Fábio Mota concedeu entrevista coletiva e detalhou os processos para chegada dos últimos reforços do Leão
O Vitória fez um movimento “arrojado” para conseguir seus últimos reforços antes do fechamento da janela de transferências. Essa foi a definição dada pelo presidente Fábio Mota, que concedeu entrevista coletiva nesta quinta-feira (7).
O mandatário rubro-negro detalhou quanto gastou, falou que a folha salarial aumentou bastante e explicou como conseguiu o dinheiro.

Como o Vitória conseguiu o dinheiro?
Fábio Mota explicou que todo o valor utilizado nas movimentações financeiras nas últimas semanas, como a compra de Léo Naldi e a de Jean Mota, além de outros pagamentos nas contratações de atletas, vieram de um novo acordo de placas publicitárias.
O Vitória fechou acordo com um novo patrocinador e, segundo o presidente, esse valor é “o dobro” do valor padrão que vários clubes recebem, com exceção de Flamengo, Corinthians e outros de patamar semelhante. Segundo ele, o valor padrão é de cerca de R$ 6 milhões. Assim, dentro do raciocínio explicado, o Leão recebeu algo próximo dos R$ 12 milhões.
“Como arrumei esse dinheiro? Não tenho problema de falar. Cada um tem seus contratos com as placas publicitárias. A placa padrão de todos os clubes, com exceção de Corinthians, Flamengo e mais uns dois ou três, é um valor único, em torno de R$ 6 milhões para todo mundo. Fomos no mercado, buscamos uma nova parceria, buscamos o dobro disso e é com esse valor que estamos reforçando a equipe”, iniciou.

Quanto o Vitória gastou em contratações?
De acordo com Fábio Mota, o Vitória gastou, nesta primeira janela de transferências, cerca de R$ 7,225 milhões. Desses, o maior valor investido foi no volante Léo Naldi, adquirido à vista junto a Ponte Preta, custando R$ 3 milhões por 70% dos seus direitos econômicos.
O meia Jean Mota foi comprado do Inter Miami-EUA por 350 mil dólares (em torno de R$ 1,725 milhão) por 100% do seu passe. Já Daniel Jr foi negociado pelo Cruzeiro por R$ 2,5 milhões por 70% dos direitos econômicos. Os três atletas vieram com contrato de três anos.
Sobre Léo Naldi, o próprio mandatário do Vitória contou como se deu o processo. Enfrentando concorrência de outros clubes, o diferencial do Leão foi ter pago à vista.

“O Léo Naldi foi disputado por nós com três ou quatro clubes. Aos 44 do segundo tempo, ele me passou o telefone para o presidente da Ponte Preta e perguntei quanto era. Ele disse que tinha a necessidade de vender e só venderia à vista. Eu disse “mande a conta que a gente deposita”. E resolveu assim, rapidinho”, disse.
Além desses atletas, o Vitória também acertou com Luiz Adriano, livre no mercado, além de pegar por empréstimo Reynaldo, Luan (volante) e Pablo Baianinho.
Quanto é a folha salarial do Vitória?
Ainda segundo o presidente, o Leão tem hoje uma folha salarial que é 2,5 vezes maior que a da Série B do ano passado, que girava em torno de R$ 2,5 milhões. A ideia do clube já era de dobrar esse valor para 2024 e, com o tamanho apresentado pelo mandatário, hoje a folha salarial do elenco do Vitória gira em torno de R$ 6,25 milhões. Mas se somar com o valor de funcionários, esse total é de R$ 7,5 milhões.
“Só posso dizer para a torcida rubro-negra que a folha do Vitória, a partir do dia 1 do próximo mês, é mais que o dobro da folha da Série B. Foi um planejamento que fizemos. Sabemos que não dá para entrar numa Série A com esse orçamento de Série B. Vamos ter uma folha que é 2,5 vezes, pelo menos, maior que a da Série B. Então vamos precisar muito que o sócio nos ajude a pagá-la”, disse Fábio Mota.

Vale lembrar que esse valor ainda pode ser maior para o decorrer da temporada. Isso porque o Rubro-negro ainda terá cotas a receber das cotas de transmissão junto a Libra (Liga de clubes do futebol brasileiro), que terá parte da receita revertida também para o futebol.
Mas outro detalhe importante dentro da fala de Fábio Mota é de que o orçamento projetado pelo Vitória, neste momento, passa também por ter uma receita fixa de sócios-torcedores na casa de 50 mil associados. Atualmente, o clube tem 30 mil sócios. Ou seja, esse total precisa aumentar para que o clube possa manter o atual patamar de salários.

“Primeiro que estamos acreditando na torcida do Vitória. A folha do Vitória hoje, e as contratações que fizemos, estão projetados com o clube tendo 50 mil sócio-torcedores. Então é importante que façamos uma campanha para termos esses 50 mil para ficarmos ‘de boa'”, contou,
“Desde quando chegamos aqui, viemos com tudo em dia ou antecipado, pagando jogador com quase um mês de antecedência desde que assumi. Então não caiu do céu, foi fruto de trabalho, buscamos parceria nova com placas de publicidade, guardamos e fizemos na hora certa. Não estamos endividando o clube”, pontuou o presidente.
“O Léo Naldi, Dudu, Iury Castilho, Matheuzinho, Wagner Leonardo foram comprados e pagos. O Daniel Jr estamos pagando por parcela. Se eu for embora do clube, a única dúvida que deixei são as parcelas do Daniel Jr. Mas todos os outros são ativos do Esporte Clube Vitória”, concluiu.

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