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Presidente da FPF critica presença do Mirassol na Série A e defende ‘blindagem’ da competição: “Não é lugar de time pequeno”

PE, Série A, Últimas

Por Portal NE45

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Postado dia 11 de dezembro de 2024

Mandatário usou o caso do Santa Cruz para defender sua ideia e também explicou a situação do Retrô

O presidente da Federação Pernambucana de Futebol (FPF), Evandro Carvalho, expôs fortes opiniões sobre o atual formato da Série A. Em entrevista ao canal DePrimeira com Beto Lago, o mandatário questionou a participação do recém-promovido Mirassol na competição, e sugeriu travas de segurança para “blindar” a Primeira Divisão nacional.

“Não tenho nada contra o Mirassol, conheço a cidade, mas o que é que danado o Mirassol vai fazer na Série A? Quem é que vai pagar, quem é que vai investir, quem é que vai assistir o Mirassol jogando Série A? Mirassol não é clube de Série A. Clube de Série A é Flamengo, Corinthians. Em segunda escalão, Paysandu, Remo, Santa Cruz, Sport”, pontuou o presidente.

“Eu não tenho nada contra clube de empresário, mas deveríamos ter regras, como tivemos na época de Ricardo Teixeira. Em determinado ano, o Santa Cruz caiu, naquela época que tinham 60 clubes na Série A. Mas voltou como? Porque era o clube que dava renda. Então nós deveríamos ter travas de segurança que fizessem com que a Série A fosse blindada para você privilegiar. As pessoas acham isso errado, acham que é politicamente incorreto, mas eu sou pragmático”, destacou.


Evandro Carvalho - FPF - Sport - Santa Cruz - Náutico - Foto: Divulgação/FPF

Evandro Carvalho, presidente da FPF. Foto: Divulgação/FPF

Além de sugerir uma Série A mais “privilegiada”, com regras contra os chamados clubes de empresário, Evandro também defendeu uma forma de beneficiar as equipes que, segundo ele, davam mais renda. O mandatário seguiu dando o exemplo do Santa Cruz que, neste momento, disputa a Quarta Divisão, e também destacou times como Remo e Paysandu, que estão na Série B.

“Série A não é lugar de time pequeno, de time sem bandeira, sem história, sem tradição. Qual a chance que eu vou ter de colocar Paysandu e Remo? Eles eram para estar jogando a Série A, dá 40 mil pessoas no campo. Não interessa se o clube está bom, está ruim. Ele entra ruim, mas depois melhora. Santa Cruz tem que jogar a Série A, o que o Santa Cruz está fazendo em Série D? ‘Não, mas ele desclassificou-se’, idaí? Mas dá público, dá renda, não interessa”

Presidente da FPF sobre o caso do Retrô

Após expor sua opinião, Evandro foi questionado sobre o caso do Retrô, equipe pernambucana que, apesar de vir em uma ascensão nos cenários estadual e nacional, ainda é um clube recém-criado e que galga seus primeiros passos no futebol brasileiro.

“O Retrô coloca três mil pessoas em campo. O último jogo deles foi três mil e tantas pessoas em campo. Nós estamos em um programa de associados. Tem estrutura, tem sócio. O Mirassol acho que só presidente torce”, disse o mandatário.

Após repercussão nacional, FPF divulga nota explicando falas de Evandro Carvalho

Após a repercussão nacional da entrevista de Evandro Carvalho ao canal DePrimeira com Beto Lago, a Federação Pernambucana de Futebol (FPF), divulgou uma nota de esclarecimento sobre as falas do mandatário:

A Federação Pernambucana de Futebol esclarece que o presidente Evandro Carvalho não possui qualquer objeção a clubes emergentes, sejam constituídos como entidades associativas tradicionais ou no formato de clubes-empresa. Pelo contrário, reconhece o mérito técnico e a contribuição dessas equipes, como é o caso do Mirassol e outros clubes, que têm demonstrado grande competência e evolução no cenário futebolístico.

A posição defendida pelo presidente, no entanto, é de que o futebol brasileiro deveria contar com um modelo que preserve e valorize as grandes marcas, clubes históricos que, ao longo de décadas, construíram a identidade e a grandeza do nosso futebol e que possuem milhões de torcedores. Esses clubes são representações sociais e culturais fundamentais e são essenciais para a perpetuação da força do futebol nacional.

Reiteramos que a visão institucional é a de equilíbrio, que possibilite tanto a valorização das grandes marcas históricas quanto o estímulo ao desenvolvimento de novos clubes que contribuam para a evolução do futebol brasileiro.

Federação Pernambucana de Futebol

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