A ação foi batizada pela Policia Civil de “Operação Hooligans”
Em coletiva de imprensa realizada na manhã desta sexta-feira (15), a Polícia Civil de Pernambuco (PCPE) confirmou as suspeitas e revelou que o atentado ao ônibus do Fortaleza no último dia 22 de fevereiro, na BR-232, foi praticado por membros da Torcida Jovem do Leão, antiga Torcida Jovem do Sport. Três “bondes” ligados à organizada participaram do atentado.
“Essas uniformizadas se organizam por bairros e setores. Tem na Zona Sul, Norte e daí por diante. Existem presidentes, diretores e monitores. Cada bonde envolvido no atentado possui cerca de 20 integrantes, com cargos bem definidos. Isso dificulta a operação, porque eles estão espalhados pela cidade e prontos para agir”, destaco o delegado titular da Delegacia de Policia de Repressão à Intolerância Esportiva, Raul Carvalho.
A Torcida Organizada é dividida por Zona de Região. Foram três ônibus diferentes: o Bonde de Jovem de Camaragibe, o de Casa Amarela, e o dos Torrões estão envolvidos, segundo as investigações da Policia Civil.
Os suspeitos presos de forma temporária (30 dias), estão sendo investigados pelos seguintes crimes: Tentativa de Homicídio, Associação Criminosa, Dano ao Patrimônio e Provocação de Tumulto. Além disso, os homens detidos são reincidentes, tendo ligação com outros crimes.
Ao todo, sete mandados de prisão foram expedidos, porém, apenas três foram concretizados. A polícia não quis revelar a identidade dos presos para não atrapalhas as investigações, que ainda seguem em curso. A ação foi batizada de “Operação Hooligans“.
“A gente entende que essa operação não é só de caráter corretivo, mas também educativo. A gente quer mostrar para essas pessoas travestidas de torcedores que a polícia está atenta para identificar autores de casos do tipo”, afirmou o delegado geral da Polícia Civil, Renato Rocha.
Sobre a “demora” para identificar os suspeitos, a Policia Civil revelou que algumas razões acabam dificultando, ou atrasando as investigações, como: Falta de câmeras no local, via mal iluminada, número grande de pessoas envolvidas, número grande de veículos utilizados e uso de capacetes/camisas para esconder os rostos.
“Não é um trabalho fácil. É extremamente técnico, são muitos autores. Além do profissionalismo empregado pela Delegacia de Polícia, foi uma investigação até célere ante a complexidade que essa investigação nos trouxe”, finalizou o delegado, Renato Rocha.
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