A pernambucana disputa cinco provas em Paris e tem chances de ultrapassar a marca de quatro medalhas de ouro
Carol Santiago foi um dos nomes mais lembrados nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, em 2021. Três anos depois, a nadadora segue firme na caminhada para se tornar uma das maiores paratletas do país. Ao conquistar a medalha de ouro nos 100m costas classe S12, neste sábado (31), a pernambucana igualou a Ádria Santos como a maior campeã paralímpica do Brasil.
Ao saber a informação de que entrou de vez no panteão das grandes paratletas do país, Carol comemorou e disse que tudo é fruto de muito trabalho. Ela reforçou que é uma grande honra dividir o mesmo título com Ádria.
“Eu encaro isso como uma grande satisfação em fazer parte desse grupo seleto de grandes nadadores paratletas brasileiros. E chegar a isso não estava nem nos meus pensamentos, mas isso é fruto de um trabalho muito sério que a gente vem fazendo e construindo. A gente fez a coisa certa e conseguimos conquistar coisas importantes. Eu sou fã da Ádria e chegar junto, nossa, é uma honra”, disse a paratleta.

Fotos: Silvio Ávila/CPB
Ao descrever como sentiu a prova, Carol falou que foi muito diferente estar nas águas com a presença da torcida. Em Tóquio, por conta da pandemia da Covid-19, o público não pôde assistir de perto. A nadadora detalhou que o nervosismo passou quando tomou a vibração dos torcedores para si, como se todos estivessem torcendo por ela.
“Eu tô muito feliz, a prova foi incrível. A gente testou algumas coisas de manhã e tudo o que o meu técnico pediu para eu fazer, eu vim e fiz de tarde. Deu certo, foi a melhor natação da minha vida. Estou satisfeita e só tenho que agradecer ao Comitê Paralímpico por proporcionar a melhor qualidade de preparo para mim para que eu viva esse momento incrível”, iniciou Carol.
“Nem sei descrever. Eu entrei, tive uma francesa na minha série e a torcida estava muito agitada. Eu só pensava ‘eles estão torcendo para mim’ para não ficar tão nervosa e deu certo”, disse a nadadora.
Essa foi a primeira medalha de ouro conquistada por Carol nas Paralímpiadas de Paris. Na prova, ela conseguiu bater o recorde das Américas com o tempo de 1min08s23.
A pernambucana tem cinco provas a serem disputadas nos próximos dias. Inclusive, vai defender os títulos dos 50m livre, 100m livre e 100m peito, conquistados em Tóquio. A expectativa é que Carol se isole como a maior medalhista de ouro do Brasil entre as mulheres.
*Com informações de Juliana Lisboa, de Paris
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