Treinador começou a coletiva lamentando a expulsão do camisa 9, que será desfalque na ida da semifinal diante do Retrô

O técnico Allan Aal começou a entrevista coletiva de uma maneira diferente do que gostaria após a vitória por 2 x 0 sobre o Afogados, em resultado que garantiu o Náutico nas semifinais. Questionado logo na primeira pergunta sobre a expulsão do atacante Paulo Sérgio, que tomou vermelho após comemorar com gesto obsceno de uma torcida organizada do Timbu, o técnico lamentou e criticou a decisão do árbitro.

O técnico alvirrubro disse que entendia se o atacante alvirrubro fosse punido com um cartão amarelo, mas considerou o vermelho como exagerado.

“Eu lamento muito estar iniciando uma coletiva tendo que falar da arbitragem. É uma pena. Não só pela utilização do var que vai tirando cada vez mais a confiança dos árbitros dentro de campo. O que foi falado para mim foi que o Paulo fez gesto obsceno. Eu não entendo de comemoração porque não faço gol, mas é uma comemoração que ele já tinha feito e foi punido no momento mais importante do futebol, que é o gol. De repente um cartão amarelo pelo excesso, mas expulsar é de lamentar. E a gente tem que pensar em soluções com a perda do Paulo e de outros atletas”, disse Allan Aal.

Sobre a partida, o técnico alvirrubro viu a atuação do Náutico como controlada. Allan Aal também citou que conversou com o grupo alvirrubro para superar traumas do passado, vide a eliminação para o Salgueiro nas quartas do Pernambucano de 2023. O comandante valorizou a arbitragem e destacou a força do grupo.

“Tivemos o controle da partida, uma atitude mental muito forte, com a responsabilidade só de um lado, sem desmerecer o adversário. A gente carrega alguns pesos do passado, não é fácil. Temos margem para evoluir, margem de melhora, vamos precisar do grupo todo. Eu falo para os atletas que às vezes o jogo mais importante cai no colo de quem não está jogando. A gente tem que valorizar as vitórias, não são fáceis. Lamento que a gente tenha que falar de arbitragem, mas fico chateado porque poderíamos iniciar a conversa de outro jeito”, completou.

Questionado sobre a postura do Náutico no segundo tempo, onde o Timbu diminuiu o ritmo em comparação com a primeira etapa, Allan Aal disse que seria difícil repetir a intensidade dos 45 minutos iniciais. Além disso, questionou algumas decisões tomadas pelo setor ofensivo alvirrubro, sobretudo em contra-ataques.

“Nós sabíamos que aquela intensidade que iniciamos dificilmente seria mantida. Criamos situações, poderíamos ter aberto o placar antes. O nosso adversário conseguiu uma ou outra bola longa, tivemos o controle total. No segundo tempo a gente sabia que o adversário jogaria por uma bola, ia se lançar. Tomamos conta do meio-campo e poderíamos ter definindo em gol. tivemos situações de contra-ataques e, por preciosismo, tomamos a decisão mais difícil. Essa vitória tem que ser valorizada, mas temos margem para evoluir”, finalizou.

O Timbu volta a campo nesta terça-feira (5), diante do River-PI, pela Copa do Nordeste, novamente nos Aflitos, às 19h.

O vestiário da vitória! 💪🇦🇹 pic.twitter.com/x0m2C8PdIT

— Náutico (@nauticope) March 2, 2024