Deputado Augusto Coutinho tem realizado a ponte entre Santa Cruz e presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, que presta consultoria ao clube
Sem calendário até o início de 2025, o Santa Cruz vive em seus bastidores intensas movimentações no sentido de tentar finalizar a conversão do modelo associativo em SAF ainda em 2024. Por isso, dois atores externos ao clube têm ajudado neste processo para que o Tricolor se estruture e possa analisar as propostas que melhor se encaixem para uma reestruturação futura.
Assim, os nomes do deputado federal Augusto Coutinho e do presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, ambos torcedores do Santa Cruz, têm ganho espaço nos bastidores da Cobra Coral. Presentes na consultoria ao executivo do clube, os dois têm orientado a cúpula coral a adotar uma postura cautelosa para iniciar as negociações.
“Na verdade, a gente está aguardando, pois sabemos que esse negócio de SAF, na minha opinião, é muito sério. Você não pode estar fazendo SAF se o investidor não tiver uma estrutura econômica financeira consolidada para fazer aporte de recursos. Afinal, são muitos nesse mundo que eu diria que são aventureiros. Por isso, acho que a gente está em um bom caminho”, explicou o parlamentar.
Apesar do clube já contar com duas propostas de investidores em mãos, Coutinho aponta que este não é o momento para pressa. Por isso, o deputado destacou a importância da consultoria que vem sendo prestada pelo presidente do BRB ao executivo coral. Além disso, ainda assinalou com a possibilidade de Costa buscar a prospecção de parcerias até mesmo de fora do país.
“Essa questão da SAF ainda é muito superficial. Eu fiz o contato com o Paulo Henrique (Costa), que é um cara de fato muito respeitado, um profissional muito qualificado e ainda mais pernambucano e tricolor. Ele disse que gostaria me ajudar nessa questão da SAF do Santa Cruz pelo conhecimento que tem na área”, pontuou Coutinho.
“Então, isso que foi feito. A gente mandou inicialmente os documentos através do presidente Bruno (Rodrigues), que enviou na semana passada toda a estrutura da recuperação judicial do Santa Cruz e os balanços financeiros. Assim, ele (Costa) ficou de analisar para apresentar as melhores alternativas, inclusive, de parcerias de fora do país. É verdade (que existem as duas propostas em mãos), mas quem trata disso é apenas o presidente (Bruno Rodrigues)”, complementou.
O deputado ainda fez questão de destacar o potencial do Santa Cruz para despertar o interesse do público investidor mesmo vivendo a temporada mais curta de sua história. Segundo ele, esse cenário pode ser favorável para o grupo investidor, mesmo que tenham de lidar com uma série de problemas de urgente resolução.
“Eu acho que o Santa Cruz deve ser facilmente absorvível por uma SAF que tenha poder econômico para fazer um aporte financeiro. Eu digo isso diante do que o clube deve em proporção ao potencial que tem, especialmente da sua torcida. Eu acho que ela por si só já desperta o interesse no negócio mesmo em um momento que é desfavorável para o clube como agora”, ponderou.
“Porém, sabemos que são mais de nove meses sem ter calendário, uma estrutura grande para pagar, patrimônio pra manter e você não pode contar com os sócios. Infelizmente, muita gente deixa de pagar e a renda do clube cai bruscamente quando o clube está nessa situação. O estádio não fatura, pois muitos donos de camarotes não pagam as anuidades, as cadeiras não são vendidas e o bar não funciona. Enfim, é uma série de problemas”, refletiu Coutinho.
Por fim, Augusto Coutinho sublinhou a necessidade de fazer a escolha certa entre os parceiros que possam surgir para o Santa Cruz. Além disso, destacou que o processo precisará ser transparente e contar com o apoio da torcida para que culmine em uma reestruturação da Cobra Coral.
“A gente vê muito aventureiro nesses episódios e na atual condição que o Santa Cruz se encontra, a gente não tem direito de errar. Tem de acertar. Então, o que podemos fazer é tentar encontrar um bom parceiro, fazer uma coisa transparente para que todo mundo possa acompanhar como será feito. Eu estou animado e otimista, pois sei que o Santa Cruz é maior do que tudo isso que ele está vivendo hoje”, concluiu.
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