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Candidato da oposição, Rafael Arruda promete grande investimento no futebol feminino, fala sobre novo projeto de Retrofit e promete fim dos “abnegados” no Sport; confira entrevista completa

Sport, PE, Últimas

Por Pedro Maranhão

Por Pedro Maranhão

Postado dia 12 de dezembro de 2024

Candidato da oposição busca tirar o atual presidente Yuri Romão do cargo

Rafael Arruda, candidato da chapa de oposição “Leões Pela Mudança”, busca superar o atual presidente e candidato da situação, Yuri Romão, nas eleições do Sport, marcada para acontecer no próximo dia 16 de dezembro. Um dos lemas do grupo, inclusive, é “conduzir o Sport Club do Recife rumo à profissionalização plena e ao fortalecimento sustentável”.

Advogado, pós-graduado em Negócios no Esporte e Direito Desportivo, Rafael Arruda foi auditor do Tribunal de Justiça do Futebol de Pernambuco (TJD-PE). Chegou à Presidência da Segunda Comissão Disciplinar e é formado em curso de gestão da CBF, além de ter experiência no Vitória das Tabocas, onde foi diretor e exerceu outras funções.

Em entrevista exclusiva ao NE45, o candidato da oposição falou sobre mudanças profundas no departamento de futebol, afirmou que terá um grande investimento no futebol feminino, além de criticar a comissão eleitoral do clube, que tornou seu adversário Yuri Romão apto, indo de encontro com o estatuto de clube, segundo Rafael.


Kadico Pereira, Rafael Arruda e Ricardo de Sá Leitão, na ordem - Foto: Leões Pela Mudança/Sport

Kadico Pereira, Rafael Arruda e Ricardo de Sá Leitão, na ordem – Foto: Leões Pela Mudança/Sport

Sabatina com o candidato a presidência Rafael Arruda:

Quem é Rafael Arruda e por que ele quer ser presidente do Sport?

Sou advogado, empresário, professor universitário e trabalhei com futebol há um tempo, no Vitória das Tabocas, onde eu era responsável pela área jurídica, sistema de gestão de atletas, confecção de contratos de trabalho, empréstimo, compra e venda de atletas. Todo o sistema de gestão da CBF, por exemplo, eu era o responsável. Participei, durante algum tempo, na montagem do elenco, contratação de treinador, contratação de atleta, gestão de vestiário.

E clube do interior, você geralmente acaba fazendo de tudo, é um aprendizado gigantesco. Paralelamente a isso, fiz cursos de gestão de futebol, tanto na CBF, como na CONMEBOL. Curso de pós-graduação em negócios no esporte e direito desportivo, além de já ter sido conselheiro do Sport. Fui auditor do Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol de Pernambuco, onde cheguei a ser o presidente da segunda comissão. 

Na realidade, fui convidado por vários grupos da oposição para ser o candidato a presidente do Sport. Foi uma grata surpresa, uma surpresa bastante positiva para mim, porque já vinha me preparando, pensando no futuro, visando esse cargo em um futuro próximo. O convite veio quando o clube ainda estava disputando a Série B. E quando aceitei, deixei bem claro que não recuaria em momento algum e seria candidato com o time disputando a primeira ou a segunda divisão.

O Sport ganhou o Estadual, chegou longe no Nordestão e na Copa do Brasil, mas não garantiu o acesso de forma tranquila. Pode fazer um balanço de 2024?

O que faltou foi gestão de elenco. Foi feito um elenco no início do ano, trouxeram vários jogadores, a maioria veio no início, e não chegou nenhum reforço de peso durante a competição. Tivemos aquela pequena janela de transferências para a contratação de atletas, e não vieram grandes reforços, perdemos alguns jogadores, e não houveram peças de reposição à altura dos jogadores que saíram. Tanto que chegamos na final do campeonato sem um camisa “9” titular.

Tivemos a ausência do Gustavo Continho, a lesão do Zé Roberto, e no jogo da Chapecoense, teve que se mudar todo o esquema tático por conta da ausência desse “9”. Tínhamos o Dieguinho, um jovem promissor, mas o que se foi dito é que o atleta não tinha ainda a condições de jogar, não estava preparado para disputar uma Série B. Passamos o campeonato quase todo com um lateral-esquerdo jogando na lateral-direita, improvisado.

