O presidente João Paulo afirmou que não emitiu notas frias e que não tem nada de irregular no Ceará
João Paulo Silva, presidente do Ceará, se defendeu após vir à tona a investigação da Polícia Civil do Estado do Ceará sobre a possível utilização do contrato com a casa de apostas Estrela Bet, ex-patrocinadora master do clube, para a emissão de mais de R$ 45 milhões em 85 notas frias no ano de 2023. A informação foi divulgada inicialmente pela Folha de São Paulo.
Antes de falar propriamente sobre o caso, o dirigente classificou a notícia sobre o inquérito policial, que corre em segredo de justiça e investiga uma suposta irregularidade fiscal no Vovô, como um “vazamento criminoso de dados que foi levado indevidamente à imprensa”. Para ele, o ato era planejado para ser realizado no dia das eleições presidenciais, com o intuito de interferir no resultado – que acabou por elegê-lo.
Através de um texto, publicado no site oficial do Alvinegro de Porangabuçu, João Paulo negou veementemente a emissão de notas frias. “Não foram emitidas notas fiscais frias, como equivocadamente diz a reportagem, e sim notas fiscais do clube que representavam os efetivos recebíveis pelo referido patrocínio, conforme contrato assinado entre as partes”, afirmou.
O presidente explica, ainda, que tais notas só foram emitidas porque o Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) não aceitava apenas o contrato de patrocínio assinado para antecipar os recebíveis desejados na época. Acrescenta que era necessária a apresentação das notas fiscais do valor do contrato.
“Somente por esse motivo elas foram emitidas. Nem mesmo o patrocinador solicita notas fiscais, além do que o clube goza de imunidade tributária”, disse.
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Sobre o cancelamento das notas, João Paulo explicou que o movimento aconteceu por não trazer nenhum efeito comercial ou fiscal para o clube. “Em face da desnecessidade tributária de emitir as notas fiscais, como dito anteriormente que somos imunes, resolvemos cancelá-las pois não teria nenhum efeito comercial ou fiscal”.
O presidente reconhece que o cancelamento das notas talvez não tenha seguido o procedimento adequado, mas pondera que “ninguém teve qualquer prejuízo ou ganho em face desse cancelamento”. “Todas as operações tinham meu aval pessoal como garantia, demonstrando que as operações foram feitas com responsabilidade e segurança”, completou.
“Não existe nada de irregular! Já visitei pessoalmente todas as autoridades, e deixei todos os meus contatos à disposição para quaisquer esclarecimentos. Sempre estarei à disposição da justiça. Sou uma pessoa séria e honesta”, finalizou João Paulo.
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