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Calendário enxuto, projeto e brasileiros no elenco: diretor explica motivos para levar ex-jogadores do Náutico para o Tacuary

Náutico, PE, Série C, Últimas

Por Clauber Santana

Por Clauber Santana

Postado dia 19 de julho de 2024

Clube paraguaio tem no elenco o goleiro Vagner e o lateral Victor Ferraz, e acertou com o volante Jean Mangabeira

O Tacuary ainda é um clube modesto no Paraguai e pouco conhecido para os brasileiros. Mas tem chamado a atenção dos torcedores pernambucanos, principalmente os do Náutico por uma movimentação de mercado. Recentemente, a equipe contratou três ex-atletas alvirrubros.

O mais novo reforço da equipe foi Jean Mangabeira, que obteve a rescisão indireta para deixar o Timbu. O goleiro Vagner saiu do Náutico em maio e foi anunciado pelo clube na última semana. Já Victor Ferraz chegou ao futebol paraguaio no início da temporada após não renovar com o Alvirrubro.

Apesar de ser um time de 100 anos, o Tacuary nunca foi campeão nacional e tem títulos apenas na Segunda Divisão, em 2002, e na Terceira Divisão, em 1953, 1961, 1983 e 1989. Diante deste cenário, o que pode atrair um jogador a assinar com o Gigante de Barrio Jara?


O primeiro fator importante para entender esse movimento é que o diretor executivo de futebol do clube, Brenno Lucena, foi analista de desempenho do Náutico e conhece os jogadores alvirrubros. Porém, outras estratégias também são utilizadas pelo dirigente para convencer os atletas.

“Nosso principal argumento é o projeto. Temos feito todos os investimentos para o clube se firmar como formador, vendedor e vencedor no cenário do futebol paraguaio. Apresento os investimentos que estamos fazendo e não apenas no elenco, como também na estrutura. Acredito que isso passa confiança aos atletas. A questão de ter profissionais e jogadores brasileiros ajuda porque eles se sentem acolhidos. E tem outros pontos. Estamos localizados em Assunção, capital do Paraguai. Uma cidade tranquila, limpa e agradável. O nosso campeonato é enxuto com relação ao calendário brasileiro e jogamos apenas uma vez por semana. Isso acaba atraindo os jogadores”, explicou Brenno Lucena.

Com o investimento nesta temporada, o Tacuary busca voltar para as competições internacionais – a última foi a Sul-Americana, em 2023. Para isso, precisa ter um bom desempenho no Campeonato Paraguaio. No Apertura, o time ficou na 8ª colocação. A estreia no Clausura será contra o Libertad, neste sábado (20).

“O Tacuary hoje não é um dos maiores do Paraguai. Precisamos respeitar o Olimpia, Cerro Porteño, Libertad e o Nacional, que já foi finalista da Libertadores. Mas a gente tem ambição de se firmar no futebol paraguaio. Temos investido em diversas áreas para ser um clube sustentável e competitivo. Não será do dia para a noite que vamos nos tornar uma instituição grande e vencedora, mas é por isso que trabalhamos todos os dias. É um projeto a médio e longo prazo”, completou o dirigente.

Além dos ex-alvirrubros, o elenco do Tacuaryi conta com outros dois brasileiros: o zagueiro Helerson, ex-Confiança e Botafogo; e o atacante Valdeci, formado no Ferroviário e com passagens por Coritiba, Resende e Horizonte-CE.

Acerto com Jean Mangabeira

No caso de Jean Mangabeira, o acerto foi rápido. Um dia após a saída do Náutico, o volante foi anunciado pelo Tacuary. De acordo com o dirigente, as conversas iniciaram após a decisão da Justiça e o bom relacionamento do atleta com ele facilitou o acordo para superar a concorrência.

“O primeiro contato aconteceu só após a liberação do atleta. Antes disso, não tinha tido nenhum tipo de conversa, nem sobre o processo e nem para vir para o Tacuary. Quando ele conseguiu a liberação, ficamos cientes através das redes sociais e, pelo nível de proximidade que tenho com o Jean, o acerto foi rápido. Ele tinha outras ofertas, mas pela confiança que tem em mim e por ter jogadores que já conhecia, conseguimos atravessar a negociação para contratar o atleta rapidamente”, explicou. 

Saída do Náutico e a nova função

Brenno Lucena foi analista de desempenho do Náutico por duas vezes. Na primeira saída, foi para o Paysandu e, na sequência, acertou com Tacuary para ser scout. Em 2022, retornou ao Timbu, mas deixou o clube no ano seguinte ao receber a proposta do time paraguaio para ser diretor executivo de futebol.

“Minha primeira passagem foi como chefe do scout para construir uma metodologia de mercado. Formatar perfil de atleta, elenco, formação de jogadores e até formatação de negócios. Conseguimos fazer um trabalho bacana. Quando chegamos, o time estava em último e terminou o ano classificado para a Sul-Americana. Fui para o Náutico e depois voltei como executivo”, disse.

“As experiências como analista, scout e assistente técnico foram importantes para exercer essa função agora, que é mais na área de gestão. Por ter estado em campo, consigo ter esse diálogo mais próximo com o treinador e os jogadores. Facilita nosso relacionamento no dia a dia. Ajuda também com relação ao mercado e da base de dados que vem da parte de scouts”, pontuou.

A comissão técnica do Tacuary tem ainda Matheus Carneiro, scout e que foi analista de desempenho do Náutico.

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