Apesar que Igor Cariús, começou a sua carreira como lateral-direito, mas há muito tempo já joga na esquerda e foi contratado como lateral-esquerdo. Terminamos o campeonato com quatro laterais esquerdos, dois laterais direitos, que praticamente não foram utilizados, seja por lesão ou talvez até por deficiência técnica ou física, não sei, mas não foram aproveitados. Isso repercutiu nessa reta final do campeonato, onde, mais uma vez, o clube quase não sobe.

Saiu do G-4 como no ano passado, na 36ª rodada, até uma coincidência enorme, e esse ano tivemos a nosso favor o fator sorte. Digo o fator forte porque fomos para a última rodada dependendo de tropeços dos adversários e o que não aconteceu no ano passado, aconteceu esse ano. O Novorizontino não conseguiu fazer o seu papel, tropeçou contra o Goiás e, felizmente, conseguimos esse acesso à Série A.

Em relação ao departamento de futebol, qual a formatação ideal? Utilizaria diretores abnegados, ou apenas remunerados? Executivo?

Pensamos na profissionalização total dentro do Sport, tanto no futebol, como em todos os setores do clube, passando pelo marketing, comercial, social, jurídico, todos profissionais do mercado, com expertise na área, que trabalhem única e exclusivamente pensando no clube. Trabalho full time, onde vão ser colocadas metas a serem cumpridas. Essas metas precisam ser batidas toda semana, e a cobrança vai ser grande para que essas metas sejam atingidas. 

Caso o profissional de determinada área não esteja cumprindo as metas que foram expostas, vai ser substituído e vamos tentar trazer outro profissional para que o Sport consiga alcançar voos ainda mais altos. Falando do futebol, nós não concordamos com abnegados, mas com pessoas que estejam ali para ajudar. Tem que ser pessoas que trabalhem 24 horas pensando no clube. E essa é a profissionalização que a gente vai trazer.
Já estamos conversando com executivos de futebol, com nomes que já até passaram aqui no Sport, tem outros que são daqui do Brasil, que já passaram em grandes clubes do futebol brasileiro, como um que acabou de sair de um grande clube da Grécia. Conhece muito o futebol europeu, tem o conhecimento de um mercado que aqui no Brasil não é muito explorado, mas na Europa é explorado demais e tem grandes jogadores, que é o mercado africano.
Se você observar os grandes clubes europeus, todos tem atletas africanos atuando como titulares em alto rendimento, as seleções europeias tem jogadores naturalizados jogando em alto rendimento, e nós vamos ter um carinho e uma atenção para esse mercado. Também estamos em contato com três gerentes técnicos,  isso aqui é aquele que vem para fazer a gestão do elenco, a gestão de vestiário, conversar com o elenco e levar essa demanda para o executivo de futebol. 
E essa profissionalização passa também pelo futebol de base, com executivo de futebol também, gerente técnico e com futebol feminino, todos tendo a mesma estrutura. Vamos ter o setor de inteligência com o profissional de Scout, o analista de mercado e o analista de desempenho, que vai trabalhar em cima do nosso elenco, dos adversários e o outro prospectando atletas que possam vir a atuar no Sport.

Você já falou em outras entrevistas que em caso de vitória, manteria o técnico Pepa. É um nome que agrada sua chapa?

Com relação ao Pepa, em todas as entrevistas e locais que estamos passando, somos enfáticos em dizer que o treinador só não fica no clube, em caso da nossa vitória, se não quiser. Isso é importante dizer para dar segurança ao treinador, para deixar ele com tranquilidade de fazer o trabalho vem sendo feito. Já foi dito que ele estava buscando aproximadamente 10 atletas para o elenco, não sei quais são os atletas porque nós não conversamos, não entramos em contato com ele.
Mas para deixar ele tranquilo e continuar trabalhando, se nós formos os vencedores da eleição, vamos sentar com ele e analisar os nomes que ele indicar, junto com os nomes que o executivo de futebol vai trazer, nosso analista de mercado, e a pessoa do Scout, já estão fazendo algumas prospecções de jogadores para o Sport, mas tudo vai ser pensado e trabalhado no que o treinador pediu, no que o treinador acha que seria necessário.
Hoje é unânime que precisamos de um camisa nove. Terminamos o campeonato com Gustavo Coutinho voltando de lesão, Zé Roberto passou por uma cirurgia no joelho, vai passar um tempo fora, então precisamos desse “9”. Outra posição bem carente que nós precisamos resolver é a lateral direita. Isso é unânime e estamos trabalhando nisso, tanto que os executivos que conversamos sabem dessa deficiência e já estão pensando em nomes para apresentar o nosso treinador. 
Técnico Pepa, do Sport

