Fortaleza presta apoio ao volante Zé Welison após filho ser vítima de racismo

Por Guilherme de Andrade

Postado dia 19 de fevereiro de 2025

Momentos antes da partida contra o Vitória, o Fortaleza realizou ação de combate ao racismo

Após o filho do volante Zé Welison ser vítima de racismo na escola, o Fortaleza prestou apoio ao atleta e lançou a campanha “Ninguém nasce racista”. A ação foi realizada na noite desta quarta-feira (19), momentos antes da partida diante do Vitória, pela quarta rodada da Copa do Nordeste, na Arena Castelão.

O Leão do Pici divulgou imagens de Zé Welison vestindo uma camisa que carregava as seguintes frases: “Ninguém nasce racista”, “respeito se ensina e se aprende”, “diga não ao racismo” e “no Tricolor de Aço, o racismo não tem espaço”.

Zé será titular no meio-campo do Fortaleza. Na peça de escalação, divulgada nas redes sociais, o clube utilizou a imagem do volante com a camisa especial. Além disso, a vestimenta foi utilizada por ele na chegada ao estádio e também na subida ao gramado.

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“A luta contra o racismo é uma questão fundamental para qualquer clube de futebol, não apenas por uma questão de justiça social, mas também por uma questão de responsabilidade institucional. Não só eu, mas toda a diretoria, funcionários e elenco apoiamos nosso atleta, qualquer outro cidadão ao combater esse crime” disse Marcelo Paz, CEO da SAF Fortaleza.

Marcel Pinheiro, diretor de Comunicação e Marketing do Fortaleza, ressaltou a importância da comunicação em lutas sociais:

“A campanha alerta que a luta contra o racismo deve ser um ato de vigília constante, e de que tanto Clube como ninguém da sociedade pode fechar os olhos para esse crime. Fortaleza sempre foi precursor em campanhas sociais, pois acreditamos que nossa comunicação consegue alcançar um público muito além do futebol”.

Na tarde desta quarta-feira (19), Zé Welison agradeceu o apoio prestado após o relato de racismo sofrido pelo filho. O atleta ainda afirmou que não se calará e seguirá firme na “luta antirracista”.

“Seguirei firme na luta antirracista, o silêncio nunca foi e nunca será uma opção. O racismo fere, afeta sua saúde mental e deixa marcas para toda a vida. Nenhuma criança merece carregar essa dor, ninguém merece passar por isso. Como pai, meu coração dói, mas como homem, sigo firme na luta”, ponderou.