Mandatário coral destacou cautela para encontrar modelo correto de SAF e fazer o melhor negócio para o Tricolor
O presidente do Santa Cruz, Bruno Rodrigues, participou de entrevista coletiva nesta terça-feira (8), onde apresentou a consultoria Alvarez & Marsal como parceira do clube no processo para se tornar SAF. Em meio a isso, o Tricolor vive um período “apertado” por conta da recuperação judicial (RJ) que o clube se encontra desde 2022, mas, ainda assim, o mandatário enxerga o clube como o “melhor negócio do futebol brasileiro”.
O Santa Cruz não tem caixa, nem geração de caixa, para conseguir pagar os credores por conta própria, enquanto um clube associativo. Só a instituição da SAF, hoje, é capaz de poder pagar todas suas dívidas, orçadas em R$ 305 milhões. Vale lembrar que, com a recuperação judicial, o Tricolor não tem suas contas bloqueadas para o pagamento de dívidas.
Porém, o Mais Querido sabe da necessidade de chegar a um acordo sobre se tonar um clube-empresa para voltar a crescer institucionalmente e ter maior poderio financeiro. Assim, Bruno Rodrigues enxerga que, mesmo com essas situações, o Santa Cruz é “o melhor negócio do futebol brasileiro” para qualquer investidor, devido ao potencial que o clube tem em patrimônio, torcida e história.
“Estamos na RJ com prazos cada vez mais apertados e SAF vem para sanar esse problema. A gente não gera caixa para fazer uma proposta de pagamento aos credores dentro da RJ. É uma coisa que vai acontecer em paralelo. Eu confio muito na empresa, até pela relação deles no mercado. Eu tenho certeza absoluta que o melhor negócio do futebol brasileiro é investir no Santa Cruz”, iniciou o mandatário.
“Com a capacidade da empresa de trazer investidores e fizermos uma SAF robusta, com condições de levar em frente vamos conseguir desdobrar e resolver essa questão. Evidentemente a gente não poderia ficar parado, porque essa questão da SAF é um desejo de quase toda a totalidade da torcida do Santa Cruz. Para nós, administradores, é a única saída viável para equalizar a saúde financeira do clube”, acrescentou.
Cautela para SAF do Santa Cruz sair do papel evita arrependimentos, diz presidente
Outro ponto destacado por Bruno Rodrigues é que há uma preocupação em chegar ao melhor negócio possível para o Santa Cruz. De acordo com ele, houve propostas na mesa do clube ainda no primeiro semestre deste ano. Entretanto, não era o caso de assinar, porque “estaria arrependido hoje”.
“Também é importante frisar que passamos o ano todo nos comunicando com a torcida, mostrando que tínhamos uma preocupação de conseguir o melhor parceiro. E hoje conseguimos. A lei da SAF é muito recente, de 2021. Foram feitas várias SAFs no Brasil afora, muitas deram certo e outras errado. Nosso entendimento foi de sermos muito zelosos na contratação desse assessoramento”, destacou.
“Tivemos a possibilidade no primeiro semestre de assinar com algumas outras empresas, mas tenho certeza que estaria arrependido hoje. Não estamos atrasados. O momento certo da parceria foi agora, depois de avaliar todo o mercado”, pontuou Bruno Rodrigues.
“A empresa (Alvarez & Marsal) já tem seu departamento ligado aos esportes, com o futebol sendo o carro chefe, e tenho certeza que o momento correto foi esse, onde conseguimos trazer uma empresa líder mundial para fazer esse trabalho com o Santa Cruz”, encerrou.
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