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Náutico busca inspiração em decisão de 2004 para tentar vitória por dois ou mais gols de diferença em final

Foto: Gabriel França/CNC

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Timbu precisa ganhar por pelo menos dois gols de diferença para forçar penalidades ante o Sport e se inspira em decisão histórica de 2004

“Os jogadores entraram que nem Mike Tyson entrava”.

A frase acima, de autoria do ex-técnico Zé Teodoro, faz referência ao elenco do Náutico campeão em 2004 sobre o Santa Cruz, no Arruda, após ganhar o jogo por 3 x 0 e reverter a desvantagem de 1 x 0 da ida.

Um contexto diferente de 2024, onde o Timbu perdeu por 2 x 0 para o Sport no primeiro jogo, mas que serve de inspiração para o Náutico tentar buscar um título em um cenário adverso.

Desde 2004, o Náutico não conseguiu ser campeão com uma vitória por pelo menos dois gols de diferença na partida de volta da final. O Timbu levou as taças de 2018, 2021 e 2022, mas em contextos diferentes.

Em 2018, quebrando um jejum de 14 anos, ficou com o título ao ganhar de 2 x 1 do Central na volta – a ida foi 1 x 1. Já em 2021 empatou por 1 x 1 os dois duelos diante do Sport e levou nos pênaltis. Por fim, em 2022, perdeu a ida para o Retrô por 1 x 0, mas devolveu o placar na volta e ficou com a taça nos pênaltis.

Em 2024, por sua vez, o Timbu terá que ganhar por pelo menos dois gols de diferença para forçar pênaltis. Caso ganhe por três ou mais tentos de vantagem, aí será campeão direto. E foi justamente um 3 x 0 que deu o título ao Timbu em 2004.

Técnico da equipe na campanha, Zé Teodoro lembra com carinho da decisão. Sem titubear, crava: era um time que o torcedor alvirrubro gostava de ver. E que superou vários problemas para buscar o título, como disse o ex-treinador ao NE45. Uma das dificuldades foi uma indisciplina de Jorge Henrique, mas contornada pela comissão técnica e direção, de acordo com Zé.

“Tivemos vários problemas no primeiro jogo. Problemas na concentração, com o ônibus que quebrou no trajeto até os Aflitos e precisamos colocar os atletas em carros particulares. Tudo deu errado. Consegui, através de amizades, um comprovante com o pessoal dos Bombeiros de um trio elétrico que eles (Santa Cruz) contrataram (antecipadamente) e o restaurante que eles já tinham reservado”, lembra o treinador.

“Fiz um trabalho na cabeça dos jogadores e passamos a jogar tudo no jogo seguinte. Conseguimos buscar o título que para muita gente foi surpreendente. Tudo isso depende do grupo, da comissão e da diretoria. A gente tinha um time que o torcedor gostava de ver jogador. Os jogadores entraram que nem Mike Tyson entrava. O grupo cresceu muito na reta decisiva”, completa o ex-treinador alvirrubro.

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Foto: Gabriel França/CNC

Para além das adversidades, o contexto de 2024 é bem mais difícil se comparado a 2004. Primeiro, na visão do ex-goleiro Nilson, porque o Náutico é inferior tecnicamente ao Sport. E há 20 anos o Timbu tinha time melhor que o Santa Cruz, na visão do ex-arqueiro e hoje treinador.

Nilson define a conquista de 2004 como um peso especial. E brinca com o elenco do Timbu daquela temporada: “O time era tão bom que o mais fraco era eu, pô”, disse o ex-goleiro.

O Náutico foi até o Arruda e, em três minutos, já estava ganhando por 2 x 0, com gols de Batata e Jorge Henrique. O Timbu seguiu na pegada e fez o terceiro no segundo tempo: Kuki, de cabeça, sacramentou o placar e o título alvirrubro na casa do Santa Cruz.

“É um contexto diferente (atual) do que vivemos em 2004, a começar pelo grupo, o nosso era muito mais qualificado. Hoje, o Náutico não é melhor que o Sport, até porque a folha do Sport é três, quatro vezes maior. Mas, quando se trata de um clássico, isso não é tão relevante. Isso depende muito da resiliência do elenco do Náutico, de como eles absorveram essa derrota”, disse Nilson.

“Agora… É possível? É possível. Futebol tudo é possível, mas não de qualquer maneira. Tudo é possível dentro do contexto que estamos inserido. O contexto do Náutico não é muito favorável, com demissão de treinador… E isso não tinha no nosso grupo. Acredito que é possível, mas sei que é muito difícil. 2004 não se repete todos os dias. Vamos ficar na torcida para que o Náutico consiga. O torcedor, ainda que não acredite, no fundo tem uma esperança. Acho que se o Náutico demonstrar uma postura melhor, mesmo sem o título, gera uma esperança para o torcedor na Série C, que é o objetivo maior”, completou o ex-goleiro.

Para o torcedor alvirrubro que acompanhou aquele time de 2004 a escalação está na ponta da língua.

Nilson; Carlos Alberto, Lima, Batata e Marquinhos; Chicão, Luciano e Marco Antônio (Henrique); Almir Sergipe (Paulinho), Jorge Henrique (Vital) e Kuki. Técnico: Zé Teodoro.

20 anos depois, agora em um contexto ainda mais adverso, o Náutico tenta ser campeão pernambucano buscando uma virada.

O Timbu será comandado pelo técnico Mazola, que chegou na última terça e comandou apenas três treinos. A bola rola às 16h30 deste sábado.

E o ex-atacante Kuki, peça fundamental no título de 2004 e hoje funcionário do Timbu, acredita na virada.

“Hoje é um dia de conseguir uma virada. Os jogadores têm a chance de colocar seu nome na história do clube. Não digo nem coração no bico da chuteira, é colocar sentimento mesmo. Colocar sentimento e ir em busca do título pernambucano”, disse o ex-atacante.

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