Foto: Paulo Paiva/SCR

Muito se fala sobre o Retrofit da Ilha do Retiro, mas o que a oposição pensa? O projeto atual agrada vocês? Quais seus planos sobre isso?

Sempre falamos que somos pautados na transparência, e queremos fazer uma gestão participativa onde o torcedor e o associado do clube tenham voz. Nós iremos analisar a fundo esse projeto Retrofit, achamos que tem um valor muito alto. Foi dito pela gestão atual que, todo o projeto, giraria em torno dos R$ 620 milhões para reformar todo o complexo Ilha do Retiro, quando falo complexo Ilha do Retiro, falo sobre toda a área do Sport.

Nós comparamos com o projeto que está sendo feito em parceria com a WTorre na Vila Belmiro, onde vai ser derrubado tudo e vai ser construído outro estádio do zero. Uma nova arena lá, com capacidade, se não me engano, para 31 mil pessoas, no padrão FIFA, muito moderna, além de um Shopping Center e estacionamento com quatro pavimentos, terá um custo de 400 milhões. E a gente sabe que esse mercado de construção em São Paulo são bem mais altos do que o daqui.

Um prédio de 35 pavimentos, como foi dito que iria ser construído e alugado, com o preço do aluguel pagando a obra. Mas quem será esse investidor? É o clube que vai investir? Já tem alguma empresa parceira para investir? O único clube, salve engano, que construiu a sua arena com recursos próprios foi o Athletico-PR, na Arena da Baixada. Todos os outros estádios foram feitos através de parcerias.

Tem aí a WTorre, que nós temos uma facilidade de acesso, eles fizeram o Parque Antártica, está aí no projeto junto com o Santos, está também no projeto junto com a Ponte Preta. Então nós iremos conversar com eles, iremos conversar com investidores. Primeiramente, analisar o projeto que está aí, ver se tem algum investidor interessado, fazer um novo projeto de Retrofit, na forma que achamos que seria o ideal, junto com um parceiro e um projeto de uma nova arena.

Pegar esses três projetos, mostrar os custos, o prazo de construção, os prós e contras, e abrir uma votação para o associado do Sport escolher o que acha que deve ser melhor para o complexo da Ilha do Retiro. Porque decisões como essa, que afetam todo um patrimônio do clube, não deve ser tomada dentro de uma sala fechada com cinco, seis pessoas. Isso deve ser bem pensado. O clube não pertence ao presidente, que está ali de forma transitória no período máximo de dois exercícios. 

Em caso de uma nova reforma na Ilha do Retiro, o Sport terá que jogar na Arena de Pernambuco. O que você pensa sobre essa possibilidade?

Em caso de reforma, o clube tem que mandar seus jogos na Arena de Pernambuco. É um estádio de Copa do Mundo, moderno, de excelentes acomodações. O que atrapalha um pouco é a questão da mobilidade. Agora, por quê? Aqui no Brasil, e principalmente no Nordeste, e em Pernambuco, só se é trabalhado o jogo de futebol. A única atração naquele dia é o jogo. A torcida sai praticamente toda no mesmo horário para ir para o estádio e quando acaba, saem no mesmo horário.

A via e o tráfico não foram comportadas para aquela quantidade enorme de pessoas no mesmo horário. Tem que se pensar na Arena de Pernambuco, se pensar no Match Day, como é feito nos Estados Unidos, por exemplo. É se pensar no dia do jogo. O evento é o dia. Vamos vender o dia com atrações antes do jogo, áreas para vários públicos chegarem em horários diferentes e ter o que fazer. Antes, durante e após a partida.

