Hoje no Vitória, Bruno Uvini atuou no Grêmio e falou do drama vivido por familiares e amigos no Rio Grande do Sul
O Rio Grande do Sul vive uma tragédia sem precedentes por conta das fortes chuvas e inundações e o zagueiro Bruno Uvini, do Vitória, sente de perto todo esse drama. Sua família está ainda em Porto Alegre-RS, onde ele atuou pelo Grêmio, e ainda não conseguiu trazê-los para Salvador.
O defensor do Vitória comentou que sua esposa e filhos ainda não conseguiram deixar o estado, já que o aeroporto de Porto Alegre-RS está fechado pela inundação. De longe, ele segue em contato, acompanhando a situação que a família e amigos estão passando, e vê que toda a população do Rio Grande do Sul passará por isso e conseguirá se reconstruir.
“A minha família ainda está lá e estou com dificuldade de trazê-los para cá. É uma tragédia. A gente fica na esperança de tudo melhorar por amigos, mas pela família diretamente. Meus filhos e minha esposa estão lá, tentando vir para cá, mas o aeroporto fechou. O que posso dizer é que é um povo muito batalhador e, como todo brasileiro, vai dar a volta por cima”, contou.
Zagueiro do Vitória defende paralisação do Campeonato Brasileiro
Bruno Uvini comentou sobre a atuação de seus ex-companheiros do Grêmio na linha de frente para ajudar os desabrigados. Alguns, como o goleiro Caíque, cria do próprio Vitória, participa da busca de pessoas em suas casas usando um barco. O sergipano Diego Costa usou seu próprio carro para resgatar pessoas e levar mantimentos.
Toda essa situação, para Bruno Uvini, mostra que a prioridade de todo mundo é a de sobreviver. Dessa forma, não tem condições de manter o Campeonato Brasileiro de maneira justa para os times gaúchos. Por isso, o defensor do Vitória defende a paralisação da competição.
“Meus colegas do Grêmio estão muito abalados porque estão participando na linha de voluntários para ajudar. Eu não vejo uma forma rápida desse pessoal se prontificar a jogar uma partida, que demanda tanto a nível psicológico”, disse Bruno Uvini.
“Não seria leal com eles, com todo mundo continuando, enquanto eles não têm onde treinar e está ajudando a salvar vidas. E daí, do nada, vão voltar e jogar jogos seguidos. Não é justo e mostra pouco da nossa solidariedade, como ser humano, de um momento tão sério. Talvez não entendemos o quão sério é. Se entendêssemos, acho que seria paralisado (o Brasileirão)”, encerrou.
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