Treinador já tentou cinco formações diferentes na zaga
Entre rodízios e mudanças pontuais, a zaga do Bahia segue indefinida. É o que acredita o técnico Rogério Ceni, que apostou na manutenção da dupla que iniciou o jogo contra o Criciúma no triunfo diante do Botafogo, mas não descartou mudanças. E revelou testes.
“O Botafogo é um time que ataca muito nas costas da última linha. O Cuesta ficou alguns dias parado. Decidimos, em função da velocidade, ter o Kanu. Mas não é nada que o Cuesta não possa voltar no domingo. Vamos analisar a semana. Os três são muito importantes”, destacou.
Ceni mandou a campo a dupla formada por Kanu e Gabriel Xavier, prata da casa que ganhou espaço com o treinador nesta temporada. Mas o comandante tricolor não descartou utilizar um esquema com três zagueiros.
Configuração, diga-se, treinada durante a última semana. E que deve seguir fazendo parte da rotina de trabalho do grupo pensando nas disputas de Série A, e Copas do Nordeste e do Brasil. Aliás, não seria a primeira vez que utilizaria a formação no Esquadrão.
Ceni já pensou Bahia com três zagueiros

Em 2023, na reta final da Série A, o técnico tinha o polivalente Rezende como peça bastante móvel em seus esquemas. Por vezes, o camisa 5 atuava mais à frente, de segundo volante, à frente da dupla de zaga.
Em outros momentos, o meio-campista era recuado e fazia a saída de três, naquele contexto, com o mesmo Kanu, e Vitor Hugo – hoje no futebol grego. Assim, Gilberto e Luciano Juba atuavam mais avançados, como alas.
Testes atuais
No contexto de agora, o treinador ganhou o reforço do lateral-direito Santiago Arias, titular na frente de Gilberto. Juba seguiria como opção na esquerda. O treinador, contudo, não deve tornar a composição, caso utilizada, uma regra.
Assim como na temporada passada, a utilização do esquema variava de acordo com o adversário. Assim como explicou o próprio Rogério Ceni a escolha de entrar com dois zagueiros – e não três, como havia treinado – contra o Alvinegro carioca.
Ceni deve a usar uma zaga reforçada com mais um homem em casos de adversários que tenham um camisa 9 mais frequente dentro da área. Sem a referência do outro lado, o técnico tende a preencher o meio de campo.
Duplas testadas

Ao todo, cinco duplas já foram testadas no time inicial do Tricolor. De todas, a que mais foi vista em campo foi Kanu e Victor Cuesta, atuando junto em nove oportunidades. A aparição mais recente foi na derrota para o Internacional, na estreia do Brasileiro.
Logo em seguida, Gabriel Xavier, tanto com Kanu quanto com David Duarte, fez parcerias em cinco jogos – cada. A curiosidade é que o prata da casa ganhou mais minutagem, enquanto David perdeu. A última vez em que foi utilizado, por exemplo, foi no fim de março, no Ba-Vi.
Abaixo, veja relação de jogos de cada dupla testada em 2024:
- Kanu e Cuesta: Moto Club, CRB, Ceará, Caxias, Vitória (3x), Maranhão e Internacional;
- Gabriel Xavier e David Duarte: Barcelona de Ilhéus, Juazeirense, Jacuipense e Jequié (2x);
- Kanu e Gabriel Xavier: Bahia de Feira, Náutico, Grêmio, Criciúma e Botafogo-RJ;
- Gabriel Xavier e Cuesta: Itabuna, América-RN, Fluminense e Vitória;
- Kanu e David Duarte: Jacobina, Sport, River-PI e Vitória.
E a referência?

Outro ponto defendido por Ceni quando o assunto é jogar com três zagueiros é a presença de um camisa 9 no time. Isso porque, com jogadores mais avançados como alas, as principais jogadas saem pelos lados. E é preciso ter uma referência dentro da área.
O que não é problema para o treinador quando o assunto é opção. Hoje, o elenco conta com quatro atletas que podem cumprir a função. Além de Thaciano, meia de origem, mas que tem se destacado mais à frente, Everaldo, Rafael Ratão e Estupiñán também podem jogar.
Quarteto, inclusive, que tem acirrado a disputa pela posição. Thaciano, por exemplo, é o jogador com mais participações em gols na temporada. Everaldo é o artilheiro, enquanto Ratão é o vice. E o centroavante colombiano tem ajudado quando acionado.
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