Isso faz com que a torcida chegue em horários diversos, evitando o congestionamento na ida para o estádio, e na volta. Já pensamos nisso quando eu estava fazendo o curso o curso de gestão em negócios no esporte. Essa é uma área que debatíamos muito, pensávamos e discutíamos qual a dificuldade de isso ser implantado aqui no Brasil, e principalmente no Nordeste. Nós já temos um modelo em mente para implementar se vencermos as eleições.

Arena de Pernambuco - Sport - Foto: Divulgação

Arena de Pernambuco – Sport – Foto: Divulgação

Em entrevistas recentes, o atual presidente Yuri Romão afirmou que a dívida geral caiu bastante de 2022 pra cá. O clube também vive um momento de RJ. Como a oposição enxerga esse cenário de dívidas do Sport?

O que me preocupa é como estão os cofres do Sport. Não se tem muita transparência no que se acontece, e como é tratado esse ativo financeiro. Nós sabemos que foi feito junto a LFU (Liga Forte União), por exemplo, um adiantamento de 50 anos. É uma dívida que talvez eu não esteja mais aqui quando ela for cobrada. Também não se sabe o valor, primeiro disseram que era 20%, depois 10%, parece que só recebeu 7,5%. Não se sabe bem porque falta essa transparência.

Na compra de Gustavo Coutinho, por exemplo, soubemos detalhes da transação pelo Fortaleza. O dinheiro de Pedro Lima ia entrar agora, 60% do valor da venda e parece que já foi adiantado uma parte. Mas que parte? Qual foi o valor? Como foi esse adiantamento? Foi por um banco internacional? Qual banco? Qual é a percentual de juros que foi aplicado em cima desse adiantamento? Como vai ser a forma de pagamento? Tudo isso nós temos que analisar.

Esse dinheiro já foi gasto de alguma forma, ou está sendo investido pensando na recuperação judicial que vai começar a ser amortizada, e o clube tem que estar com essa previsão orçamentária para fazer essa quitação. Já saiu uma lista dos credores da recuperação judicial que eu ainda não consegui analisar, mas ainda vou pegar essa documentação e dar uma analisada porque nós sabemos que o clube está sem pagar esse passivo por conta da RJ.

Porém, esse passivo uma hora vai ter que começar a ser pago, e o clube tem que estar com essa previsão orçamentária organizada para que o pagamento seja feito da forma correta e todos possam vir a receber o que foi estipulado pelo judiciário, para que a RJ siga de forma plena e não haja nenhuma quebra, ou falha no pagamento, pois pode resultar numa bronca ainda maior para o Sport.

Após a reforma do estatuto, o Sport está apto para poder receber uma SAF. Para o seu grupo, qual o melhor modelo a ser implementado no clube?

Nós conversamos com uma empresa que intermediou a SAF do Botafogo, e que está intermediando a nova SAF do Vasco, intermediou também outras SAFs menores aqui no Brasil e intermediou SAFs no exterior. Começamos a ter o primeiro contato ainda na Série B, depois que o Sport voltou para a Série A tivemos uma nova reunião, porque facilita essa chegada de investidores e passamos o que pensamos da SAF.

Nós vamos observar esse estatuto que foi aprovado, pois ele tem previsão de SAF. É importante, mas ele não dá opção do associado escolher qual o melhor projeto para o clube, de chegar e dizer “não esse aqui é o melhor para o nosso clube”. A gente precisa fazer uma alteração nisso porque, como falei anteriormente, nós queremos uma gestão participativa no Sport, onde o associado tenha voz nessa conversa.

Demonstramos algumas ideias do que pensamos até porque, em todos os cursos que fiz, tive aulas sobre SAF. O pessoal que participou da legislação que criou a SAF, e o pensamento de um grande investidor estrangeiro, podendo ser no modelo multi-clubes, como Botafogo e Bahia, ou no modelo de um investidor solo. Desde que ele tenha uma expertise no mercado do futebol, e esteja querendo vir para o mercado brasileiro.

Colocamos que o patrimônio do Sport é inegociável, pois é um patrimônio centenário que nós não podemos nos desfazer, mas isso não quer dizer que o investidor não possa vir a investir no patrimônio. Colocamos uma condição de investimento no patrimônio, desde que o investidor chegue com melhorias, ou até se tornar parceiro nessa reforma da Ilha do Retiro, ou talvez na construção de uma nova arena, gerando mais receitas para o clube de uma maneira geral. 

