Lateral do Levante-ESP foi convocada pelo técnico Arthur Elias para os últimos jogos da Seleção Feminina antes das Olimpíadas
Natural de Pau do Ferros, interior do Rio Grande do Norte, a lateral-direita Antônia não chegou a atuar no futebol nordestino ao longo da carreira profissional. Agora, com os amistosos da Seleção Feminina no Recife e em Salvador, tem a oportunidade de retornar a sua região natal com a camisa da Amarelinha.
Em coletiva na tarde desta quarta-feira (29), a atleta contou, com um sorriso no rosto, sobre a emoção “diferente” de voltar ao Nordeste, agora com sonhos já realizados, e revelou que terá um apoio a mais nas arquibancadas: a família.
“Desde que saiu a notícia os amistosos seriam no Nordeste, eu fiquei feliz. É muito bom receber esse carinho da torcida, principalmente depois da noticia do Brasil como sede para a Copa do Mundo de 2027. Hoje, eu vejo uma Antônia muito realizada, já alcancei muitos sonhos que tinha de pequena. Então, vejo uma Antônia evoluída, mas não satisfeita ainda. Quero conquistar títulos ainda, inclusive com a Seleção Feminina”, iniciou.
“Cada vez que eu visto essa camisa é um peso muito grande. Até cheguei a falar que estar aqui no Nordeste é uma emoção diferente, um sentimento muito especial para mim. Quando eu sai daqui, foi para buscar meus sonhos e hoje eu voltei já realizando ele, o que me faz querer crescer cada vez mais. É uma emoção muito grande poder ter o apoio da torcida e da minha família. Sempre que temos amistosos no Brasil, eu tento trazer minha familia e agora, como é mais perto da minha terrinha, eles vão estar todos aí”, acrescentou a atleta do Levante, da Espanha.
Os amistosos fazem parte da reta final da preparação da Seleção Feminina antes das Olimpíadas de Paris e são também um reencontro com um adversário difícil na Copa do Mundo de 2023. Na Austrália, Brasil e Jamaica ficaram no empate sem gols na fase de grupos, resultado que dificultou a classificação brasileira ao mata-mata.
Antônia reconheceu que o reencontro com a Seleção Jamaicana traz uma lembrança ruim, mas frisou que o foco está no presente, sobretudo num momento de alta competitividade antes da seleção das atletas para Paris 2024.
“Realmente é um amistoso que nos faz lembrar uma coisa que foi ruim (empate na Copa do Mundo), mas acredito que temos que viver do futuro e que esse jogo não vai servir por ser a Jamaica ou por ter uma lembrança ruim. Acredito que é mais pela forma que foi, da gente não ter conseguido o objetivo, que era ter feito o gol. Esse amistoso serve para aprimorar os erros contra equipes que geram essa dificuldade por estarem mais fechadas, principalmente pensando no futuro, nas Olimpíadas”, pontuou.
“É a última oportunidade para o Arthur, últimos jogos antes das Olimpíadas e ele precisa, se tiver novas ideias, testar nesse momento. Para nós, não há dificuldade alguma, só torna mais competitivo e com qualidade maior. E só mostra o quanto o Brasil vem crescendo em relação a atletas. São 26 atletas de uma mistura muito grande de gerações, o que é muito importante”, completou a atleta da Seleção Feminina.
Amistosos de Brasil x Jamaica
A primeira partida acontece já neste sábado (1º), às 17h, na Arena de Pernambuco. Confronto que deve marcar o maior público da Seleção Feminina em solo nordestino. De acordo com a última parcial divulgada pela CBF, o estádio deve receber mais 20 mil torcedores.
Os compromissos da equipe no Nordeste seguem até o próximo dia 4, quando novamente enfrenta a Jamaica. Desta vez, em Salvador, na Arena Fonte Nova, às 20h.
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