímpica, que disputou o Pré-olímpico. Com isso, o Internacional apareceu com cifras acima das que o Tricolor pagaria e levou o atleta.

“O Bruno Gomes foi bem parecido. A gente fechou tudo, tempo de contrato, salário, e o Bruno Gomes foi convocado para a Seleção Brasileira. Aí o Coritiba falou “peraí, ele foi convocado, temos os investidores”, e isso é normal, porque o jogador se valoriza, pode ter uma negociação para a Europa”, falou Paz.

“Nesse tempo, o Internacional chegou e disse que queria o Bruno Gomes, que tinha saído de lá sem jogar. Se você olhar, ele não deve ter feito dois ou três jogos com 90 minutos pelo Internacional na primeira passagem dele. Então o Internacional veio, que já tinha uma prioridade por deter 50% do jogador, e veio com número para ele que eu jamais iria dar. Se eu desse, iria criar um problema aqui”, concluiu.

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