Falamos também no investimento na nossa base, no CT, investimento na aquisição de atletas, pensando numa idade limite, até uns 25 anos de idade, para termos a condição de adquirir o atleta, colocar ele para jogar, e poder fazer uma venda no futuro, para trazer mais receita para o clube, investimento escalonado e crescente. Para o primeiro ano, pensando em disputar numa faixa salarial entre os 10 clubes do Campeonato Brasileiro, para chegar no topo da tabela.

O investimento também será feito no futebol feminino, para que o Sport possa lutar e figurar lá no topo. Então os intermediários estão em busca desses investidores, vão trazer algumas propostas para o clube, e iremos expor essas propostas para o conselho deliberativo e para a torcida.

Aprovado pelo conselho, isso iria para o associado, mostrando, explanando e demonstrando cada projeto, qual o investimento feito, quais os prós e os contras, para que o associado escolha. Isso é uma decisão que vai refletir na história do clube, então todo mundo precisa participar.

Como você tem enxergado o atual cenário político do Sport? Puxando também pelo fato da sua chapa não considerar Yuri Romão apto à disputar as eleições, e do membro do seu conselho que interpelou uma ação na justiça contra Yuri.

Você esteve lá na nossa coletiva, fez perguntas, e conseguiu ver que realmente nós não tínhamos a intenção que a eleição fosse judicializada. Da forma que foi, vai ser em prejuízo para quem vencer a eleição. Também fui ver a petição e eu estou como réu no processo. Nós conversamos o final de semana todo, pensando no futuro do Sport. E para o melhor do Sport, nós achamos que mesmo não concordando com a ação, a legítima chapa apta a disputar a eleição é a nossa.

Não tem nenhuma irregularidade, diferentemente da outra chapa que estão indo de encontro ao estatuto. Tentamos impugnar na comissão eleitoral, mas uma coisa que nós temos que fazer é uma mudança no estatuto para não deixar que fique se questionando decisões da comissão eleitoral. Visando que o presidente não possa escolher a comissão. Queremos que seja da forma mais imparcial possível, para que as decisões não fiquem sendo tão contestadas como estão sendo hoje.

Pensamos até entrar com um pedido junto ao Conselho Deliberativo, que é o guardião do estatuto, mas para não tardar mais a eleição e deixar um pouco de lado essa questão jurídica e eleitoral, nós pensamos em não atrapalhar o futuro, vamos falar apenas de projetos e deixar o associado escolher na urna quem merece comandar o Sport nos próximos dois anos. Sabemos que não dá para controlar todo mundo, na nossa chapa mesmo, foram vários grupos de oposição que se uniram.

Algumas pessoas concordaram em não judicializar, outras não, e uma delas resolveu judicializar. E falando em questão das chapas, como você perguntou, enquanto a situação está se desunindo, aqui na oposição eu vim para unir o máximo possível. Eu cresci escutando a máxima dentro do Sport, que é o Sport unido é imbatível. Então o máximo que eu puder fazer o Sport se unir, e o máximo que eu puder fazer para o Sport voltar a ser um time imbatível, eu farei.

Eleições do Sport - Foto: Sandy James/SCR

Eleições do Sport – Foto: Sandy James/SCR

Quais são seus planos para o futebol feminino, que também estará na elite em 2025, e para os esportes olímpicos, muitas vezes deixados de lado?

Nessa profissionalização que eu tanto falo, nós teremos o diretor executivo de futebol feminino, ou diretora, estamos já conversando com algumas pessoas, para fazer o Sport ser um clube vencedor no feminino. Eu tenho experiência prática nisso, quando lá no Vitória das Tabocas fomos o primeiro clube de Pernambuco a profissionalizar o futebol feminino, o primeiro a assinar contratos de profissional de atletas no futebol feminino, chegando lá no topo do ranking no Brasil.

