SDS afirma que Leão precisa implementar, a tempo, medidas de segurança cobradas pelo Estado para que punição seja revista
O presidente do Sport, Yuri Romão, afirmou nesta segunda-feira (3) que entrou com uma ação na Justiça para que o Leão possa ter público no jogo contra o Fortaleza, pela Copa do Nordeste, na terça (4). O mandatário leonino falou à TV Guararapes que esse mandado de segurança solicita que tenha torcida única no duelo.
Segundo Yuri Romão, a medida tomada pelo Governo de Pernambuco, de punir os clubes com cinco jogos de portões fechados, é ineficaz e o Sport e seu torcedor de bem está sendo punido injustamente por conta de criminosos.
Além disso, ele já tinha um acordo prévio com Marcelo Paz, presidente do Fortaleza, para que o jogo tivesse torcida única, para que pudesse minimizar a possibilidade de confronto entre organizadas. Tudo isso antes de acontecerem as cenas de violência extrema no último sábado (1).
“Medida inócua, ineficaz, que pune clubes e torcedores de bem e deixa de fora quem participou daquela barbárie. Para nós, que fazemos o Sport Club do Recife, a gente não aceita. Ingressamos com um mandado de segurança no Tribunal de Justiça de Pernambucano e aguardamos que a Justiça possa nos garantir o direito de termos público amanhã no nosso estádio contra o Fortaleza”, disse Romão.
“Já havíamos tratado com o presidente Marcelo Paz, do Fortaleza, e com os presidentes das federações de ter torcida única amanhã e isso foi acertado. Assinamos um acordo e foi protocolado junto à CBF. Amanhã já seria com torcida única pra minimizar a possibilidade de confronto”, acrescentou.
SDS responde ao Sport e cobra implementação de medidas de segurança impostas pelo Estado
Neste cenário do mandado de segurança posto pelo Sport no Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJ-PE), o NE45 questionou o responsável pela Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS-PE), o secretário Alessandro Carvalho, se é possível que esse cenário se reverta previamente.
Isso porque o Sport, assim como o Santa Cruz e a Federação Pernambucana de Futebol, se reunirão nesta segunda, às 15h, com a SDS, Polícias Militar e Civil, Corpo de Bombeiros e Ministério Público, para discutir as medidas impostas e cobrar pela sua aplicação.
Alessandro Carvalho afirmou que não vê tempo hábil para que as medidas sejam implementadas pelo Sport já para este duelo diante do Fortaleza e que, assim, crê que o Leão não deve ter público no duelo pelo Nordestão.
Mas que, caso essas medidas de segurança sejam implementadas agora, ou em outro momento antes do fim da punição dos cinco jogos de portões fechados, é possível reavaliar e liberar a presença de público.
“Entrar com a ação é um direito de qualquer um. Para haver mudanças e ser reavaliada essa medida (dos portões fechados), é preciso haver a implementação de medidas que não serão implementadas a tempo (para o jogo contra o Fortaleza). Se forem, é possível nós reavaliarmos, sim”, iniciou o secretário.
“A proibição por cinco jogos para os dois clubes tem dois fundamentos básicos. Primeiro, evitar novos confrontos pelo sentimento de vingança. Segundo, implementar venda de ingressos com identificação da venda de ingresso digital, pessoal e intransferível com biometria, com a foto do rosto, e instalação de catracas com biometria de todos os clubes em todos os estádios. Essa é uma condição essencial para qualquer reavaliação da medida que foi colocada”, acrescentou.
Sobre a responsabilidade dos clubes diante dos cenários de guerras entre as facções organizadas em dias de jogos, devido a uma relação dos clubes com esses grupos, o secretário se limitou a dizer que há uma investigação sobre as responsabilidades para o que aconteceu no último clássico.
“A Polícia Civil está investigando todas as circunstâncias. Entendo que, se uma torcida organizada se dedicar a fazer cenas vistas como no sábado, é uma organização criminosa. Entendo que não há como ter uma relação entre dirigente de clube com um grupo dessa natureza”, finalizou.
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