Fomos vice-campeões brasileiro mais de uma vez, disputamos Libertadores da América, fomos base da Seleção Brasileira, tivemos recorde de gols marcados numa única partida e a artilheira que mais fez mais gols numa única partida. Isso falando no clube do interior do estado, onde a receita é bem escassa. Se já é pro futebol masculino, imagine como era pro futebol feminino. Mas se conseguimos fazer isso com tão pouco, imagina num clube com a magnitude que tem o Sport.

No Sport temos a Nira, que é uma guerreira, está comandando o futebol feminino do Sport desde o começo. Tenho uma relação de contato muito boa com Nira, mas hoje no futebol feminino tem relatos que as jogadoras participam das competições utilizando o uniforme antigo do time masculino. Isso tem que acabar, tem que ter uniformes para cada esporte. Com relação aos esportes amadores, vamos ter um diretor específico para os esportes olímpicos.

Temos que buscar recursos porque tem como se captar, até porque a exposição da marca, quando você consegue fazer essa captação através de um profissional experiente do mercado, você tem como ampliar essa entrada de receita e facilitar que isso venha para o clube. Porque o grande profissional, trabalhando para o clube de forma remunerada, ele mesmo se paga e ainda consegue trazer mais receita. Então prometo que vamos dar uma atenção forte para esses temas.

Você pensa em fazer mudanças nos setores de Marketing e Comunicação?

Nós vamos analisar cada profissional que tem dentro do clube, vamos trazer diretores do mercado que tem expertise para estar trabalhando 24 horas do dia, e pensando exclusivamente no Sport. Nós temos aí na comunicação, por exemplo, o Marcial Júnior, que é um cara competentíssimo, um profissional que eu tenho muita apreço com ele, conheço ele lá do começo da carreira dele, quando ele ainda estava lá em Limoeiro.

Meu pai ia buscar ele lá em Limoeiro para vir narrar jogos do Vitória, e conseguiu ser esse profissional que é. Temos outros grandes profissionais lá dentro também. Vamos analisar caso a caso, mas sempre na cabeça que temos que ter aquele profissional do mercado que tenha expertise, que conhece e que vai fazer o melhor trabalho e comandar a sua equipe pensando no resultado, nas metas que têm que ser atingidas e sempre buscando formas de receitas alternativas para o clube.

Para finalizar, gostaria que você mandasse um recado para o torcedor. O famoso “Pede voto”.

Peço a vocês, primeiramente, que acessem nossas redes sociais, no Instagram, no X, lá na nossa bio tem um link onde tem o nosso projeto com todas as nossas propostas. Dá uma baixada no processo, no projeto, leiam as nossas propostas, vejam se vocês estão de acordo com o que está ali. Ali não tem nada fantasioso, o projeto foi feito por várias mãos, dentro do que a gente tem a certeza que pode ser aplicado, de tudo que a gente já tem de experiência prática e teórica.

Nossa chapa é formada por quatro jovens, tem eu, que me apresentei, tem o nosso vice-presidente, o Matheus Souto Maior, que foi diretor de tecnologia do Sport, passando por vários presidentes, estava até pouco tempo na gestão atual, ele conhece tudo do administrativo do Sport. Temos o Ricardo Sá Leitão, servidor público, já foi vice-presidente do Conselho Deliberativo, já foi diretor, trabalhou na reforma estatutária anterior a essa atual.

Temos o Kadico Pereira, que é sobrinho neto do autor do nosso hino, um dos conselheiros mais atuantes que tivemos dentro do Sport, sempre ali trabalhando na articulação, onde chega faz amizade. Então essa é uma chapa de jovens torcedores, que tem experiência prática e se prepararam para estar aqui. Dessa maneira, peço a você, que vai no dia 16 votar. Vamos fazer esse movimento de democracia dentro do clube, vamos com um sentimento de paz e tranquilidade.

Leiam, pesquisem, analisem, vejam os projetos e vejam o que é melhor para o Sport. Posso dizer a vocês que estamos preparados, e espero que vocês entendam que o melhor para o futuro do Sport está na chapa 10. Então, dia 16, vá para a Ilha do Retiro com muita paz e amor do coração e vote na chapa do Leões pela Mudança, a chapa 10.

Rafael Arruda, com os membros da sua chapa - Foto: Leões pela Mudança

Rafael Arruda, com os membros da sua chapa – Foto: Leões pela Mudança

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